Músicas

Hinário HPD 1 Completo

 Advento de Cristo

HINO 1

Johann Crüger, 1658

Mateus 21

1.1. Como hei de receber-te,

benigno redentor?

O mundo anseia ver-te,

meu Rei, meu Salvador.

Jesus, vem, me ilumina!

Em mim vem acender

a tua luz divina,

que assim te possa ver.

 

1.2. Recebe-te com palmas

a santa multidão.

Também as nossas almas

louvor e graças dão.

Meu coração deseja

servir-te com fervor,

a tua graça almeja,

e tua luz, Senhor!

 

1.3. Sim, tudo já fizeste

a fim de me alegrar.

Consolo e paz me deste

no mais cruel pesar.

Perdera o Reino eterno,

herança celestial:

Livraste-me do inferno,

salvaste-me do mal.

 

1.4. Vieste para o mundo

só para nos salvar.

Foi teu amor profundo

que veio libertar

nossa alma que sofria

em ânsia e solidão.

Encheste de alegria

o nosso coração.

 

1.5. No coração o escreve,

ó povo sofredor:

O crente nunca deve

desanimar na dor.

Ó sede corajosos,

Jesus bem perto está.

Nos transes dolorosos

conforto e graça dá.

 

1.6. Vem ele ao julgamento

do que despreza a cruz.

Só no arrependimento

há salvação e luz.

Ó vem, Senhor amado,

excelso Redentor,

conduze o condenado,

ó Cristo, ao teu fulgor!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 2

 

1524

 

 

2.1. Todo o mundo louve a Deus,

que a promessa cumpre aos seus;

pois enviou ao pecador

o seu Filho, o Redentor.

 

2.2. O desejo dos anciões,

dos profetas as visões,

o que Deus nos anunciou,

milagroso executou.

 

2.3. Desde os tempos de Abraão

esperado é por Sião

o que agora apareceu

e da Virgem nos nasceu.

 

2.4. Sê bem vindo, ó Salvador!

Canto glórias com fervor.

Grava no meu coração

teu caminho justo e bom!

 

2.5. Vem, ó Rei da glória, vem,

eu sou teu, de mais ninguém.

Vem, destrói com teu poder

todo o mal que em mim houver!

 

2.6. A serpente vem matar —

para que eu, sem recear,

viva sempre em teu amor,

tenha paz em ti, Senhor!

 

2.7. E ao voltares, ó Senhor,

para o mundo, em esplendor,

que encontrar-te eu possa então,

com alegre coração!

 

         Heinrich Held, 1620-1659

 

 

[Isaías 40.1-5]


 

HINO 3

 

Joh. Petzold, 1939

Romanos 13.11-14

 

 

3.1. A noite está findando,

fulgente o dia vem.

Erguei a voz, louvando

a estrela de Belém!

No escuro, em agonia,

quem teve de chorar,

verá com alegria:

a luz lhe há de brilhar!

 

3.2. O Deus onipotente

a terra visitou:

Criancinha indigente

e servo se tornou.

O pecador ansiado

não há de perecer,

se, crente e confiado,

a Criança receber.

 

3.3. As trevas já se rendem.

Eis o que aconteceu:

Os laços que vos prendem

o próprio Deus rompeu!

De abismos insondáveis,

de desespero e dor,

de angústias incontáveis

remiu-vos o Senhor!

 

3.4. Ainda há de tocar-vos

da noite a escuridão.

Mas tendes, a guiar-vos,

a estrela do perdão.

Por ela iluminados,

as trevas enfrentais,

seguindo, confiados,

o brilho que avistais.

 

3.5. Embora habite em treva,

Deus faz a luz brilhar.

No juízo a alma eleva

em vez de a aniquilar.

Quem fez dos céus o brilho,

não nos há de deixar:

Em seu bendito Filho

sua obra há de findar!

 

         Jochen Klepper, 1903-1942 (Tr. W.)


 

HINO 4

 

1608

 

 

4.1. Um barco carregado

vem com precioso dom:

Traz o Senhor amado,

traz graça e salvação.

 

4.2. O barco vai suave,

em meiga e santa luz.

Não é qual outra nave,

pois vem trazer Jesus.

 

4.3. O mastro altivo e forte

é o Consolador,

o Espírito divino.

A vela é o amor.

 

4.4. O barco toca a terra —

mistério celestial!

O santo Deus encerra,

que fez-se nosso igual.

 

4.5. Menino Deus amado,

nascido no desdém,

serás à cruz pregado,

sofrendo em nosso bem.

 

4.6. E quem com alma ardente

ao Filho se achegar,

aprenda humildemente

a sua cruz levar.

 

4.7. Enfrente morte e inferno,

firmando-se em Jesus,

receba o dom eterno,

herdando vida e luz.

 

         Adapt. de Johannes Tauler, século 14


 

HINO 5

 

Salmo 24

Zacarias 9.9

 

 

5.1. Erguei os arcos triunfais

ao Rei dos reinos celestiais!

Ele é das glórias o Senhor,

de todo o mundo o Salvador;

traz vida e eterna redenção.

Exulte o vosso coração!

Louvado seja Deus,

meu Criador nos céus!

 

5.2. É justo, traz-nos salvação,

tem piedoso coração.

Seu trono é santidade real,

seu cetro, graça divinal.

A nossa dor vem aplacar,

por isso vamos jubilar:

Louvado seja Deus,

que salva os filhos seus!

 

5.3. Bendito o povo que aceitar

o Rei eterno, a jubilar!

Bendito todo o coração

que o receber em mansidão!

É o verdadeiro sol do amor,

que livra e salva o pecador.

Louvado seja Deus,

que vence os males meus!

 

5.4. Erguei as vozes a cantar,

vossa alma seja o seu altar.

E preparai o coração

com fé, pureza, devoção!

Assim o Rei a vós virá,

que vida e salvação dará.

Louvado seja Deus,

que guia os passos meus!

 

5.5. Abertas, meu Jesus, estão

as portas do meu coração.

Ó entra em mim, vem me salvar,

e paz divina derramar!

Ó guia-nos à tua luz

por teu Espírito, Jesus!

O nome teu, Senhor,

louvamos com fervor.

 

         Georg Weissel, 1590-1635

 

[Isaías 9.2-7]


 

HINO 6

 

H. Walcha

 

 

6.1. De tua fonte, ó Deus, sacia

os peregrinos, por amor!

Faze nascer a estrela guia

sobre teu povo, ó Salvador!

 

6.2. A tua graça nos conforte!

Ó cinge-nos com teu poder!

Rodeiam-nos angústia e morte:

Ó não nos deixes perecer!

 

6.3. Deus, abre-nos a porta eterna

do Reino de justiça e amor!

Só onde a tua paz governa,

cessam angústia, medo e dor.

 

6.4. Revela o teu poder celeste,

abriga-nos por tua mão!

Senhor, com tua paz reveste

nosso irrequieto coração!

 

         Otto Riethmüller, 1889-1938 (Tr. W.)


 

HINO 7

 

1598

 

 

7.1. Cantai, ó piedosos,

ao nosso Salvador!

Com hinos jubilosos

erguei o seu louvor!

Não vem com glória vã,

mas muito poderoso,

derruba, vitorioso,

o reino de Satã.

 

7.2. Nem cetro nem coroa

do mundo pretendeu.

A voz dos anjos soa

no eterno Reino seu.

Aqui quer esconder

a sua majestade,

cumprir toda a vontade

do Pai, pronto a sofrer.

 

7.3. Vós, fortes e orgulhosos,

o Rei vinde aceitar,

se desejais ditosos,

por seu caminho andar.

Segui os passos seus;

se não, se o desprezardes

e não vos humilhardes,

rejeitareis a Deus.

 

7.4. Vós, pobres, angustiados

por tempos tão cruéis,

que, aflitos e agoniados,

em ânsia e dor sofreis:

Na fé permanecei,

cantai alegremente,

com coração ardente,

ao vosso eterno Rei!

 

7.5. Mui breve, em sua glória,

o vosso Rei virá;

em júbilo e vitória

a dor transformará.

Sim, ele ajudará:

Deixai a luz acesa,

vivendo na certeza:

Jesus bem perto está.

 

         Michael Schirmer, 1606-1673


 

HINO 8

 

 

8.1. Alerta, ó consagrados,

já vem chegando o Rei!

Saudai-o, consolados,

louvor a ele erguei!

Saí da escuridão!

As vozes levantemos!

Hosana lhe cantemos,

com santa devoção!

 

8.2. Alerta, vós aflitos,

bem perto o Rei está.

Aos corações contritos

Jesus confortará.

Em toda a parte estão

seus dos consoladores:

A voz dos pregadores —

batismo e comunhão.

 

8.3. Alerta, ó fatigados,

já vem o Rei Jesus.

E vós, desanimados,

chegai à sua luz!

Na angústia, o bom Senhor

vos dá consolo forte,

vencendo a própria morte,

livrando-vos da dor.

 

8.4. Alerta, atormentados,

o Rei Jesus chegou.

De nós, seus bem-amados,

há muito se lembrou.

Nenhuma angústia ou dor

nem ira nos ameaça,

pois somos já, por graça,

o povo do Senhor!

 

         Johann Rist, 1607-1667

 

 

[Lucas 1.46b-55]


 

HINO 9

 

1563

Isaías 40.3-5

 

 

9.1. Ó vinde em humildade,

vossa alma preparai!

Jesus, em majestade,

virá do eterno Pai.

O Herói nos quer salvar;

é vida e luz do mundo.

Em seu amor profundo

virá nos visitar.

 

9.2. Ó preparai a via

ao príncipe da paz!

Quer ser o nosso guia,

que auxílio e graça traz.

A estrada endireitai

e, de ânimo alquebrado,

com culpa e com pecado

ao Rei vos entregai!

 

9.3. Uma alma que se humilha,

com Deus se elevará;

mas se em orgulho brilha,

em dor perecerá.

Um puro coração

que a Deus é dedicado

está bem preparado,

verá a salvação.

 

9.4. Prepara em tua graça

meu coração, Senhor,

que eu nada queira e faça

contrário ao teu amor!

Ó vem em nós morar,

pois vieste a este mundo,

em teu amor profundo,

a fim de nos salvar!

 

         Valentin Thilo, 1607-1662


 

HINO 10

 

Johann Crüger, 1640

Apocalipse 21.16

 

 

10.1. Quando as estrelas vão dormir,

desvanecendo até sumir,

de um astro só o claro alvor

persiste em puro resplendor.

 

10.2. Estrela d’alva, o teu fulgor

relembra Cristo, o Salvador.

Prediz que a noite está a findar,

que em breve o sol há de brilhar.

 

10.3. O nosso olhar, Senhor Jesus,

erguemos só à tua luz,

rogando, os corações a arder:

Manhã eterna, ó vem romper!

 

10.4. Senhor, pedimos com fervor

que o dia raie, em esplendor!

Ó vem, Senhor amado, vem!

Ergue o teu Reino eterno – amém!

 

         Gerhard Fritzsche (Tr. W.)


 

HINO 11

 

Georg Friedrich Haendel, 1747

Zacarias 9.9

 

 

11.1. Rejubila, filha de Sião,

regozija-te, / Jerusalém!

Vê o Rei da glória,

vê o teu Senhor,

vê o Rei da Paz,

da graça e do amor!

Rejubila, filha de Sião,

regozija-te, / Jerusalém!

 

11.2. Salve, salve, filho de Davi!

Salve, Rei bendito e

santo de Israel!

O teu povo aguarda o

eterno Reino teu,

Reino de justiça,

Reino celestial!

Salve, salve, filho de Davi!

Salve, Rei bendito e

santo de Israel!

 

11.3. Salve, salve, filho de Davi!

Salve, Rei da graça,

Príncipe da Paz!

O teu trono santo

sempre existirá,

pois tu és o Filho

do onipotente Pai!

Salve, salve, filho de Davi!

Salve, Rei da graça,

Príncipe da Paz!

 

         1820

 

 

 

Nascimento de Cristo e Natal

 

 

 

HINO 12

 

Martin Luther, 1539

 

 

12.1. Louvamos-te, Cristo Senhor,

ó manancial do vero amor,

estrela d’alva, excelsa luz,

Filho de Deus, Senhor Jesus.

 

12.2. Confiante em tua promissão,

teu povo, em noite e escuridão,

a tua luz sempre almejou,

por salvação e paz ansiou.

 

12.3. Eis que a promessa se cumpriu:

Em Cristo o próprio céu se abriu!

A luz eterna rebrilhou,

a terra toda iluminou.

 

12.4. Glória e louvor hei de cantar,

em alegria, sem cessar,

na bem-aventurada luz

do Reino teu, Senhor Jesus.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 13

 

Franz Gruber, 1813

Lucas 2

 

 

13.1. Noite feliz, noite feliz!

O Senhor, Deus de amor,

pobre e humilde nasceu em Belém.

No presépio, Jesus, nosso bem,

dorme em paz celestial,

dorme em paz celestial.

 

13.2. Noite feliz, noite feliz!

Ó Jesus, Deus da luz,

quão afável é teu coração,

que vieste nascer nosso irmão,

e a nós todos salvar,

e a nós todos salvar.

 

13.3. Noite feliz, noite feliz!

Eis que no ar

vêm cantar

aos pastores os anjos dos céus,

anunciando a chegada de Deus,

de Jesus Salvador,

de Jesus Salvador.

 

            Joseph Mohr, 1792-1848


 

HINO 14

 

Nikolaus Hermann, 1554

Filipenses 2.5-11

 

 

14.1. Cantai, cristãos, a Deus louvai, / pois hoje abriu o céu;

do trono excelso enviou o Pai o eterno Filho seu,

o eterno Filho seu.

 

14.2. Trocou a glória por desdém, / tornou-se nosso irmão!

Na manjedoura de Belém / — eis nossa salvação,

eis nossa salvação!

 

14.3. O Cristo oculta seu poder, / submisso aceita a dor,

humilde servo vem a ser / do mundo o Criador,

do mundo o Criador.

 

14.4. Jesus é servo, eu sou senhor; / que troca singular!

Não há no mundo amor maior / que seu amor sem par,

que seu amor sem par.

 

14.5. O paraíso já se abriu / ao povo do Senhor,

pois os perdidos redimiu / o seu excelso amor,

o seu excelso amor.

 

            Nikolaus Hermann, 1480-1561


 

HINO 15

 

Martin Luther, 1539

Lucas 2

 

 

15.1. Eu venho a vós dos altos céus, / trazendo anúncio bom de Deus;

da boa nova hei de cantar, / quero exaltar e jubilar.

 

15.2. Menino lindo vos nasceu, / Maria foi que à luz o deu;

é tão pequeno, terno e bom! / Cantai louvor em claro tom!

 

15.3. É Cristo, Deus, nosso Senhor, / liberta-vos de toda a dor;

vem mesmo para vos salvar / e do pecado vos livrar.

 

15.4. Felicidade singular / o Pai vos soube preparar:

Jesus vos traz a salvação / de sua celestial mansão.

 

15.5. Vede, ó pastores, os sinais: / Assim o Salvador achais:

Na pobre manjedoura jaz / o eterno Príncipe da Paz.

 

15.6. Ó vinde todos jubilar, / com os pastores adorar.

Olhai o que Deus Pai nos deu: / O bem-amado Filho seu.

 

15.7. Ó sê bem-vindo, meu Senhor! / Não desprezaste o pecador!

