Conta-se que Alexandre o Grande precisou chamar a atenção de um de seus soldados. Ao descobrir que este também se chamava Alexandre, a bronca foi curta e objetiva: “Ou muda de atitude, ou muda de nome!” Obviamente, não queria a menor associação com alguém como esse rapaz, nem mesmo no nome.
O brasileiro gosta de apelidos. Há os inofensivos, como os diminutivos; outros captam alguma característica da pessoa: cor da pele, nacionalidade, personalidade ou, o pior de todos, algum defeito fisico. Não há graça nenhuma nestes. As vezes o apelido é aparentemente positivo, mas há uma boa dose de ironia por trás de sua origem. Porém, o que importa mesmo é nosso nome, pois ele nos define — quer gostemos ou não. Acostumamo-nos com ele e dificilmente queremos mudá-lo. Prezamos para que seja mantido limpo, de boa fama, e defendemo-nos vigorosamente quando ele é atacado. Os discípulos em Antioquia receberam um nome: cristãos. Isso significava que o povo daquela época via Cristo nessas pessoas. Não dá para querer fama melhor! Aquele nome foi sendo transmitido de geração em geração para as pessoas que participam da igreja, mas infelizmente hoje está mais para rótulo do que para nome — e nem sempre correto ou bom.
Cabe refletir: como estou carregando este nome de “cristão”? Estou honrando-o com atitudes semelhantes às de Cristo? Ou estou “jogando o nome na lama” por não me portar nem um pouquinho como Jesus? Na leitura de hoje Deus repreende a igreja de Sardes, pois ela fingia ser uma coisa quando na verdade era o contrário. Ou, como diz um ditado: “Por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento”. Nosso nome e nosso comportamento ficarão sempre associados um ao outro na memória de quem cruza nosso caminho — para o bem ou para o mal, aproximando ou afastando as pessoas de Deus. Se você é cristão, esta é uma grande responsabilidade. Honre esse nome com sua vida!
P. Luiz Paulo Geiger
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