A alegoria da caverna, descrita por Platão há mais de 2.400 anos, no livro VII de “A Republica” é, sem dúvida, a mais adequada metáfora para descrever a situação em que se encontra a humanidade, ainda hoje vítima de crenças e superstições.
Para o filósofo, enquanto não adquirimos conhecimento, todos nós estamos condenados a enxergar e tomar como reais apenas as sombras ou as aparências das coisas.
O homem que investe seu tempo em pesquisar, estudar e refletir sobre o universo da ciência e do conhecimento acaba por se libertar aos poucos e progressivamente das amarras dos dogmas, da superstição e da ignorância; sai da caverna e começa a enxergar as formas reais que provocam as sombras na parede, que ele antes tinha como verdadeiras.
Ao tentar anunciar aos outros, porém, que o que eles vêem são apenas aparências, sombras da realidade, não é compreendido e passa a ser zombado e desconsiderado pela maioria. É o preço por se atrever a duvidar daquilo que os olhos constatam e que a repetição reforça como verdade absoluta.
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