Tu vens comigo aqui sofrer: / Como é que eu posso agradecer?

 

15.8. Louvor e glória ao Pai no céu, / que o Filho amado ao mundo deu!

Os anjos jubilando estão, / nos cantam ano novo e bom.

 

            Martin Luther, 1535


 

HINO 16

 

Melodia austríaca

Lucas 2

 

 

16.1. Enquanto no campo pastores velavam,

surgiu reluzente uma estrela nos céus.

Os anjos então, noite adentro cantaram,

saudando com hinos o Filho de Deus.

 

16.2. Foi Cristo, o filho da humilde Maria,

o Filho de Deus, que no mundo viveu;

feliz hora aquela, do mais lindo dia,

o dia em que Cristo na terra nasceu!

 

16.3. Não teve conforto, nasceu pobremente,

no entanto cercaram-no as hostes de luz;

os anjos cantaram na luz refulgente

louvores a Deus, no Natal de Jesus.

 

16.4. Pastores, saudai-o com grande alegria,

montanhas e vales, também exultai!

Feliz hora aquela, de grande alegria,

que ainda o louvor inspirando hoje vai!

 

            Folclore austríaco


 

HINO 17

 

1815

Lucas 2

 

 

17.1. Ó vinde, fiéis, vinde alegres, triunfantes,

ó vinde conosco, vinde a Belém!

Vede a criança, vede o Deus Menino!

Ó vinde e adoremos, ó vinde e adoremos,

ó vinde e adoremos, o nosso Rei!

 

17.2. Cantemos, felizes, todos ao Menino,

nascido em pobreza, em nosso bem!

Vinde apressados, vinde à manjedoura!

Ó vinde e adoremos, ó vinde e adoremos,

ó vinde e adoremos o nosso Rei!

 

17.3. Ó Rei sempiterno, Príncipe divino,

deitado em presépio tão pobre aqui!

Deus verdadeiro, que por nós nasceste:

Ó vinde e adoremos, ó vinde e adoremos,

ó vinde e adoremos o nosso Rei!

 

17.4. Cantemos louvores, juntos adoremos

a Cristo Jesus, nosso Salvador!

Glória a Deus nos céus e paz na terra!

Ó vinde e adoremos, ó vinde e adoremos,

ó vinde e adoremos o nosso Rei!

 

         Segundo a canção latina: Adeste fideles.

 

 

[Isaías 11.1-5]


 

HINO 18

 

Romanos 8.29

Hebreus 2.11-17

1524

 

 

18.1. Louvado sejas, ó Jesus! / Resplandece o céu em luz.

Da Virgem nasces em Belém; / os anjos cantam: Cristo vem!

Aleluia!

 

18.2. Filho unigênito do Pai / jaz na manjedoura, olhai!

Em nossa carne e sangue vem / o eterno e mais precioso bem.

Aleluia!

 

18.3. A luz eterna vem brilhar, / nosso mundo iluminar;

em nossa noite raia a luz / que ao Reino celestial conduz.

Aleluia!

 

18.4. O Filho, que Deus muito amou, / homem pobre se tornou;

quer nos livrar de todo o mal, / quer dar-nos glória celestial.

Aleluia!

 

18.5. Jesus tornou-se nosso irmão; / jubilai com gratidão!

Cantai-lhe graças, dai louvor / por seu imenso e eterno amor.

Aleluia!

 

         Martin Luther, 1524


 

HINO 19

 

1555

Gálatas 4.4-5

 

 

19.1. Vinde a Cristo, ó vinde unidos, / corações agradecidos!

Ouçam todos os ouvidos: / Sois o povo do Senhor!

 

19.2. Dos pecados a maldade / e da morte a crueldade

não nos tocam. Na verdade, / não tememos mal algum.

 

19.3. Vede o que Deus nos tem dado: / É seu próprio Filho amado,

que caminha ao nosso lado / e nos abre o Reino seu.

 

19.4. Veio da celeste altura, / trouxe amor e graça pura;

libertou-nos da amargura / que Satã nos quer causar.

 

19.5. Qual estrela reluzente, / leva a paz a toda a gente,

aniquila a má serpente / e os poderes infernais.

 

19.6. Ó que dia abençoado, / em que Cristo, o Rei amado,

pela graça nos é dado; / honra seja ao nome seu!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 20

 

França

 

 

20.1. Surgem anjos proclamando:

Paz na terra e a Deus louvor!

Anunciam, jubilando:

Eis, nasceu o Salvador!

         /: Glória in excelsis Deo! :/

 

20.2. Vão alegres os pastores

ver o Menino celestial,

e acrescentam seus louvores

ao louvor angelical.

 

20.3. Berço rude lhe foi dado,

mas do céu lhe vem louvor.

Tanto Deus nos tem amado

que se inclinou ao pecador.

 

20.4. Povos todos, adorai-o:

“Glória a Deus” também dizei!

Vossas vidas entregai-lhe;

ele é Cristo, o grande Rei.

 

         L. Holzmeister


 

HINO 21

 

Martin Krüger, 1932

 

 

21.1. Pastores, corramos,

alegres vejamos

o que Deus nos quer

revelar em Belém!

Criancinha indigente

jaz pobre e carente,

exposta a desprezo e desdém.

 

21.2. Jazemos, prostrados,

os olhos cegados

por brilho celeste

e ofuscante fulgor.

Os anjos cantaram

a nova anunciaram!

mensagem de paz e de amor!

 

21.3. Erguei-vos, pastores,

ouvi sem temores

o anúncio bendito

dos anjos dos céus:

Aos homens perdidos,

culpados, falidos:

Nasceu-lhes o Filho de Deus!

 

21.4. O Cristo nascido

ao mundo perdido?

É esta a mensagem

que estamos a ouvir?

Dizei: É verdade,

é a realidade?

É Deus quem nos veio remir?

 

21.5. Verdade gloriosa,

mensagem ditosa:

Não vedes a estrela

em celeste esplendor?

Olhai a criancinha,

tão pobre e fraquinha:

Nasceu-vos o eterno Senhor!

 

21.6. Ó vinde, corramos,

alegres vejamos

o que Deus nos quer

revelar em Belém!

Na gruta ajoelhemos,

o Cristo adoremos!

Deus seja louvado – amém!

 

         Gerhard Fritzsche (Tr. W.)

 

 

[Lucas 1.68-79]


 

HINO 22

 

Martin Luther, 1539

Gálatas 4.4-5

 

22.1. Este é o dia do Senhor,

lembrai-vos dele com louvor,

cantai vós todos que em Jesus

achastes vera vida e luz.

 

22.2. O mundo inteiro se afligiu,

até que o tempo se cumpriu,

e Deus nos enviou do céu

a salvação no Filho seu.

 

22.3. Este milagre compreender

vai muito além do meu poder;

meu coração adora, assim,

o amor de Deus, que não tem fim.

 

22.4. Senhor Jesus, Emanuel,

ó Príncipe da Paz, fiel,

escudo e sol do povo teu,

adoro-te, Senhor, Deus meu.

 

22.5. O Salvador, o eterno bem,

em forma humana à terra vem,

quer ser irmão dos servos seus,

torná-los filhos fiéis de Deus.

 

22.6. Por um só veio todo o mal,

por outro, a graça divinal.

Por que te afliges em temor,

se tens tão forte Salvador?

 

22.7. Jubila, ó terra! Louva, ó céu!

O dia em que Jesus nasceu

foi um milagre do Senhor.

Cantai, pois, hinos de louvor!

 

22.8. Este é o dia do Senhor,

lembrai-vos dele com louvor,

cantai vós todos que em Jesus

achastes vera vida e luz.

 

         Christian Fuerchtegott Gellert, 1715-1769


 

HINO 23

 

H. G. Naumann

 

 

23.1. Meu Deus, teu festival de luz

visa o aflito sofredor,

e quem fugir de juízo e cruz,

negando o próprio desamor,

ele esvazia o teu Natal,

encobre a estrela celestial.

 

23.2. Nos descampados de Belém,

pastores, cheios de temor,

sem nome, objetos de desdém:

Tu os chamaste, Deus, Senhor,

a proclamarem salvação

e boa nova de perdão.

 

23.3. O mundo, em alarido e cor,

celebra um dia raso e vão.

Prepara-nos, Jesus, Senhor,

de, em meio à noite e escuridão,

vermos, da manjedoura à cruz,

ó Salvador, a tua luz.

 

23.4. Ó dá ardor, dá alegria,

não só no alegre festival:

Mesmo sem festas, cada dia

nos seja um dia de Natal.

Louvamos-te, em ânsia e dor,

por tua graça, teu amor.

 

         Jochen Klepper, 1903-1942 (Tr. W.)


 

HINO 24

 

J. A. Peter Shulz, 1794

Lucas 2

 

 

24.1. Ó vinde, meninos, não falte ninguém!

Ó vinde ao presépio, ó vinde a Belém!

E vede o que Deus nesta noite nos deu:

Seu Filho Jesus por nós todos nasceu.

 

24.2. Olhai, no presépio repousa Jesus;

olhai, ao clarão fulgurante da luz,

em panos humildes o Filho de Deus,

mais belo e afável que os anjos dos céus!

 

24.3. E vede, crianças, na palha ele jaz,

Maria e José o contemplam em paz.

Os pobres pastores o estão a adorar,

o coro dos anjos jubila a cantar.

 

24.4. Tal como os pastores os joelhos dobrai,

erguei as mãozinhas e graças lhe dai;

louvai, ó meninos, a Deus com fervor,

com todos os anjos cantai seu louvor.

 

24.5. Orai: Ó divina criança, em amor,

por nossos pecados suportas a dor,

aqui, no presépio há pobreza, ó Jesus,

angústia extrema e morte, na cruz.

 

24.6. Aceita o que temos, benigno Senhor,

leva os corações, nossa oferta de amor!

Ó faze-os tão santos e bons como o teu,

unindo-os contigo na terra e no céu!

 

         Christoph von Schmid, 1768-1854


 

HINO 25

 

Século 14

 

 

25.1. Com júbilo cantai,

alegres anuncia:

A nossa alegria

na manjedoura jaz,

aos homens alumia

com sua santa paz:

Eis o Salvador,

eis o Salvador!

 

25.2. Eterno Redentor,

aceita o meu amor!

Em saudade estendo

as minhas mãos a ti!

A meu Senhor me rendo;

ó Cristo, eis-me aqui!

Dá-me a tua paz,

dá-me a tua paz!

 

25.3. O paternal perdão

apaga a transgressão.

Todos nós pecamos;

vaidade nos cegou —

e agora o proclamamos:

O Pai se apiedou!

Vinde e adorai,

vinde e adorai!

 

25.4. Ó júbilo eternal,

ó gozo celestial:

Eis que os céus ressoam

com hinos de louvor;

teus anjos os entoam

em honra a seu Senhor.

Glória a Deus cantai,

glória a Deus cantai!

 

         Século 14 (Tr. W.)

 

 

[Lucas 12.2,5]


 

HINO 26

 

Johann Sebastian Bach, 1685-1750

 

 

26.1. Ao pé da manjedoura estou,

Jesus, ó minha vida;

o que me deste, aqui te dou,

com alma agradecida.

Entrego-te com devoção

minh’alma, mente e coração,

aceita-os com agrado!

 

26.2. Jazi nas trevas, a morrer,

foste o meu sol radioso,

sol que me veio conceder

luz, vida, paz e gozo.

Ó sol radioso, tua luz

acende a minha fé, Jesus;

quão belos são teus raios!

 

26.3. Contemplo-te em exultação

e não me canso disto,

detenho-me em  meditação,

pensando em ti, ó Cristo!

Que a mente viesse a se tornar

abismo, e a alma um vasto mar,

que assim eu te abrangesse!

 

26.4. Tu não vieste procurar

prazeres neste mundo,

vieste para nos salvar,

em teu amor profundo.

Teu povo queres resgatar,

sofrendo angústias, dor, pesar:

Ó, quanto te agradeço!

 

26.5. Mas isto espero, ó Salvador,

não negues meu desejo:

Jamais, em alegria e dor,

sem ti viver almejo.

Presépio teu me vem tornar,

em mim, Senhor, vem habitar

com tua paz e graça!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 27

 

Johann Crüger, 1656

Lucas 2; João 3,16

 

 

27.1. Ergue-te, minh’alma, e canta

em louvor/ ao Senhor,

nesta noite santa!

Ouve os anjos exultantes

jubilar/ e cantar

salmos triunfantes!

 

27.2. Hoje sai do céu eterno

Cristo, o herói, que nos foi

arrancar do inferno.

Vê: Deus homem verdadeiro

se tornou! Tanto amou

seus irmãos o Herdeiro.

 

27.3. Pode Deus abandonar-nos,

se mandou/ o que amou

para resgatar-nos?

Deu-nos o seu próprio Filho

que desceu/ do alto céu,

sem poder nem brilho.

 

27.4. No presépio está deitado;

chama a ti/ junto a si

nosso Rei amado:

Deixa, meu irmão querido,

tua dor! Eu, Senhor,

salvo a ti, perdido!

 

27.5. Vinde todos os ansiosos,

vinde ver, a correr,

jovens e idosos!

Tende amor a quem vos ama!

Cristo traz/ santa paz.

Ele à luz vos chama!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 28

 

Joh. Balthasar König, 1738

 

 

28.1. Eis, nesta noite me aparece

o amor divino, a salvação.

De Deus o Filho à terra desce,

traz luz à minha escuridão.

E brilha-nos este arrebol

mil vezes mais que o próprio sol.

 

28.2. Não percas este novo dia,

aceita o brilho desta luz

que vem da pobre estrebaria

e o mundo à salvação conduz.

Expulsa o mal e seu poder,

não deixa a noite em nós vencer.

 

28.3. Por esta luz iluminado,

terás a santificação.

Talvez em dia já marcado,

sol, lua, estrelas findarão.

Só esta luz há de ficar,

o novo mundo a iluminar.

 

28.4. Entrega a Deus a tua vida,

em fé, em esperança e amor,

pois com bondade desmedida

te aceitará o teu Senhor.

Se a sua luz em ti brilhar,

as trevas hás de abandonar.

 

28.5. Jesus, com graça me ilumina,

ó luz sublime de Natal!

Ó vem, por teu Natal me ensina

a achar o Reino celestial!

Em tua luz eu quero andar

e sob o brilho teu ficar.

 

         Kaspar Friedrich Nachtenhöfer, 1624-1685

 

 

[Lucas 21.28]


 

HINO 29

 

Lucas 2

 

 

29.1. Jubiloso, venturoso tempo santo de Natal!

Mundo perdido: Cristo é nascido!

Rejubila, cristandade, no Senhor!

 

29.2. Jubiloso, venturoso tempo santo de Natal!

Cristo bendito salva o aflito!

Rejubila, cristandade, no Senhor!

 

29.3. Jubiloso, venturoso tempo santo de Natal!

Coros divinos cantam seus hinos:

Rejubila, cristandade, no Senhor!

 

         Johann Daniel Falk, 1768-1826


 

HINO 30

 

Andreas Hammerschmidt, 1646

 

 

30.1. Ó exulta, cristandade,

sua graça o Pai nos deu;

nova vida ofereceu.

Alegrai-vos, a bondade

do Senhor vos quer salvar,

vida eterna a todos dar.

         Alegria, ó alegria!

         Toda a dor ele alivia.

         Deus em Cristo nos abraça:

         Eis o manancial da graça!

 

30.2. Vê, minha alma, vê agora

como Deus nos visitou;

eis o amor que revelou

nesta humilde manjedoura!

Eis teu Salvador Jesus,

que por ti irá à cruz!

 

30.3. Como posso agradecer-te?

Reconheço que por ti

salvação eu recebi:

Minha vida hei de render-te.

Vem, Senhor, por teu poder

minha fé fortalecer!

 

30.4. Cristo, os filhos teus aceita;

tua bênção vem nos dar,

vem nossa alma confortar!

Pela graça nos deleita!

Tua paz ao mundo dá,

pois sem ti perdido está.

 

         Christian Keimann, 1607-1662


 

HINO 31

 

August Rische, 1885

 

 

31.1. Quero ir com os pastores

e render a Deus louvores

pelo seu imenso amor,

por nos dar o Salvador.

 

31.2. Como os anjos jubilaram,

quando a nova anunciaram,

quero eu também cantar,

paz na terra propagar.

 

31.3. Como os magos que vieram,

que presentes ricos deram,

como o mais precioso dom,

dar-lhe-ei meu coração.

 

31.4. Meditar vou com Maria

sobre a nova da alegria:

que o menino que nasceu

é o próprio Deus do céu.

 

31.5. Jesus Cristo, minha vida

seja só a ti rendida.

Vem, ó vem em mim morar,

minha vida iluminar.

 

         Emil Quandt, 1835-1911 (Trad. R. B.)


 

HINO 32

 

Isaías 11.1

 

 

32.1. Renovo mui delgado

brotou em tênue pé;

como foi anunciado,

vem ele de Jessé.

Brotou celeste flor.

Em noite tenebrosa,

nasceu o Salvador.

 

32.2. Nasceu a flor mimosa

de que o profeta diz:

Maria, a venturosa,

conforme Deus o quis,

um filho deu à luz.

Em noite hostil e escura

nasceu Cristo Jesus.

 

32.3. Florzinha tão pequena,

é doce o seu odor.

Com sua paz serena

dissipa treva e dor.

Vero homem, vero Deus,

redime do pecado,

guiando-nos aos céus.

 

         Colônia, 1599

 

 

[João 1.14]


 

HINO 33

 

Melodia Popular

 

 

33.1. Pastores, olhai,

do sono acordai!

Os anjos, louvando,

jubilam cantando.

Milagre ocorreu:

O Cristo nasceu!

 

33.2. Pastores, chegai,

a criança adorai!

As flautas agrestes,

as harpas celestes

proclamam o amor

de Deus, o Senhor.

 

33.3. Pastores já vão,

com exultação:

Na pobre estalagem,

conforme a mensagem,

rodeado de luz,

encontram Jesus.

 

         (Tr. W.)

 

 

Ano Novo

 

 

 

HINO 34

 

Bartholomaeus Gesius, 1603

Hebreus 13.14

 

 

34.1. Já finda, silencioso,

este ano do Senhor;

entrega ao Deus bondoso

tua alegria e dor!

As ânsias do passado,

Deus as conhece bem,

o coração magoado

e as lágrimas também.

 

34.2. Por que é tão grande o pranto

e breve é o prazer?

E os que amamos tanto

nos deixam, ao morrer?

Bons olhos se fecharam,

a boca emudeceu

dos que antes nos falaram;

por que, Senhor, Deus meu?

 

34.3. Que sempre nos lembremos,

sem nunca duvidar,

que o mundo em que vivemos

teremos de deixar!

Nós fomos batizados

no nome do Senhor

e fomos resgatados

por sua morte e dor.

 

34.4. Na terra aqui sofremos

com lágrimas e dor;

no Reino cantaremos

com júbilo e louvor.

Quem foi por ti chamado

do mundo sofredor

está bem abrigado

em tuas mãos, Senhor!

 

34.5. Podemos, confiantes,

na senda prosseguir,

vivendo, vigilantes,

dispostos a servir.

E se no horror da morte

a fé enfraquecer:

Teu braço nos suporte,

fazendo-nos vencer!

 

34.6. Rogamos, Pai amado,

Senhor e Salvador:

Vai tu ao nosso lado,

sê nosso protetor!

E mesmo que passemos

por ânsia e solidão:

Concede que alcancemos

a vida e a salvação!

 

         Eleonore F. Reuss, 1835-1903

 

 

[Salmo 121]


 

HINO 35

 

Nikolaus Selnecker, 1578

Isaías 66.13

 

 

35.1. Os olhos levantemos

e ao nosso Deus cantemos,

pois deu-nos força e vida,

nos assistiu na lida.

 

35.2. Vivemos caminhando,

de um ano ao outro andando;

só tendo Deus por guia,

seguimos nossa vida

 

35.3. por medo, angústia e dores,

por lutas e temores,

por todo o mal profundo

que envolve nosso mundo.

 

35.4. Tal como a mãe bondosa,

solícita, amorosa,

protege os seus filhinhos,

vigiando os seus caminhos,

 

35.5. assim Deus vela os trilhos

de todos os seus filhos;

em luta e tempestade

os guarda em fieldade.

 

35.6. Ó dá-nos, Deus clemente,

o Espírito potente

que venha guiar teu povo

também neste ano novo!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676

 

 

[João 16.33]


 

HINO 36

 

Joachim Neander, 1680

 

 

36.1. Eis, num ano novo entramos; / vem, Jesus, nos acudir!

Dá que em fé e amor vivamos, / sem temermos o porvir!

Nova graça, nova vida / seja a todos concedida.

 

36.2. Em meus planos e afazeres, / Deus, me queiras orientar!

Dá que cumpra os meus deveres, / obediente e sem tardar!

Se eu sair, sai tu comigo, / e, ao voltar, sê meu abrigo.

 

36.3. Dá-me um ano abençoado, / dá que eu possa em paz servir;

e perdoa-me o pecado: / que não volte a me iludir!

Só por ti a minha vida / poderá ser redimida.

 

36.4. Cristo, atende o meu pedido / e concede em teu amor

que eu não seja entristecido / por angústias e temor.

Vem nas dores confortar-me / e da morte libertar-me.

 

36.5. Que eu termine alegremente / o ano que ora comecei;

guia-me com mão clemente;  / sempre a ti me apegarei.

Quando ao fim chegar a vida, / teu amor me dê guarida!

 

         Johann Rist, 1607-1667


 

HINO 37

 

Johann Ulich, 1674

Atos 4.12

 

 

37.1. No ano novo só Jesus

seja o lema que nos guia.

O seu nome seja a luz

que nos dá toda a alegria.

Ele é nosso Bom Pastor,

que nos ama com ardor.

 

37.2. A palavra de Jesus

reine sempre em nosso meio;

brilhe sempre a clara luz

que com Cristo ao mundo veio,

transformando o coração

em santuário de oração.

 

37.3. Desejamos só trilhar

com Jesus a nossa estrada.

Se esta estrela nos guiar,

nossa vida é bem guardada.

O seu brilho sem igual

traz-nos bênção celestial.

 

37.4. O teu nome faz cessar

desespero e incerteza,

faz os tristes se alegrar,

dá coragem na fraqueza!

O teu nome, ó meu Jesus,

é verdade, vida e luz!

 

37.5. Só em ti há salvação —

glória a Deus e paz na terra!

Só em ti há comunhão —

toda a graça em ti se encerra.

Nosso lema és tu, Senhor,

nosso amparo e protetor!

 

         Benjamin Schmolck, 1672-1737

 

 

[Lucas 2.14]

 

 

Epifania

 

 

 

HINO 38

 

1538

Apocalipse 22.16

 

 

38.1. Estrela d’alva, o teu fulgor / revela a graça do Senhor,

que de Jessé nos veio. / Ó Filho de Davi, meu Rei,

és o meu guia, em ti terei / a luz que tanto anseio.

Bela estrela, sorridente, refulgente, / eu te adoro.

Por teu santo brilho imploro.

 

38.2. Ó pérola, fulgor dos céus, / és homem, verdadeiro Deus,

és Rei de toda a glória. / Ó flor divina, celestial,

teu evangelho é manancial / de vida intransitória.

Cristo vivo, portentoso, / virtuoso, te adoramos.

Gratos, teu louvor entoamos.

 

38.3. Jesus, bendito Salvador, / ó vem encher com teu amor

meu coração, minha alma! / Que eu venha a ser, em terra e céu,

um membro fiel do corpo teu / e obtenha a eterna palma.

Cristo, fonte de alegria, / sê meu guia que me ampare!

Nem a morte nos separe!

 

38.4. De ti vem luz e resplendor, / se me contemplas, meu Senhor,

com teu olhar benigno. / Bendita graça e santa paz,

Senhor Jesus, teu Verbo traz / ao revoltado indigno.

Deus da graça — vem, perdoa / e abençoa, por piedade,

toda a tua cristandade!

 

38.5. Senhor, meu Deus, o Filho teu / salvou-me do pecado meu,

abriu-me o paraíso. / Confiante posso prosseguir,

pois salvo eu hei de ressurgir / no dia do juízo.

Jubilemos, exaltemos, / pois veremos a vitória.

Cristo é o Rei da eterna glória

 

         Philipp Nicolai, 1599


 

HINO 39

 

Joachim Neander, 1680

Isaías 60.1-3

 

 

39.1. Vem à luz, alegremente, / vem, ó povo do Senhor;

pois o brilho refulgente / já raio com resplendor.

Deus, o Pai, jamais se esquece / do infeliz, que às trevas desce.

 

39.2. Quando a luz chegou ao mundo, / toda a noite se aclarou;

mesmo o abismo mais profundo / nesta luz se alumiou.

Quem por seu fulgor se guia, / nunca às trevas se desvia.

 

39.3. A cegueira do pecado / nos lançara na aflição;

não podia o condenado / ver a luz nas escuridão,

que lhe desse fé na lida / e o conduzisse à vida.

 

39.4. Mas a luz do céu nos veio; / resplandece o seu alvor.

Já se encontra em nosso meio, / já rebrilha o seu fulgor.

Vence todos os cuidados, / ânsia, trevas e pecados.

 

39.5. Cristo, d’alma a luz radiosa, / com amor vens afastar

esta noite tenebrosa / que nos quer fazer tombar.

Quando o teu amor nos guia, / é segura a nossa via.

 

         Johann Rist, 1607-1667

 

 

[Isaías 60.1-3]


 

HINO 40

 

Mateus 12.28-29

 

 

40.1. Veio Jesus, manancial da alegria,

veio o Senhor — o princípio e o fim.

Deus se fez homem, vem ser nosso guia:

Como é possível amar-nos assim?

Pregai aos povos: raiou vosso dia!

Veio Jesus, manancial da alegria!

 

40.2. Veio Jesus e romperam-se os laços,

e toda a força da morte findou.

Cristo está perto e nos abre os seus braços;

ele, que é Filho de Deus, nos amou.

Ó proclamai e bradai aos espaços:

Veio Jesus e romperam-se os laços!

 

40.3. Veio Jesus, ele traz liberdade,

rompe os grilhões do poder infernal;

vence o inimigo, supera a maldade,

dos oprimidos irmão sem igual.

Cede o maligno ao mais forte, em verdade.

Veio Jesus, ele traz liberdade.

 

40.4. Veio Jesus, o Senhor dos senhores,

por céu e terra estendendo o poder;

converte a Deus corações pecadores:

Vinde com fé ao Senhor, sem temer!

Ele vos livra de angústias e dores!

Veio Jesus, o Senhor dos senhores.

 

40.5. Veio Jesus, ele vence o pecado;

o nosso fardo ele quer carregar.

Para ser livres do mal praticado,

vinde ao Cordeiro vossa alma entregar!

Ó quem com ele há de ser comparado?

Veio Jesus — ele vence o pecado.

 

40.6. Veio Jesus, vera fonte da graça,

chama: Sedentos, ó vinde beber!

Eis que vos dou, neste tempo que passa,

vida eternal e celeste poder!

Ele vos livra de tudo que ameaça:

Veio Jesus, vera fonte da graça.

 

40.7. Veio Jesus e nos deu nova vida.

Seja louvado o Senhor sem igual.

Trouxe esperança à criatura perdida;

já não há morte, temores ou mal.

Canta, feliz, a nossa alma remida:

Veio Jesus e nos deu nova vida!

 

         Johann Ludwig Allendorf, 1693-1773


 

HINO 41

 

Johann Ulich, 1674

Mateus 2.1-11

 

 

41.1. Linda estrela, meu Jesus,

em Belém aparecida:

Rendo a ti, divina luz,

esta minha pobre vida.

Ó recebe com favor

o que traz o pecador!

 

41.2. Vem, aceita minha fé:

É meu orou mais precioso.

Tenho-a só pela mercê

do meu Deus fiel, bondoso.

Fortalece, ó meu Jesus,

minha fé em dor e cruz!

 

41.3. Toma o incenso, a oração,

ó Senhor, benignamente,

sempre quando o coração

clama a ti, humildemente!

Minha prece, por favor,

queiras aceitar, Senhor!

 

41.4. Toma a mirra, ó meu Senhor,

do meu arrependimento.

Sinto do pecado a dor,

mas teu nome dá-me alento,

e, feliz, eu cantarei:

Cristo aceita o que ofertei!

 

         Erdmann Neumeister, 1671-1756

 

 

[Salmo 98.4-5]


 

HINO 42

 

1676

João 8.12

 

 

42.1. Ó Cristo, verdadeira luz,

vem, ilumina, meu Jesus,

os homens que na escuridão

ignoram tua salvação.

 

42.2. Dá-lhes a graça, meu Senhor,

de conhecerem teu amor,

e não os deixes perecer —

em falsa crença se perder.

 

42.3. Aos desviados vem buscar,

aos que padecem, consolar.

Pois só teu grande e imenso amor

dá remissão ao pecador.

 

42.4. Senhor, o surdo faze ouvir,

ao mundo, a boca vem abrir!

Que muitos possam conhecer

a tua glória e o teu poder!

 

42.5. Ó dá que os cegos possam ver

e o teu amor reconhecer.

Os que erram, faze tu voltar;

aos que duvidam, confiar!

 

42.6. A tua igreja há de exaltar

a tua glória e entoar

eternamente o teu louvor,

em terra e céu, ó Redentor!

 

         Johann Heermann, 1585-1647

 

 

[1 Timóteo 2.4]

 

 

Paixão de Cristo

 

 

 

HINO 43

 

Wolfgang Dachstein, 1525

Isaías 53

 

 

43.1. Leva um Cordeiro a transgressão / de toda a humanidade.

Paciente, sofre a maldição / de nossa iniqüidade.

Exausto vai, seu vacilar, / ao sacrifício se ofertar,

submisso e com desvelo. / Aceita as dores, o desdém,

aceita a morte em nosso bem, / e diz: “Hei de sofrê-lo!”

 

43.2. Este Cordeiro é Salvador / e amigo poderoso.

Deus o enviou ao pecador, / em seu amor gracioso:

“Vai, Filho, te compadecer / dos que deviam receber

castigo mui tremendo; / a pena é grave, é grande a dor:

Tu livrarás o pecador, / em seu lugar morrendo!”

 

43.3. “Sim, Pai, de todo o coração, / eu quero o que tu queres;

aceito a tua decisão, / farei o que disseres!”

Ó forte amor, amor sem par, / ninguém o pode imaginar:

Do Pai tiraste o Filho! / Ó grande amor, que força tens!

Aos que andam pelas trevas, vens / trazer um novo brilho.

 

43.4. Jesus, enquanto aqui viver, / hei de seguir-te, crente.

A ti só quero pertencer, / agora e eternamente.

Jamais o sacrifício teu / sairá do pensamento meu

 e o que por mim fizeste! / Ao pobre e indigno pecador

tu dedicaste teu amor; / por mim a vida deste.

 

43.5. Quando esta vida se findar, / meu derradeiro alento;

A ti, Senhor, me hás de levar/ por dor e sofrimento.

Tua justiça seja então / perante Deus meu galardão!

E bem-aventurado, / com os teus anjos cantarei —

do mal remido, exultarei, / ao trono teu prostrado!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676

 

 

[Isaías 53,5-6]


 

HINO 44

 

Matthäus Greitter, 1525

 

 

44.1. Na cruz eu quero te saudar, / Cordeiro do meu Deus, sem par,

com coração ardente. / Da cruz tu pendes, a sofrer,

por mim, Senhor, hás de morrer, / calado e obediente.

Mas pela fé eu posso ver / em todo o teu cruel sofrer

de Deus a majestade! / Cordeiro, digno de louvor,

serás chamado Rei, Senhor, / por toda a eternidade.

 

44.2. Seguir-te quero em morte e dor, / tu, que és da Salvação Senhor,

nada há de separar-nos. / À nossa frente queres ir

e assim segura via abrir / aos crentes teus, amados.

Por seres obediente assim, / tudo é possível para mim,

já que por mim morreste. / Não temo a morte, e, no sofrer,

por toda a vida hei de saber / que tu, Senhor, venceste.

 

         Valentin Ernst Löscher, 1673-1749

 

 

[Filipenses 2.5-11]


 

HINO 45

 

 

45.1. Um desejo ardente em mim existe,

um anseio sem igual:

Ó Jesus, com teu poder me assiste,

quando me tentar o mal,

que seguir eu possa os teus caminhos,

ó Jesus, coroado com espinhos,

e permanecer n a dor

a teu lado, meu Senhor.

 

45.2. Meu Senhor, te vejo eternamente,

um Cordeiro sem igual;

humilhado, pálido, tremente;

preso à cruz, Rei celestial.

Muito por minha alma tens lutado

para ver também a mim livrado!

Exclamaste em Gólgota:

“Tudo consumado está.”

 

45.3. Ó Jesus, não deixes que eu esqueça

minha culpa e teu perdão;

guarda — que eu em trevas não pereça —

a minha alma em tua mão!

Desde há muito me tens procurado,

antes de eu ouvir o teu chamado,

o teu sangue me absolveu,

vida e paz me concedeu.

 

45.4. Teu serei, Jesus, eternamente.

Dentro de meu coração

guardarei teu nome, firmemente,

para minha salvação.

Só por ti, Senhor, viver eu quero,

e também em ti morrer espero,

em bendita comunhão:

Esta seja a nossa união!

 

         Albert Knapp, 1798-1864

 

 

[1 Coríntios 1.18-25]


 

HINO 46

 

Nikolaus Herman, 1551

 

 

46.1. Agradecemos-te, Jesus. / Por nós sofreste a amarga cruz.

Teu sangue foste derramar, / somente para nos salvar.

 

46.2. Nós te rogamos, Homem Deus, / que, pelos sofrimentos teus,

nos queiras sempre consolar, / da morte eterna nos salvar.

 

46.3. Assiste-nos na tentação; / estende-nos a tua mão!

Na derradeira hora, aqui, / dá que esperemos só em ti!

 

46.4. Ó faze-nos em ti confiar: / Jamais nos hás de abandonar!

Dá-nos certeza, ó Jesus: / Tu nos salvaste pela cruz!

 

         Christoph Fischer, 1600

 

 

[Salmo 22.1,7,8,19]


 

HINO 47

 

1738

João 3.14-15

 

 

47.1. Ó Jesus, teu sofrimento, / tua amarga morte e dor,

dão conforto, paz e alento / ao ansiado pecador.

Quando o mal me vier tentar, / tua dor hei de lembrar;

ela aparta-me, o faltoso, / de prazer pecaminoso.

 

47.2. Só em ti, Jesus, me fundo, / meu consolo e Salvador,

pois venceste a morte e o mundo / pelo teu morrer, Senhor.

Meu conforto e gozo aqui / é que eu tenho parte em ti.

Tua graça desmedida / traz-me a luz da nova vida.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676

 

 

[Colossenses 2.13-15]


 

HINO 48

 

Johann Crüger, 1640

 

 

48.1. Ó, meu Jesus, que mal tu cometeste

que tão cruel sentença recebeste?

Qual tua culpa? Quais os teus pecados

tão castigados?

 

48.2. És açoitado, adornam-te de espinhos,

com bofetadas pagam teus carinhos.

Dão-te vinagre, morres desprezado,

à cruz pregado.

 

48.3. Por que motivo foste maltratado?

Foi minha culpa, foi o meu pecado!

Eu, meu Jesus, causei as tuas dores,

teus amargores.

 

48.4. Ó que castigo singular e estranho:

O Bom Pastor morrer por seu rebanho!

Paga o Senhor a culpa dos criados

já condenados.

 

48.5. Morre Jesus, que andava em reta estrada,

e o pecador, que é mau, não sofre nada;

quem mereceu a morte sai ileso;

o Justo é preso.

 

48.6. Foi teu amor profundo e sem medida

que te lançou em ânsia dolorida.

Eu me entregava ao mundo, às alegrias;

tu padecias.

 

48.7. Ó Rei supremo, Todo-Poderoso,

como pagar o teu amor precioso?

O teu amor pagar jamais podemos!

Graças rendemos!

 

48.8. Quando, afinal, da terra eu for chamado,

quando acordar no Reino teu sagrado,

hei de louvar, por toda a eternidade,

tua bondade!

 

         Johann Heermann, 1585-1647

 

 

[Efésios 2.13-16]


 

HINO 49

 

49.1. Ó Jesus, Cordeiro, / tiras o pecado e o mal —

tem piedade!

Ó Jesus, Cordeiro, / tiras o pecado e o mal —

tua paz concede!

Amém.

 

 

[João 1.29]


 

HINO 50

 

R. Lörcher

Filipenses 2.5-7

 

 

50.1. Nossos corações pertencem ao varão de Gólgota

que, por ter sofrido a morte, vida e salvação nos dá,

que o mistério do juízo ao seu povo revelou,

que em angústias e tormentos vida e paz nos conquistou.

 

50.2. Em silêncio nos curvamos ante a tua cruz, Senhor,

e humildes adoramos o poder de teu amor.

Adoramos o milagre: Eis que o Filho se humilhou;

obediente até a morte nosso fardo carregou.

 

50.3. Haja noites tenebrosas: Luz provém de Gólgota,

luz que rompe pelas trevas, que o inferno vencerá.

Cristo, o Salvador, expulsa de seu Reino angústia e dor.

Emudece a própria morte: prevalece o seu amor.

 

50.4. Silenciam os poderes ante a cruz de Gólgota.

O teu povo agraciado canta “amém”  e “aleluia.”

Graças pelas tuas dores, graças pelo teu morrer!

Tu nos deste vida nova: Adoramos teu poder!

 

         Friedrich von Bodelschwingh, 1831-1910 (Tr. W.)


 

HINO 51

 

Wolfgang Wessnitzer, 1661

1 Pedro 2.21

 

 

51.1. Cristo, manancial da vida,

tu sofreste morte e dor;

foi assim por ti vencida

minha morte, ó Salvador;

suportaste o mal extremo

e me deste o bem supremo.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.2. Tu, Jesus, tens padecido

do desprezo o insulto e a dor;

todo o ódio tens sofrido,

Filho justo do Senhor,

para ver-me libertado

das algemas do pecado.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.3. Blasfemando, te ultrajaram;

tua fronte, meu Senhor,

com espinhos coroaram.

E por que tamanha dor?

Só por mim tens padecido,

resgatando-me, o perdido.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.4. Tu tens sido castigado

para me livrar da dor;

sem razão foste acusado,

para o bem do pecador;

sim, que eu fosse consolado,

tu tens sido abandonado.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.5. A desonra não temeste,

nem da morte a amarga dor.

Ânsia e solidão sofreste,

resgatando o pecador.

Sim, que eu fosse redimido,

dura pena tens sofrido.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.6. Humilhado, padeceste

pelo insano orgulho meu;

minha morte tu venceste

pelo sacrifício teu;

sim, tu foste desprezado

para que eu fosse exaltado.

Agradeço-te, Senhor,

mil, mil vezes, com fervor.

 

51.7. Rendo-te, Jesus, louvores,

toda a minha gratidão!

Pelas ânsias e amargores,

pela angústia da aflição,

pela dor que padeceste,

pela morte que sofreste;

rendo-te, de coração,

minha vida, em gratidão!

 

         Ernst Christoph Homburg, 1605-1681

 

 

[2 Coríntios 5.14-17]


 

HINO 52

 

1740

 

 

52.1. Todos nós, contigo reunidos,

vamos nossas mãos unir,

comungar no sangue teu remidos,

ser fiéis e a ti seguir.

Ó permite que o louvor cantado

seja sempre, ó Deus, do teu agrado.

Dize: “Amém, convosco estou,

minha paz, eu vo-la dou.”

 

         Christina R. v. Zinzendorf, 1727-1752


 

HINO 53

 

Hans Leo Hassler, 1601

Marcos 15,16-20

 

 

53.1. Ó fronte ensangüentada,

ferida pela dor,

de espinhos coroada,

marcada pelo horror!

Ó fronte, outrora ornada

de eterna glória e luz,

agora desprezada —

adoro-te, Jesus!

 

53.2. Ó rosto glorioso

que sempre fez tremer

o mundo poderoso:

Fizeram-te sofrer!

O quanto estás mudado!

O teu sublime olhar,

cruelmente atormentado,

deixou já de brilhar.

 

53.3. O que tens suportado

foi minha própria dor;

eu mesmo sou culpado

de tua cruz, Senhor.

Ó vê-me, aflito e pobre;

castigo mereci;

com tua graça encobre

o mal que cometi!

 

53.4. Senhor, teu sofrimento

conforta o coração.

Por teu cruel tormento

obtenho a salvação.

Ó dá que eu permaneça

contigo, fiel Senhor!

Morrendo, eu adormeça

em ti, meu Salvador!

 

53.5. No termo desta vida,

ó não me deixes só!

Concede-me guarida,

levanta-me do pó!

E se na dor pungente

meu coração tremer,

vem tu, Jesus clemente,

lembrar-me o teu sofrer!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 54

 

Século 14

Mateus 16.24

 

 

54.1. Cristo, quero meditar

no teu sofrimento;

queiras tu me iluminar

o meu pensamento!

Vem, revela ao coração,

ó Jesus amado,

quanta dor e solidão

tens por mim passado!

 

54.2. Dá que eu possa compreender

teus cruéis temores,

o amargor do teu sofrer

e da cruz as dores;

os açoites vis do algoz,

o cruel espinho,

teu morrer por todos nós,

o acre fel no vinho!

 

54.3. Não me deixes ver, porém,

tua dor somente;

mostra-me, Jesus, também,

qual a causa ingente!

Bem o sei, Senhor, fui eu,

eu e meu pecado!

Cristo em meu lugar sofreu:

Eu fui perdoado.

 

54.4. Cristo, ensina-me a pensar

nisso, contristado,

que eu não torne a te magoar

com o meu pecado.

Tornaria ao que passou,

por um só momento,

se o pecado meu causou

o teu sofrimento?

 

54.5. Se o pecado me aterrar

com o horror do inferno,

queiras tu me confortar,

Mediador eterno!

Dá que aceite o galardão

que por mim granjeaste;

dá que aceite a redenção

que tu consumaste!

 

54.6. Dá que eu leve a minha cruz,

siga a ti fielmente,

seja humilde em tua luz,

como tu, paciente,

possa agir em teu amor!

Ouve aqui meu canto:

Cantarei melhor louvor

no teu Reino santo.

 

         Sigismund von Birken, 1626-1681

 

 

[1 Coríntios 2.1-5]


 

HINO 55

 

1545

João 1.29

 

 

55.1-3. Cordeiro imaculado, / na cruz por nós pereceste.

Embora desprezado, / paciente a morte sofreste.

Na cruz tens expiado / dos homens o pecado.

1-2. Ó tem piedade de nós, ó Cristo!

3. A tua paz nos concede, ó Cristo!

 

         Rostock, 1531


 

HINO 56

 

Comunidade dos Irmãos Morávios, 1735

João 15.13

 

 

56.1. Ó Jesus, Senhor amado,

meu bendito Salvador,

teu amor foi derramado

sobre mim, o pecador.

No Calvário consumaste

a missão que Deus te deu.

Com teu sangue resgataste

o rebanho, o povo teu.

 

56.2. Teu amor foi comprovado

pelas chagas, pela dor,

por teu lado traspassado,

pelo sangue redentor.

Aplacou de Deus a ira,

renovando a comunhão

que o pecado destruíra

dominando o coração.

 

56.3. Teu amor foi desprezado,

foi tratado com desdém.

Mesmo assim, Jesus amado,

não o negas a ninguém.

Sim, até no vil madeiro

te inclinaste ao pecador,

e no alento derradeiro

demonstraste o teu vigor.

 

56.4. Ó amor, que estende os braços,

ofertando graça e paz,

libertando-me dos laços

infernais de Satanás;

que por mim intercedeste,

implorando em meu favor,

e que em meu lugar sofreste:

Vivo só por ti, Senhor.

 

56.5. Cristo, teu amor sagrado

granjeou-me a salvação.

No madeiro desprezado

fez-se a reconciliação.

Eis, por que, Jesus bendito,

venho grato, me entregar,

inclinando-me, contrito,

ante o teu amor sem par.

 

56.6. Santo amor, levando à cova

meu bendito Redentor,

implantaste vida nova

na minha alma em seu torpor.

Tua morte vem trazer-me

vida eterna, graça e luz.

Quero sempre agradecer-te,

pertencendo a ti, Jesus.

 

         Elisabeth v. Senit, 1629-1679

 

 

Páscoa e

Ressurreição de Cristo

 

 

 

HINO 57

 

Século 11

Apocalipse 5.9

Êxodo 12.13

 

 

57.1. Cristo entregou-se à morte, / livrou-me do pecado;

a vida foi mais forte: / Senhor, ó sê louvado!

Nós queremos exultar / e eternamente exaltar.

Cantamos aleluia, aleluia!

 

57.2. Ninguém a morte dominou, / com seu poder ingente;

eis que o pecado o mal causou; / não houve um inocente.

Pois a morte triunfou, / nos seus grilhões nos apresou;

as trevas dominaram. Aleluia.

 

57.3. Cristo Jesus, Filho de Deus, / do céu foi enviado;

venceu a morte e os males seus, / venceu todo o pecado.

Perdeu a morte o seu poder, / Jesus a conseguiu vencer;

seu aguilhão tirou-lhe. Aleluia.

 

57.4. Houve uma guerra estranha: / Prevaleceu a morte.

Mas não valeu-lhe a sanha: / A vida foi mais forte.

Quando em Gólgota expirou, / Jesus a morte aniquilou.

O inferno foi vencido. Aleluia.

 

57.5. Sim, Deus mandou o Filho seu, / que é o real Cordeiro;

por ter-nos grande amor, sofreu, / morrendo no madeiro.

O sinal de sangue está / em nossa porta e impedirá

que à morte sucumbamos. Aleluia.

 

57.6. Nós festejamos com louvor / a Páscoa em alegria,

pois ressurgiu o Salvador, / raiou um novo dia.

Cristo, a graça divinal, / nos fulge em brilho celestial.

Ele é a nossa vida. Aleluia.

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[1 Coríntios 15.55-58]


 

HINO 58

 

Século 15

1 Coríntios 15.54-57

Gênesis 3.15

 

 

58.1. Perdeu a morte o seu poder;

Jesus teve a vitória.

Que mal Satã há de fazer?

É vã a sua glória.

Louvor a Deus, por dar a nós

vitória nesta guerra atroz,

por Cristo, o amado Filho.

 

58.2. Quão obstinada se lançou

à luta a vil serpente,

com grande astúcia pelejou

e com poder ingente;

feriu a Cristo o calcanhar,

porém não pôde triunfar,

foi logo aniquilada.

 

54.3. Jesus da morte ressurgiu

e ao inimigo vence;

do inferno a porta destruiu,

a glória lhe pertence.

No seu caminho triunfal

não lhe resiste nenhum mal,

pois tudo jaz vencido.

 

58.4. Morreu o Salvador Jesus,

mas ressurgiu, glorioso;

por isso tornará à luz

seu povo venturoso.

Quem crê no Verbo do Senhor

não temerá da morte o horror,

pois mesmo morto, vive!

 

58.5. Perdeu a morte o seu poder,

Jesus teve a vitória.

Que mal Satã há de fazer?

É vã a sua glória.

Louvor a Deus, por dar a nós

vitória nesta guerra atroz,

por Cristo, o amado Filho.

 

         Ap. Georg Weissel, 1644


 

HINO 59

 

Melchior Vulpius, 1609

Mateus 28.1-10

 

 

59.1. Louvai a Deus em alta voz,

porque mandou seu Filho a nós

que subjugou a morte atroz.

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

59.2. Terceiro dia: Amanheceu;

a imensa pedra se moveu,

Jesus em glória apareceu!

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

59.3. E disse o anjo: “Não temais,

porque bem sei quem procurais:

Buscais Jesus e não o achais”;

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

59.4. “Morreu, porém, ressuscitou,

inferno e morte subjugou.

Entrai e vede: Triunfou!”

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

59.5. Nós te pedimos, ó Jesus,

tu que venceste o mal na cruz,

concede-nos a tua luz!

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

59.6. Que, redimidos do pecar,

possamos em teu nome orar

e para sempre te exaltar:

Aleluia, aleluia, aleluia!

 

         Michael Weisse, 1534


 

HINO 60

 

Cyriakus Spangenberg, 1568

 

 

60.1. Com alegria e com fervor / cantemos glória ao Criador!

Seu Filho é nosso Redentor! / Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,

louvado sejas, Salvador!

 

60.2. Jesus à morte se entregou; / em glória e luz ressuscitou,

vitória eterna conquistou! / Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,

louvado sejas, Salvador!

 

60.3. Jesus venceu do inferno o horror. / Angústia, trevas e temor

desfeitos são por seu amor! / Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia,

louvado sejas, Salvador!

 

60.4. Erguei as vozes e adorai! / Aos pés de Cristo vos prostrai!

Felizes seu louvor cantai! / Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia:

Louvado sejas, Salvador!

 

         Cyriakus Spangenberg, 1528-1604 (Tr. W.)


 

HINO 61

 

Século 12

 

 

61.1. Cristo ressuscitou de martírio e morte;

por isso vamos jubilar, / Cristo quer nos consolar.

Aleluia.

Se não ressurgira, pereceria o mundo;

mas Jesus ressuscitou: / Louvor ao Pai, que o enviou!

Aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia!

Por isso vamos jubilar, / Cristo quer nos consolar.

Aleluia.


 

HINO 62

 

Nikolaus Herman, 1560

2 Timóteo 1.10

 

 

62.1. Agradecemos-te, ó Jesus, / que ressurgiste ao dia, à luz.

Privaste a morte do poder, / vieste a vida nos trazer. Aleluia.

 

62.2. Rogamos-te de coração: / Liberta-nos da escuridão!

Ajuda-nos, por teu amor, / que te sirvamos com fervor. Aleluia.

 

62.3. Ao Pai, no trono celestial, / a Cristo, Filho sem igual,

ao Santo Espírito nos céus: / louvor eterno ao Trino Deus! Aleluia.


 

HINO 63

 

Johann Crüger, 1653

Romanos 13.12

 

 

63.1. Desperta! A noite há de ceder

ao sol que está surgindo.

Anima-te, vem receber

 ao Salvador bem-vindo!

Glorioso, já ressuscitou,

o Cristo a morte aniquilou.

Que rejubile o mundo!

 

63.2. Vem, abandona a perdição,

aceita a nova vida!

A Cristo eleva o coração,

tua alma redimida!

Em comunhão com teu Jesus

hás de viver em plena luz,

na fé ressuscitado.

 

63.3. Se for pesada a tua cruz,

e grande o teu pecado,

entrega tudo a teu Jesus;

por ele és amparado.

Confia nele em toda a dor:

O Cristo vive, e seu amor

será o teu abrigo.

 

63.4. Ó mal, inferno, morte e dor,

tremei! Estais vencidos,

pois Cristo vive, e com vigor

ampara os oprimidos.

Em humildade, a tua grei,

te adora, ó glorioso Rei,

seu Salvador bendito.

 

63.5. Ó sê louvado, meu Senhor,

por todos que renderam

seu coração ao teu amor,

que pela fé venceram,

remidos pelo sangue teu.

Concede-nos, Senhor do céu,

que em fé também vençamos!

 

         Laurentius Laurenti, 1660-1722


 

HINO 64

 

Melchior Vulpius, 1609

1 Coríntios 15.54-47

 

 

64.1. Bem-vindo, herói potente,

do cárcere sombrio!

Teu povo avista, crente,

o túmulo vazio.

 

64.2. Venceste triunfante

os inimigos teus;

e cremos firmemente:

Conosco é nosso Deus.

 

64.3. Estamos entoando

um hino triunfal.

Senhor, tu vens chegando,

trazendo a paz pascoal.

 

64.4. Contigo já morremos

e havemos de viver;

o que por ti teremos

Senhor, nos faze ver!

 

64.5. Queremos em confiança

ao túmulo descer;

depois, a santa herança

da vida eterna obter.

 

64.6. A morte tem perdido

seu aguilhão e horror.

Deus nos tem escolhido:

Jesus é vencedor!

 

         Benjamin Schmolck, 1672-1737

 

 

[1 Coríntios 15.20]


 

HINO 65

 

Johann Crüger, 1647

 

 

65.1. Desperta em alegria,

minh’alma, com louvor:

Eis que raiou o dia

do excelso resplendor!

Jesus ressuscitou,

a morte aniquilou,

o nosso coração

exulta em gratidão.

 

65.2. Jesus foi sepultado:

Satã se vangloriou;

mas tinha-se enganado:

Jesus ressuscitou.

Com glória sem igual

triunfa sobre o mal.

Herói e Salvador,

da morte é vencedor!

 

65.3. Do mundo e seus rancores

minha alma há de zombar;

tormentos, lutas, dores,

tudo há de terminar;

não há mais aflição

que fira o coração;

o pranto é meu prazer,

a morte é meu viver!

 

65.4. Ao meu Senhor me prendo,

pois membro dele sou!

A Cristo só me rendo

que sempre me amparou.

Jesus é vencedor

de treva, angústia e dor;

o inferno subjugou,

a morte aniquilou!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 66

 

Nikolaus Herman, 1560

 

 

66.1. Bem cedo, quando nasce a luz,

ressurge nosso sol, Jesus;

venceu da morte a escuridão

e trouxe vida e salvação. Aleluia!

 

66.2. Quando a tristeza me envolver

e grande angústia me prender

a tua graça, meu Jesus,

é vitoriosa, traz a luz. Aleluia!

 

66.3. Três dias, Cristo, o Salvador,

ficou entregue a morte e dor,

mas no terceiro ressurgiu,

glorioso para a luz subiu. Aleluia!

 

66.4. Ao mundo ainda oculto está

o que por seu morrer nos dá,

oculto está o galardão,

a plena e eterna redenção. Aleluia!

 

66.5. Sim, Cristo vive, e sei também:

Por mim amor sublime tem.

Desabe o mundo com fragor:

O meu amparo é meu Senhor. Aleluia!

 

66.6. Vem proteger-me e consolar;

quando morrer, vem me buscar;

ao seu encontro alegre vou,

pois de seu corpo um membro sou. Aleluia!

 

66.7. Jesus, por tal consolação

dá graças toda a criação!

No Reino teu, com mais fervor,

entoaremos teu louvor. Aleluia!

 

         Johann Heermann, 1584-1647


 

HINO 67

 

H. Beuerle

 

 

67.1. Cristo venceu a morte. / Bendita a nossa sorte!

Um novo dia nos alumia.

 

67.2. Mesmo que angustiados, / não somos dominados,

pois Cristo fala, e o mal se cala.

 

67.3. Crentes, pois, prossigamos, / as trevas não temamos!

Não vacilemos — a luz veremos!

 

67.4. Mesmo que em ódio e guerra / estremecer a terra,

em Deus confiamos — a salvo estamos!

 

         Martha Müller


 

HINO 68

 

Século 15

 

 

68.1. Da morte o Cristo ressurgiu,

noite se acabou, tenebrosa.

A promissão já se cumpriu:

Vida triunfou, fulgurosa.

Por que descrer e duvidar?

Por que hesitar e vacilar?

Ó vinde à luz radiosa!

 

68.2. Rompendo algemas infernais,

Cristo abandonou seu jazigo.

Jubilam vozes celestiais:

Eis que sucumbiu o inimigo!

Vós que viveis em ânsia e dor:

Sabei que vive o Salvador,

que dá-vos paz e abrigo.

 

68.3. Verdade é que Jesus morrer

em lugar de nós, pecadores;

e triunfando, reviveu

para nos fazer vencedores.

O seu poder quer derramar,

bendita vida quer nos dar,

ditosa, sem temores.

 

68.4. A luta contra a morte e o mal

pelo Cristo foi decidida.

Por seu fulgor celestial

toda a escuridão foi vencida:

Em esperança, em fé e amor,

em comunhão com o Senhor

vivamos nova vida!

 

         Lindolfo Weingaertner


 

HINO 69

 

Frank Graf

 

 

69.1. Creio que o dia virá,

dia de luz e de glória.

Morte e inferno serão tragados

por tua vitória.

 

69.2. Creio que, quando acordar,

ainda estarei contigo:

Portanto, ao adormecer,

em ti, meu Senhor, me abrigo.

 

69.3. Enquanto a noite durar,

serei tranqüilo e confiado:

Sei que por ânsia e temor

jamais eu serei perturbado.

 

69.4. Quando meus olhos abrir

rompe-se o véu tenebroso:

Tudo terei, meu Senhor;

teu rosto verei, jubiloso!

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 70

 

Nikolaus Herman, 1560

 

 

70.1. Glorioso o dia já raiou,

o mundo todo iluminou,

pois triunfou o Redentor,

vencendo a noite, morte e dor.

Aleluia.

 

70.2. O inferno e todo o seu horror,

pecado, trevas e temor,

vencidos foram por Jesus

que, triunfante, torna à luz.

Aleluia.

 

70.3. A morte a presa devolveu,

assim a vida, enfim, venceu;

a morte já não tem poder:

O Cristo vive e faz viver.

Aleluia.

 

70.4. A terra e toda a criação,

que padeciam na aflição,

alegram-se nesta manhã

pela derrota de Satã.

Aleluia.

 

70.5. Por isso vamos te exaltar,

com aleluias jubilar.

Vieste nos salvar, Jesus,

das trevas ressurgindo à luz.

Aleluia.

 

         Nikolaus Herman, (1480 —)1561


 

HINO 71

 

 

71.1. Hoje estou muito alegre,

hoje alegre estou:

O meu Senhor ressurgiu,

da morte ressuscitou.

 

71.2. Aquele túmulo firo

não pôde o Cristo reter.

Ele saiu para a vida,

quer hoje em ti viver.

 

71.3. Hoje estou tão contente,

hoje eu quero cantar

ressurreição e vida

que Jesus Cristo quer dar.

 

         Oziel Campos de Oliveira

 

 

[Romanos 8.33,34]


 

HINO 72

 

Robert William, 1781-1821

 

 

72.1. Do sepulcro ressurgiu, aleluia!

Cristo que nos redimiu, aleluia!

Exaltemos com fervor, aleluia!

Ressurgiu o Salvador, aleluia!

 

72.2. Do sepulcro veio à luz, aleluia!

Quem por nós morreu na cruz, aleluia!

Ressurgiu o Salvador, aleluia!

Exaltai-o com fervor, aleluia!

 

72.3. Nossos males expiou, aleluia!

Nossa culpa resgatou, aleluia!

Deus concede-nos perdão, aleluia!

Não há mais condenação, aleluia!

 

72.4. Não há quem te seja igual, aleluia!

Rei supremo, celestial, aleluia!

Honra seja a ti, Senhor, aleluia!

Tu és nosso Redentor, aleluia!

 

         Tr. S. Dietschi, segundo original latino

 

 

Ascensão de Cristo

 

 

 

HINO 73

 

1529

Colossenses 1.18

Filipenses 1.25

 

 

73.1. Pela ascensão de meu Senhor / ao céu segui-lo espero;

e angústia, dúvida, temor / por minha fé supero.

Pois se a cabeça está no céu, / bem certo está que o corpo seu,

seu povo, há de segui-lo.

 

73.2. Ao céu Jesus se levantou, / em glória e majestade.

Enquanto aqui na terra estou, / do céu terei saudade.

Só onde o meu tesouro está, / meu coração encontrará

paz e tranqüilidade.

 

73.3. Ó faze-me sentir, Senhor, / desta ascensão a glória.

A fé em teu divino amor / conceda-me a vitória!

E quando, Cristo, te aprouver, / o mundo eu deixe com prazer.

Atende ao que suplico!

 

         Josua Wegelin, 1636


 

HINO 74

 

Melchior Franck, 1627

Salmo 110.1-2

 

 

74.1. Subiu aos altos céus Jesus, aleluia!

O Rei das glórias e da luz, aleluia!

 

74.2. E reina sobre terra e céus, aleluia!

À destra mão do eterno Deus, aleluia!

 

74.3. Sua promessa se cumpriu, aleluia!

Tal como a Bíblia o transmitiu, aleluia!

 

74.4. Conosco vinde jubilar, aleluia!

Hinos de glória a Deus cantar, aleluia!

 

         “Coelos ascendit hodie”, Séc. 15


 

HINO 75

 

Philipp Nicolai, 1599

Hebreus 1.1-4

 

 

75.1. Ó grande herói, triunfador,

remiste o mundo pecador

de culpa e de pecado.

À destra do poder do Pai

te assentas. O inimigo cai

vencido, aniquilado.

Poderoso, triunfaste,

jubilaste, Rei eterno!

Subjugaste morte e inferno!

 

75.2. Teus servos são os querubins,

louvores dão mil serafins

a ti, ó Rei amado.

Teu povo nada há de temer,

pois tu, ó Cristo, tens poder:

Ao céu foste exaltado.

Exultantes, jubilamos

e anunciamos a vitória,

Tu subiste para a glória.

 

75.3. Dá que vivamos em amor,

em humildade e em vigor,

que em ti, Senhor, confiemos!

Mantém-nos junto a ti, Jesus,

que andemos sempre em tua luz

e o Reino teu busquemos.

Ó concede que lutando,

crendo e orando, te sirvamos.

Dá que em teu poder vençamos!

 

         Ernst Christoph Homburg, 1605-1681

 

 

[Marcos 16.19-20]

 

 

Pentecostes

 

 

 

HINO 76

 

Johann Crüger, 1662

João 14.16-17

 

 

76.1. Espírito, Verdade,

em nós vem habitar;

difunde claridade,

o mal vem afastar!

Derrama em nossa mente

do santo fogo o ardor,

que todos, fielmente,

confessem seu Senhor.

 

76.2. Consolador querido,

por Cristo, o Salvador,

nos foste prometido:

Ampara-nos na dor!

Que as armas comprovadas

do povo teu, Senhor,

por ti nos sejam dadas:

firmeza, fé, vigor!

 

76.3. Os tolos e os descrentes

estão a se ufanar;

as armas eficientes

do céu vem tu nos dar!

Concede-nos firmeza,

paciência, fé, poder,

de, em ti, toda a fraqueza

e timidez vencer!

 

76.4. No tempo em que vivemos,

imprescindível é

que sempre confessemos

vem claro a nossa fé.

Ainda que soframos

perseguição e dor —

que sempre enalteçamos

o teu eterno amor!

 

76.5. Nós, em verdade, estamos

castigo a merecer;

embora a luz tenhamos,

nós não queremos crer.

De coração ardente

peçamos ao Senhor

que guarde a nós, clemente,

a Nova e seu fulgor!

 

76.6.  Espírito, derrama

a força divinal;’

acende em nós a chama

da fé pentecostal!

Ó faze que anunciemos

ao mundo o teu fulgor,

que testemunho demos

da salvação, Senhor!

 

         Philipp Spitta, 1801-1859

 

 

[João 14.16-20]


 

HINO 77

 

Philipp Nicolai, 1599

 

 

77.1. Espírito Sagrado, vem

e habita em nós, excelso bem,

da vida ó sol radiante!

Nos corações vem infundir

o teu fulgor! Faze-os luzir

em esplendor constante!

Sol e gozo, vinda infinda

dás ainda, quando oramos.

Eis que a ti, Senhor, chegamos.

 

77.2. Ó fonte eterna do saber,

os corações vem tu encher

com teu amor bendito.

Ó faze-nos testemunhar

e o evangelho revelar

ao mundo inquieto e aflito!

A teu povo dá firmeza;

na fraqueza nos alenta!

Dá coragem na tormenta!

 

77.3. Senhor, vem tu nos despertar

e em nossa vida nos guiar —

que o alvo não percamos.

Constância dá-nos, ó Senhor,

que em ti fiquemos, sem temor,

ainda que soframos.

Faze ver-nos os feridos

e os perdidos que nos cercam;

pois não queres que se percam.

 

77.4. Rochedo firme em bravo mar,

em nossas almas vem gravar

o Verbo teu bendito!

Que nos lembremos com fervor

do teu eterno e santo amor

ao abatido e aflito.

Dá que sempre, de alma crente,

em fé ardente te sirvamos —

que teu nome enalteçamos!

 

         Michael Shirmer, 1606-1673


 

HINO 78

 

1704

1 Coríntios 12

 

 

78.1. Santo Espírito clemente / da obediência e do vigor,

Criador onipotente, / manancial de paz e amor:

Teu poder testemunhaste / aos profetas de Israel;

aos apóstolos falaste, / revelando o Pai fiel.

 

78.2. Com teus santos dons reveste / na fraqueza, o povo teu —

que com fé e ardor celeste / siga o rumo ao alvo seu!

Não nos prenda o amor ao mundo, / nem nos cegue o seu fulgor!

Em fieldade e amor profundo / faze-nos viver, Senhor!

 

78.3. O poder, o amor profundo / dos apóstolos vem dar;

que de Cristo a glória ao mundo / consigamos proclamar.

A verdade confessemos / que nos libertou, Senhor;

dá que alegres a exaltemos; / dá que impere o teu vigor!

 

78.4. santo Espírito clemente, / da obediência e do vigor,

Criador onipotente, / manancial de paz e amor:

Teu poder testemunhaste / aos profetas de Israel,

aos apóstolos falaste: / Fala agora, ó Deus fiel!

 

         Philipp Spitta, 1801-1859


 

HINO 79

 

1698

João 14.26

 

 

79.1. Vem, Espírito da vida, / verdadeiro e eterno Deus:

Tua graça desmedida / desça sobre os filhos teus!

Teu divino resplendor / livre as almas do temor!

 

79.2. Vem, concede-nos clareza, / sensatez e retidão;

que aceitemos com firmeza / tua eterna promissão!

Nossa fé faze aumentar; / vem do engano nos livrar!

 

79.3. Dá que sempre aqui sintamos: / Deus, qual filhos, ama a nós;

e que a ele obedeçamos, / mesmo em provação atroz.

Se Deus pune com vigor, / ele o faz só por amor!

 

79.4. Se meu coração ansioso / por consolação clamar:

Até quando, ó Deus bondoso? / Vem, suplico, me ajudar!

só o teu poder me traz / ânimo, conforto e paz!

 

79.5. Protetor, amparo forte, / nossa fé, Senhor, sustém!

Que não ceda ao diabo, `morte, / nem ao mal, nem ao desdém!

Teu poder há de amparar / os que estão a fraquejar.

 

79.6. Sendo, enfim, por Deus chamados, / vem certeza a todos dar

que entraremos, deslumbrados, / em teu Reino, a jubilar —

que veremos, no fulgor, / tua face, ó Salvador!

 

         Heinrich Held, 1620-1659


 

HINO 80

 

Johann Crüger, 1653

Romanos 8.12-27

 

 

80.1. Vem, hóspede bendito,

fiel Consolador,

vem confortar o aflito;

ao fraco dá vigor!

Espírito de amor,

a ti, ao Pai e ao Filho,

iguais em santo brilho,

rendemos nós louvor.

 

80.2. Por ti, o fraco é forte,

sentindo o teu poder;

pecado, inferno e morte

contigo há de vencer!

Coragem queiras dar —

que, de alma agradecida,

com toda a nossa vida

possamos te louvar.

 

80.3. Espírito que ensina

como se deve orar:

Tua oração divina

não cessa de clamar;

aos céus subindo vai,

sem ser enfraquecida,

até que seja ouvida

por Deus, o nosso Pai.

 

80.4. Ó fonte de alegria,

tristeza em ti não há;

luz que nos alumia,

que força e graça dá!

Por vezes sem contar

tua palavra doce

conforto e paz nos trouxe:

Ó vem nos alegrar!

 

80.5. Dirige a nossa vida

segundo o teu querer,

e quando a despedida

nos vem entristecer,

e a morte nos chamar:

que salvos expiremos,

a vida eterna herdemos,

em glória, a jubilar!

 

         Paul Gerhardt, 1697-1676


 

HINO 81

 

1623

João 14.16-17

Atos 2.1-4

 

 

81.1. Espírito, Deus, ó santo Senhor, / nas aflições consolador,

enviam-te do trono seu / o Pai e o Filho do alto céu.

Espírito, Deus, ó santo Senhor!

 

81.2. Espírito, Deus, ó santo Senhor, / ao Verbo acende em nós o amor!

Teu fogo em nós vem acender, / em vero amor nos faze arder,

Espírito, Deus, ó santo Senhor!

 

81.3. Espírito, Deus, ó santo Senhor, / aumenta a fé, aumenta o amor,

e, para crermos em Jesus, concede-nos a tua luz.

Espírito, Deus ó santo Senhor!

 

81.4. Espírito, Deus, ó santo Senhor, / do céu nos mostras o fulgor.

Concede-nos o teu poder, / na luta faze-nos vencer,

Espírito, Deus, ó santo Senhor!

 

81.5. Espírito, Deus, ó santo Senhor, / conforta-nos em toda a dor!

Viver nos faze em gratidão, / em vera fé e comunhão,

Espírito, Deus, ó santo Senhor!

 

         Johannes Niedling, 1602-1668


 

HINO 82

 

1 Coríntios 12.3

 

 

82.1. Ó Santo Espírito do Senhor,

dá-nos fé e verdadeiro amor!

Queiras confortar-nos em nossa vida;

tua igreja mantém unida.

Kyrie eleison.

 

82.2. Sagrada luz, vem resplandecer.

Cristo só nos faze conhecer!

Que permaneçamos com ele unidos,

pois por ele fomos remidos.

Kyrie eleison.

 

82.3. Ó poderoso Consolador,

vem, reveste-nos com teu vigor!

Que na desventura não pereçamos,

mas, lutando, por ti vençamos.

Kyrie eleison.

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[João 16.13]


 

HINO 83

 

Nikolaus Herman, 1560

 

 

83.1. Dia jubiloso,

triunfal, ditoso,

dia de fulgor!

Eis que o Deus clemente,

Pai onipotente,

dá-nos seu penhor,

dá o Espírito da paz,

dá confiança e alegria,

graça e harmonia!

 

83.2. Força dos cansados,

luz dos transviados,

Deus consolador;

nossa vida aclara

e nossa alma ampara

pelo teu vigor!

No viver dá-nos poder —

que sejamos confortados

por teus dons sagrados!

 

83.3. fonte do sedento,

dá-nos novo alento,

dá-nos comunhão!

Cresça em cada crente

do Verbo a semente,

cresça a gratidão!

Possas sempre em nós achar

fruto bom e abençoado,

fruto a teu agrado!

 

         Benjamin Schmolk, 1672-1737


 

HINO 84

 

João 14.26

 

 

84.1. Espírito de Deus,

fiel Consolador.

Tu, que Jesus envia aos seus,

revela o teu amor!

 

84.2. Vem como o fogo arder

e todo o mal queimar;

as almas frias aquecer,

ensina-nos a amar!

 

84.3. Com óleo vem ungir

um povo só em ti

e a todos nós fazer sentir

a tua graça aqui!

 

84.4. Nas trevas vem brilhar

com verdadeira luz

e a todo o mundo encaminhar

ao Salvador Jesus!

 

84.5. Como água tu serás

o purificador;

e vivas fontes abrirás

nos átrios do Senhor.

 

84.6. Nas flores vem cair,

orvalho do Senhor,

e faze as almas produzir

os frutos de louvor!

 

84.7. Tua obra vem cumprir,

divino instrutor;

e toda a glória descobrir

do grande Salvador!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907


 

HINO 85

 

William Howard Doane, 1870

 

 

85.1. Vem, Espírito divino, grande ensinador,

vem, revela às nossas almas Cristo, o Salvador.

         Santo Espírito, ouve com favor!

         Em poder e graça insigne, mostra o teu amor.

 

85.2. Vem, destrói os alicerces do viver falaz,

aos errados concedendo salvação e paz!

 

85.3. Vem, reveste a tua igreja de poder e luz!

Vem, atrai os pecadores ao Senhor Jesus!

 

85.4. Maravilhas grandiosas outros povos têm;

bênçãos venham semelhantes sobre nós também!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907

 

 

Trindade

 

 

 

HINO 86

 

1539

2 Coríntios 13.13

 

 

86.1. Somente a Deus no céu louvor / e alegre canto ergamos,

pois libertou-nos do temor / e filhos nos chamamos.

Sim, Deus mostrou-nos seu amor, / agora há paz, sem dissabor,

e o mal já foi vencido.

 

86.2. Louvamos-te, bondoso Pai, / teu nome enaltecemos.

O teu amor jamais descai: / Senhor, te agradecemos.

Ilimitado é teu poder, / e o que tu queres há de ser;

benditos nós, teus filhos!

 

86.3. Filho unigênito de Deus, / que aceita os pecadores:

De todo o mal salvaste os teus, / carregas nossas dores.

De Deus Cordeiro, manso e bom, / põe termo à nossa privação!

De nós tem piedade!

 

86.4. Espírito Consolador, / supremo bem eterno,

protege-nos do tentador / e livra-nos do inferno.

Porque Jesus, o Bom Pastor, / por nós sofreu da morte a dor.

No Salvador confiamos.

 

         Nicolaus Decius, 1480-1529


 

HINO 87

 

Johann Crüger, 1647

 

 

87.1. Louvado seja Deus,

Senhor onipotente,

o Pai que me criou,

meu protetor clemente!

Prostrado em oração,

proclamo o seu louvor,

entregue à proteção

do eterno Criador.

 

87.2. Louvado seja Deus,

a Vida e a Luz do mundo,

Jesus, meu Salvador,

por seu amor profundo.

Pois ele me salvou

de desespero e dor,

seu sangue derramou,

meu Deus e meu Senhor.

 

87.3. Louvado seja Deus,

Consolador sagrado,

Espírito do Pai,

por Cristo nos foi dado.

Com celestial fulgor

conforta o coração:

Espírito de amor,

de paz e comunhão.

 

87.4. Em honra ao trino Deus

ressoe o nosso canto!

Excelsa adoração

se preste ao nome santo!

O divinal amor

bendigam terra e céus,

bradando em santo ardor:

Louvado seja Deus!

 

         Johann Olearius, 1611-1684

 

 

[Romanos 11.33-36]


 

HINO 88

 

Século 15

 

 

88.1. Nós cremos todos num só Deus, / Criador de céu e terra.

Nós todos somos filhos seus; / nele todo o amor se encerra.

Quer unir-nos com carinho, / alma e corpo preservar-nos;

tira o mal que há no caminho; / perdição não há de alcançar-nos.

Protege-nos com seu amor. / Tudo está nas mãos do Senhor.

 

88.2. Nós cremos todos em Jesus, / Filho Seu, Deus glorioso,

eterno, como o Pai na luz, / Deus igual e poderoso.

Foi nascido de Maria, / pelo Espírito gerado;

trouxe a nova da alegria, / em favor do homem condenado.

Na cruz foi morto, mas por Deus, / ressurgiu e retornou aos céus.

 

88.3. Nós cremos todos com fervor / em o Espírito Divino.

Com Deus e com Jesus, Senhor, / o adoramos em nosso hino.

Guarda toda a cristandade / e a conserva sempre unida;

perdoando a iniqüidade, / nos concede a eterna vida.

Após a luta, o Senhor / há de nos levar ao seu fulgor.

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[Romanos 8.12-15,17]

 

 

A Igreja e

o Povo de Deus

 

 

 

HINO 89

 

Martin Luther, 1543

Lucas 24.29

 

 

89.1. Conosco fica, fiel Jesus, / pois já morreu do dia a luz;

que não se apague o resplendor / do Verbo teu, ó Redentor!

 

89.2. Nos tempos de hoje, em provação, / dá-nos firmeza e comunhão,

dá que possamos preservar / o Verbo teu, sem vacilar!

 

89.3. Ó guarda a igreja, bom Senhor! / Somos inertes, sem amor.

Teu Verbo faze progredir, / que o mundo todo o possa ouvir!

 

89.4. A causa é tua — ó Jesus; / tu és do mundo a vera luz!

Concede amparo aos que na dor / almejam tua paz, Senhor!

 

89.5. Teu Verbo alegra o coração, / conforta em dor e em aflição,

mantém a fé, mantém o amor, / guarda a esperança em ti, Senhor!

 

         Nikolaus Selnecker, 1530-1592


 

HINO 90

 

Martin Luther, 1543

 

 

90.1. Deus, o teu Verbo guarda a nós, / combate o inimigo atroz

que a Jesus Cristo, o Filho teu, / quer derrubar do trono seu.

 

90.2. Jesus, demonstra o teu poder! / Ó Rei dos reis, vem proteger

o povo teu — que possa amar / e eternamente te louvar!

 

90.3. Espírito Consolador, / dá-nos união, fraterno amor!

Na angústia vem nos amparar, / da morte à vida nos guiar!

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[Salmo 103.20-22]


 

HINO 91

 

91.1. No fulgor, no fulgor,

segue povo do Senhor!

Guarda a lâmpada acendida,

guarda o teu primeiro amor,

busca o manancial da vida,

segue firme em tentação e dor,

no fulgor, no fulgor!

 

91.2. Sem temor, sem temor,

vai suporta escárnio e dor!

Ludibriado e escarnecido,

sê fiel a teu Senhor!

Segue a ele, agradecido,

luta, se a serpente te atacar,

sem cessar, sem cessar!

 

91.3. Resistir, resistir

deverás à tentação!

Resplendor promete o mundo —

o que dá, é perdição,

solidão, temor profundo!

Deverás o que ele te ofertar

rejeitar, rejeitar!

 

91.4. Sê fiel, sê fiel,

sê fiel ao teu Senhor!

Luta com ardor sagrado,

serve a Cristo em grato amor;

não te prendas ao passado!

Mesmo se o combate for cruel —

sê fiel, sê fiel!

 

         Johann Eusebius Schmidt, 1670-1745


 

HINO 92

 

Século 15

 

 

92.1. Sol da graça, luz do amor,

da justiça o resplendor,

vem ao povo teu raiar,

toda a terra iluminar,

ó vem, Senhor!

 

92.2. Cristo, vem nos despertar,

os seguros abalar!

Glorifica teu poder,

faze o teu amor vencer,

ó vem, Senhor!

 

92.3. Vê a desunião, Senhor!

Tua grei, ó Bom Pastor,

separada, em dispersão,

só em ti terá união!

Ó vem, Senhor!

 

92.4. Eis os povos, a clamar,

por teu Reino a esperar;

toda a terra em trevas jaz,

aguardando a tua paz.

Ó vem, Senhor!

 

92.5. Aos obreiros dá poder!

Faze-os pela fé vencer!

Abençoa a pregação,

fortalece a comunhão!

Ó vem, Senhor!

 

92.6. Tua luz nos faze ver;

que sintamos teu poder!

faze-nos em fé lutar,

o inimigo derrotar!

Ó vem, Senhor!

 

92.7. Toda a santa multidão

rende glória e adoração.

Ao tri-uno e eterno Deus

dão louvor a terra e os céus:

Amém, Senhor!

 

         Christian David, 1690-1751 (Tr. W.)


 

HINO 93

 

1543

Lucas 12.49

 

 

93.1. Que o fogo teu em breve ardesse, / imensurável, santo amor,

e todo o mundo conhecesse / que tu és Rei, Deus e Senhor!

 

93.2. Sempre fulgiu, clara e radiosa, / em toda a parte a tua luz,

a boa nova gloriosa / do sacrifício teu na cruz.

 

93.3. Hoje também a tua chama / infunde luz no coração;

com teu amor sagrado o inflama, / expulsa o medo e a solidão.

 

93.4. Destrói o orgulho e a vaidade / e a impureza em nós, Senhor;

aviva em toda a cristandade / a chama de teu santo amor!

 

93.5. Renova, ó Redentor bondoso, / no vasto mundo os corações;

revela-te, Rei poderoso, / aos povos todos e às nações!

 

93.6. Então o canto dos remidos / há de inundar a imensidão:

Em santidade, os renascidos / a ti, Senhor, adorarão.

 

         George Friedrich Fickert, 1758-1815


 

HINO 94

 

Com. dos Irmãos Morávios, 1735

João 15.1-5

 

 

94.1. Corações, em fé unidos,

vinde à paz do bom Senhor,

por seu santo amor movidos,

procurai o Salvador!

Do seu corpo os membros somos,

ele, a luz, nós, o fulgor.

Só por ele salvos fomos,

por Jesus, o Redentor.

 

94.2. Vinde, filhos agraciados,

renovar a vossa união,

e jurai-lhe, dedicados,

ser fiéis, de coração!

E perdendo esta corrente

sua solidez no amor,

suplicai com fé ardente

que Jesus lhe dê vigor.

 

94.3. Seja o vosso amor tão forte,

tão intensa a comunhão,

que enfrenteis a própria morte,

por amor de algum irmão.

Cristo assim nos tem amado

que seu sangue deu por nós;

como ficará magoado,

se há discórdia entre vós!

 

94.4. Deus, Senhor, que nos conclama

para em santo amor agir:

nova vida em nós derrama

e dispõe-nos a servir!

Ver-nos-á o mundo, unidos

pelo teu sagrado amor:

Nós, de um tronco só nascidos,

somos um, por ti, Senhor.

 

94.5. Faze-nos ser tão unidos

como o Pai e o Filho o são.

Não sejamos divididos

por discórdia e desunião.

Que nossa alma resplandeça

só por tua excelsa luz,

e que o mundo em nós conheça

teus discípulos, Jesus!

 

         Nikolaus Ludwig von Zinzendorf, 1700-1760


 

HINO 95

 

Gottfried Schneider, 1937

Apocalipse 11.15

 

95.1. Jesus Cristo é Rei e Senhor, / seu é o reino e o louvor,

é Senhor potente, / hoje e eternamente.

 

95.2. Ao chegar o dia final / para este mundo com seu mal,

nós, aos pés de Cristo, / confessaremos isto:

 

95.3. Jesus Cristo é Rei e Senhor, / seu é o reino e o louvor,

é Senhor potente, / hoje e eternamente.

 

         Richard Lörscher, 1907


 

HINO 96

 

Philipp Nicolai, 1599

João 15.16

1 Coríntios 15.35-38

 

 

96.1. A Jesus só pertencemos, / por sua morte recebemos

a vida eterna, a salvação. / Em Jesus a nossa vida

é consagrada e redimida; em Cristo temos comunhão.

Aceita, ó Redentor, / a graça e o louvor

dos teus filhos! / Senhor Jesus,

só tua luz / os homens para o céu conduz.

 

96.2. Nós, Senhor, não te escolhemos: / Por teu amor te pertencemos,

por tua graça, ó Salvador. / Por nós mesmos nada somos,

de poucas forças só dispomos, / se não nos dás o teu vigor.

Ó vence em nós o mal / e ao reino celestial

nos conduze! / Quem fraco for,

por teu vigor / o mundo há de vencer, Senhor!

 

96.3. Tuas obras são divinas, / embora nasçam pequeninas;

que somos nós perante ti? / Tu, Senhor, hás de guardar-nos,

com teu bondoso olhar guiar-nos. / Confiamos sempre em teu vigor.

O humilde e pobre grão, / após morrer no chão,

vai crescendo. / Tu és, Senhor,

seu protetor, / e o guardas com benigno amor.

 

         Albert Knapp, 1798-1884


 

HINO 97

 

Martin Luther, 1528

Salmo 46

 

 

97.1. Deus é castelo forte e bom,

defesa e armamento;

assiste-nos com sua mão,

na dor e no tormento.

O rei infernal

das trevas, do mal,

com todo o poder

e astúcia quer vencer:

igual não há na terra.

 

97.2. A minha força nada faz,

sozinho estou perdido.

Um homem a vitória traz,

por Deus foi escolhido.

Quem trouxe esta luz?”

foi Cristo Jesus,

o eterno Senhor,

outro não tem vigor;

triunfará na luta.

 

97.3. Se inúmeros demônios vêm,

querendo exterminar-nos:

Sem medo estamos, pois não têm

poder de superar-nos.

Pois o rei do mal,

de força infernal,

não dominará;

já condenado está

por uma só palavra.

 

97.4. O Verbo eterno vencerá

as hostes da maldade.

As armas, o Senhor nos dá:

Espírito, Verdade.

Se a morte eu sofrer,

se os bens eu perder:

que tudo se vá!

Jesus conosco está.

Seu Reino é nossa herança!

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[2 Coríntios 9.10-15]


 

HINO 98

 

 

98.1. Qual barco singra pelo mar a igreja do Senhor.

Eternidade o alvo é — que indica a direção.

Navega pelo temporal de medo angústia e dor.

Vitórias lutas e temor, por séculos, Senhor.

Pergunta angustiante é —: Ao fim resistirá?

Há de alcançar o alvo seu e não afundará?

         Guia-nos, Senhor! Ampara-nos, Senhor,

         pois sem ti nos assalta temor, solidão —

         ó guia-nos, Senhor!

 

98.2. Qual barco em calmo porto está a igreja do Senhor.

Em segurança e lentidão viver é bem melhor.

Contenta-se em relembrar vitórias que já viu.

Parece o apelo a ignorar que a chama a trabalhar.

Quem medo tem de hoje agir de Deus pouco verá.

Só quem na luta porfiar, vitória alcançará.

         Guia-nos, Senhor…

 

98.3. Qual íntegra tripulação a igreja deve estar,

pois, desunidos, estarão mui sós em alto mar.

Se cada um em seu lugar cumprir o seu dever,

ao alvo certo irá chegar o barco sem temer.

Viaja a tripulação unida em fé e amor.

Pois sabem-se guiados já por bom navegador.

         Guia-nos, Senhor…

 

98.4. Qual barco singra pelo mar a igreja do Senhor.

Eternidade o alvo é que indica a direção.

Se lentidão nos atacar e medo nos assaltar,

em rumo igual amigos há que auxílio vêm prestar.

Coragem isto nos dará, fraquezas vencerá.

Ao alvo prometido, enfim, o barco chegará.

         Guia-nos, Senhor…

 

                            Texto e mel.: Martin G. Schneider


 

HINO 99

 

Frankfurt/M., 1599

 

 

99. Ide em paz a vossa via: / A graça do Senhor vos guia,

e guarda-vos o seu amor. / Por Jesus bem aparados,

sereis tranqüilos, consolados, / nas aflições, em toda a dor.

Parti com o Senhor, / o forte protetor

do seu povo! Intercedei / perante o Rei

por nós e toda a sua grei!

 

         Gustav Knak, 1806-1878

 

 

[Efésios 3.21]


 

HINO 100

 

1701

João 1.1-5

 

 

100.1. Longe e perto, com vigor,

age, Verbo do Senhor,

onde o poderoso Deus

chama os homens para os céus.

 

100.2. Verbo, que do Pai provém,

que criou e que mantém

este mundo em seu amor,

e que salva o pecador;

 

100.3. Verbo do Senhor Jesus,

que por nós morreu na cruz,

só por graça nos salvou,

por amor nos resgatou.

 

100.4. Verbo do Consolador,

que nos guia em toda a dor,

que nos arma com poder:

Faze-nos em fé viver!

 

100.5. Vem, desperta em nós, Senhor,

esperança, fé, amor!

Tua glória, teu poder —

todos possam conhecer!

 

         Jonathan Friedrich Bahnmeyer, 1774-1841

 

 

[Salmo 67.5-7]


 

HINO 101

 

1690

Mateus 9.37-38

Lucas 12.49

 

101.1. Acorda, Espírito alteroso,

que à grei de Cristo dás vida e vigor!

Em testemunho corajoso

nos faze proclamar o seu amor!

Que toda a terra venha a perceber:

Jesus, o Redentor, há de vencer!

 

101.2. Que em breve o fogo teu ardesse,

que viesse aos homens todos despertar!

Senhor, envia à tua messe

ceifeiros que se põem a trabalhar!

É grande a seara, vê-o, Deus, Senhor:

estão só poucos prontos ao labor.

 

101.3. Teu próprio Filho, na verdade,

em nossa boca pôs tal petição;

vê tu, Senhor da Cristandade,

dos filhos teus mover-se o coração,

pedindo, à seara queiras enviar,

fiéis trabalhadores, sem tardar!

 

101.4. Teu verbo seja assim pregado

por quem evangeliza com vigor;

o teu poder nos seja dado —

que superemos dúvida e temor!

Difunde o Reino teu aqui, Senhor,

em toda a terra — para o teu louvor!

 

         Karl Heinrich von Bogatzky, 1690-1774


 

HINO 102

 

Johann Ulich, 1674

João 10.16

 

 

102.1. Um rebanho e um pastor

haverá no grande dia.

Grei humilde do Senhor,

dá louvor em alegria!

Vem à luz, amanheceu:

Cristo cumpre o Verbo seu.

 

102.2. Tarda o sol com seu fulgor?

Já o prado reverdece;

eis que a glória do Senhor,

eis que a graça à terra desce.

Da cegueira rasga o véu!

Cristo cumpre o Verbo seu.

 

102.3. Vem a nós, fiel pastor,

que esta noite se alumie,

e de tua grei, Senhor,

nenhum membro se desvie,

mas que siga o trilho teu!

Cristo cumpre o Verbo seu.

 

102.4. Dia de esplendor e luz,

de alegria, paz, verdade,

quando o nosso sol, Jesus,

fulgurar em majestade!

Vem à luz, amanheceu!

Cristo cumpre o Verbo seu.

 

         Friedrich Adolf Krummacher, 1767-1845


 

HINO 103

 

Século 15

 

 

103.1. Deus, ó guarda de Israel,

vero abrigo, amparo fiel:

Tu conheces, ó Senhor,

de teu povo a angústia e dor!

Ó vigia sem cessar,

volve a nós o teu olhar,

tua grei vem abrigar!

 

103.2. Vê, ó Deus, quão grande é a dor

que atribula os teus, Senhor;

vê nossa aflição crescer,

vem teu p[ovo proteger!

Perecemos, ó Jesus,

só nos salva a tua luz

que das trevas nos conduz.

 

103.3. Vero Rei da paz, Jesus,

tu nos deste pela cruz

tua graça e teu perdão;

tu nos deste a redenção:

Dá-nos tua paz, Senhor —

que possamos, sem temor,

proclamar o teu louvor!

 

         Johann Heermann, 1585-1647


 

HINO 104

 

Cöthen, 1733

Lucas 21.28

 

 

104.1. Deus é Senhor, nosso Rei vitorioso:

Eis o inimigo a fugir com temor!

Povo de Cristo, feliz, venturoso,

segue confiante ao teu Redentor!

Paz, vida eterna nos são concedidas

por sua graça e mercê desmedidas.

 

104.2. Os corações levantai, pressurosos,

com alegria confiai no Senhor!

Cristo Jesus reconforta os ansiosos,

livra do medo e ampara na dor.

Jesus, com sua inefável bondade,

há de guardar-nos em eternidade.

 

104.3. Povo de Deus, quanto tens lamentado?

Ergue a cabeça e te põe a cantar!

Das alegrias o sol tem raiado,

com seu fulgor ele quer te alegrar!

Cristo é Senhor, ele obteve a vitória:

Povos da terra, cantai sua glória!

 

104.4. Força, louvor, glória, sabedoria

ao Santo Espírito, ao Filho e ao Pai!

Sei que virás, plenitude do dia:

Laços, rompei-vos, cadeias, quebrai!

O que pedimos por Deus é ouvido.

Seu santo nome seja enaltecido!

 

         Johann Ludwig K. Allendorf, 1693-1773


 

HINO 105

 

1704

Romanos 10.17

 

 

105.1. O Verbo teu em nós acende / a chama de teu santo amor,

da fé que só a ti nos prende / e que nos une em ti, Senhor.

O Verbo poderosamente / nos chama àquela grei, Senhor,

que vive sempre em teu fulgor / e te agradece eternamente.

 

105.2. Só homens que de Deus nascidos / e que obedecem por amor,

serão por graça enaltecidos, / verão a face do Senhor.

Com Deus ter comunhão sagrada / e com Jesus, em santo ardor,

no Espírito Consolador: / Só isto é o que revigora.

 

105.3. O fundamento que pregamos / é Cristo e o caro sangue seu;

somente um alvo procuramos: / É Cristo, o Salvador, no céu.

Que no seu Verbo o mundo veja / a base eterna desta fé!

Assim a terra inteira vê / em nosso meio a santa igreja.

 

         Johann Ludwig K. Allendorf, 1693-1773


 

HINO 106

 

Século 15

 

 

106.1. Clemência dá-nos, ó Senhor,

e graça sempiterna;

de tua face o resplendor

nos mostre a vida eterna,

que assim possamos conhecer

tua obra poderosa;

aos que não crêem luz trazer,

bendita, fulgurosa.

Que em ti, Senhor, creiamos!

 

106.2. Assim te rendem gratidão

os homens, jubilando.

Em alegria exaltarão

o teu poder, cantando.

Na terra és tu juiz, Senhor!

Libertas do pecado!

Teu santo Verbo, ó Salvador,

por graça nos foi dado.

Que os passos teus sigamos!

 

106.3. A ti exalte com fervor

toda a humanidade,

enaltecendo teu amor

e paternal bondade!

O Pai nos queira abençoar,

no amor de Cristo nos guardar,

no Espírito nos confortar!

Ao trino Deus graça e louvor —

por toda a eternidade!

 

         Martin Luther, 1483-1546


 

HINO 107

 

Sophia Zuberbühler, 1833-1893

 

 

107.1. Bem de manhã, embora o céu sereno

pareça um dia calmo anunciar,

vigia e ora; o coração pequeno

um temporal pode abrigar.

         Bem de manhã, e sem cessar:

         Vigiar e orar!

 

107.2. Ao meio-dia, enquanto os sons da terra

abafam mais de Deus a voz de amor,

recorre a Cristo, o coração descerra

e goza paz com o Senhor!

         Bem de manhã…

 

107.3. Do dia ao fim, após os teus lidares,

relembra as bênçãos do celeste amor,

contando a Deus prazeres e pesares,

a tua mágoa, a tua dor.

         Bem de manhã…

 

107.4. E sem cessar, vigia a todo instante,

pois o inimigo ataca sem parar;

só com Jesus em comunhão constante

podemos sempre triunfar.

         Bem de manhã…

 

                            Letra anônima

                                   Trad. Alfredo H. da Silva


 

HINO 108

 

Melchior Vulpius, 1609

 

 

108.1. Preserva em tua graça,

teu povo, ó Salvador;

Satã nos ameaça:

Ó salva-nos, Senhor!

 

108.2. Senhor, nos alumia

por tua excelsa luz!

Sê mesmo o nosso guia

que à salvação conduz!

 

108.3. Com o teu Verbo fica

conosco, ó Redentor;

a sua bênção rica

nos leve a teu fulgor!

 

108.4. Com teu poder protege,

Senhor, a tua grei;

por tua mão nos rege,

benigno e eterno Rei!

 

108.5. Com tua fieldade

conosco fica, ó Deus;

de toda a iniqüidade

liberta os filhos teus!

 

         Josua Stegmann, 1588-1632


 

HINO 109

 

Samuel Sebastian Wesley, 1864

1 Pedro 2.4-6

 

 

109.1. Da Igreja é fundamento

Jesus, o Salvador;

em seu poder descansa,

é forte em seu amor.

Porquanto permanece,

a Igreja existirá:

com vida renovada,

jamais perecerá.

 

109.2. A pedra preciosa

que Deus predestinou

sustenta pedras vivas

que a graça trabalhou.

E, quando o monumento

se erguer em plena luz,

a glória do edifício

será do Rei Jesus!

 

109.3. Senhor, que este edifício,

erguido por amor

e para a tua glória,

redunde em teu louvor;

e que almas redimidas,

aqui, em comunhão,

se tornem templo santo

de tua habitação.

 

         Samuel John Stone, 1866

            Tr. R. H. Moreton

 

 

Domingo e Culto

 

 

 

HINO 110

 

Nikolaus Hermann, 1560

Salmo 118.22-26

 

 

110.1. Chegou o dia do Senhor, / a Deus dai graças e louvor,

pois concedeu-nos hoje a luz / no Filho seu, Cristo Jesus. Aleluia!

 

110.2. No dia em que ressuscitou, / Jesus da morte nos livrou.

Concede-nos consolação, / justiça, vida, salvação. Aleluia!

 

110.3. Ó belo dia do Senhor, / alegra-nos teu esplendor:

Já temos o perdão de Deus / e nos chamamos filhos seus. Aleluia!

 

110.4. Tua palavra divinal / nos guie ao Reino celestial,

ao Reino teu, fiel Senhor, / onde entoaremos teu louvor. Aleluia!

 

         Johann Olearius, 1611-1684


 

HINO 111

 

Com. dos Irmãos Morávios

Hebreus 4.9-10

 

111.1. Paz do céu venha abrandando / minha inquietação e dor;

ouço os sinos anunciando / paz eterna no Senhor.

 

111.2. Que se abrande a onda rude: / o meu Rei quer aportar,

pois ó onde há quietude / o Senhor pode ancorar.

 

111.3. Que se acalme o que é passado / e também o que há de ser.

Dos temores libertado, / tua paz eu possa obter.

 

         Rudolf Kögel, 1829-1896


 

HINO 112

 

1628

João 4.23-24

 

 

112.1. Ó vem a nós, Senhor Jesus, / do Espírito nos manda a luz!

Em graça queiras nos guardar, / pela verdade nos guiar.

 

112.2. Nos lábios põe-nos teu louvor, / nas almas o teu grande amor;

Ó faze-nos na fé crescer / e teus caminhos conhecer,

 

112.3. até cantarmos com os céus: / É santo, é santo o nosso Deus —

e vermos tua glória e luz, / em resplendor, Senhor Jesus.

 

112.4. Ao Pai, ao Filho honra e louvor, / ao Espírito Consolador!

Eternamente o Trino Deus / louvemos com os anjos seus!

 

         Altenburg, 1648

            4a. estrofe: Gotha, 1651

 

 

[Atos 2.42-47]


 

HINO 113

 

Johann Rudolf Ahle, 1664

João 8.12

 

 

113.1. Ó querido e bom Jesus,

para ouvir-te aqui estamos.

Guia-nos por tua luz

que somente a ti sigamos.

Ilumina nossas mentes,

dá-nos corações ardentes!

 

113.2. Toda a nossa compreensão

pelas trevas é cercada.

Só em tua comunhão

pode ser iluminada.

Tu só dás que o bem façamos

e que em retidão vivamos.

 

113.3. Cristo, eterno resplendor,

luz da luz, de Deus nascido,

vem, prepara-nos, Senhor,

abre-nos bocas e ouvido!

Dá que alegres te exaltemos

e com gratidão louvemos!

 

         Tobias Clausnitzer, 1618-1674


 

HINO 114

 

Hans Günther Naumann, 1978

João 17.20-26

 

 

114.1. Os teus servos reunidos

em sagrada união,

sob a cruz são congregados

buscam teu perdão.

Nossas mãos a ti erguemos,

ouve-nos, Senhor!

Guia tu a nossa vida,

Deus e Salvador!

 

114.2. Muitas línguas cá falamos —

grei na dispersão;

mas o teu amor nos une,

dá-nos comunhão.

Os idosos como os jovens

queres congregar.

Nosso Salvador bendito:

vem nos abençoar!

 

114.3. Este mundo, em seus mistérios,

mostra o teu poder.

Mas a paz, jamais o mundo

pode conceder.

Vera paz e vera graça

há em ti, Senhor!

Sara os corações aflitos

pelo teu amor!

 

114.4. Vem, prepara teu rebanho!

vem, ó Bom Pastor,

para que, servindo ao mundo,

pregue o teu amor!

Dá-nos ânimo e firmeza,

dá-nos fé, Jesus!

Ilumina nossa vida

pela tua luz!

 

         Tukuo Yamaguchi, 1958 (Tr. W.)

 

 

[Salmo 122.1]


 

HINO 115

 

115.1. Deus, teu Verbo, o dom precioso,  / tu me queiras conservar.

Ao tesouro mais valioso / eu prefiro o dom sem par.

Se em teu Verbo não me fundo, / minha fé não tem vigor;

nada quero deste mundo, / só o Verbo teu, Senhor!

 

115.2. Aleluia, que assim seja, / vem, Jesus, me abençoar,

que contigo sempre esteja, / meu Senhor, sem vacilar!

Que te sirva, diligente, / como Marta outrora o fez,

mas que aprenda, humildemente, / qual Maria, aos teus pés!

 

         Nikolaus L. von Zinzendorf, 1700-1760

 

 

[Lucas 2.49]


 

HINO 116

 

Joachim Neander, 1680

Salmo 121

Marcos 4.1-9

 

 

116.1. Vinde abrir-me a porta bela,

que no templo possa entrar;

pois minh’alma tanto anela

nele, em júbilo, exultar!

A presença do Senhor

é consolo, é resplendor.

 

116.2. Reverente, ó Deus, me inclino,

santifica tu meu ser!

Minha adoração, meu hino,

meu louvor vem acolher!

Vem, Senhor, em mim entrar,

templo teu me vem tornar!

 

116.3. Dá que boa terra eu seja,

que a semente cresça em mim!

Dá-me luz — que a mente veja

teus desígnios, e que, assim,

na alma possa se arraigar

o teu Verbo e frutos dar!

 

116.4. Fala tu, que eu, obediente,

teu querer hei de aceitar;

nada turbe a minha mente,

quero a vida em ti buscar.

Dá-me celestial vigor

e conforta-me na dor!

 

116.5. Leva-me a teu verde prado,

vem, Senhor, me apascentar;

se por ti eu for norteado,

senda justa hei de trilhar.

Guia-me de todo o mal

a teu Reino celestial!

 

         Benjamin Schmolck, 1672-1737

 

 

[Lucas 2.52]


 

HINO 117

 

Crétien Urban, 1834

João 10.14-16

 

 

117.1. Jesus, pastor amado!

Reunidos hoje aqui,

concede que sejamos

um corpo só em ti!

Contendas e malícias

que longe de nós vão;

nenhum desgosto impeça

da Igreja a santa união.

 

117.2. Família unida somos,

família de Jesus,

iluminados todos

da mesma santa luz.

A mesma fé nos prende

num só divino amor,

e com o mesmo gozo

servimos ao Senhor.

 

117.3. Rebanho resgatado

por um só Salvador,

devemos ser unidos

por mais ardente amor;

olhar com simpatia

os erros de um irmão

e todos ajudá-lo

com terna compaixão.

 

117.3. Na mesma senda estreita

é Deus quem nos conduz;

não temos esperança,

senão num só, Jesus.

Sua preciosa morte

a todos vida traz;

e pelo mesmo sangue

nos vem a mesma paz.

 

117.5. Se tua igreja toda

viver em santa união,

será bendito sempre

o nome de “cristão”.

Jesus, o que pediste

em nós se cumprirá,

e assim o mundo inteiro

a ti conhecerá!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907

 

 

[Salmo 84.1-7]


 

HINO 118

 

William Gould Tomer, 1882

 

 

118.1. Deus vos guarde pelo seu poder, / protegidos, abençoados,

desfrutando os seus cuidados; / Deus vos guarde pelo seu poder.

         Pelo seu poder e no seu amor / estaremos todos com Jesus.

         Pelo seu poder e no seu amor, / oh, que Deus nos guarde em sua luz!

 

118.2. Deus vos guarde para o seu louvor, / consolados e contentes,

achegados sempre aos crentes; / Deus vos guarde para o seu louvor!

 

118.3. Deus vos guarde bem no seu amor, / no trabalho glorioso,

para o dia venturoso; / Deus vos guarde bem no seu amor!

 

         Jeremiah Eames Rankin, 1882

 

 

[Salmo 100]


 

HINO 119

 

James Mc Granahan, 1840-1907

 

 

119.1. Chuvas de bênçãos teremos, / é a promessa de Deus,

tempos benditos trazendo / chuvas de bênçãos dos céus.

         Chuvas de bênçãos, / chuvas de bênçãos dos céus!

         Gotas benditas já temos; / chuvas pedimos a Deus.

 

119.2. Chuvas de bênçãos teremos, / vida com paz e perdão.

Os pecadores indignos / graça dos céus obterão.

 

119.3. Chuvas de bênçãos teremos. / Manda-nos já, ó Senhor!

Dá-nos os frutos benditos / dessa promessa de amor!

 

119.4. Chuvas de bênçãos teremos, / chuvas mandadas dos céus;

bênçãos a todos os crentes, / bênçãos do nosso bom Deus.

 

         Daniel Webster Whittle, 1840-1901

            Trad. Salomão L. Ginsburg


 

HINO 120

 

Thomas Selle, 1655

 

 

120.1. Ó Cristo bendito, divino Pastor,

em nós manifesta teu rico favor!

A tua presença pedimos-te aqui;

rebanho pequeno — chegamos a ti.

 

120.2. Aqui nesta casa, revela em poder,

em graça infinita, teu santo querer!

As súplicas ouve, recebe o louvor

que nós te rendemos, bendito Senhor.

 

120.3. A tua palavra somente, Senhor,

é lei que nos rege, guiando em amor.

Nas santas doutrinas, oh, faze crescer

as luzes que aumentam o nosso saber.

 

120.4. Vem, Mestre divino, teu povo ensinar,

um santo e perfeito louvor te ofertar,

ao mundo entregando, com grande fervor,

o bom evangelho, mensagem de amor.

 

120.5. As trevas dissipa, concede esta luz

que as almas domina, levando a Jesus!

Revela ao mais duro e mais vil pecador

perdão pela graça, num só Salvador!

 

120.6. Anima e corrige, completa em amor;

a quantos te servem dá zelo e vigor.

Oh faze-nos puros e santos aqui,

humildes e alegres, sujeitos a ti!

 

120.7. No dia em que venhas teu povo buscar,

ou quando, na morte, nos queiras chamar,

concede que em torno do trono de luz

melhor te louvemos, bendito Jesus!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907

 

 

[1 Pedro 2.2]


 

HINO 121

 

1628

Lucas 8.21

 

 

121.1. Meu coração, Deus, vem abrir, / vem pelo Verbo o atrair,

que puro o possa conservar / e assim o Reino teu herdar.

 

121.2. Teu Verbo move o coração, / e faz viver em retidão;

teu Verbo é luz e resplendor, / é manancial de fé e amor.

 

121.3. Ao Pai, ao Filho honra e louvor, / ao Espírito Consolador!

Eternamente, o Trino Deus / louvemos com os anjos seus!

 

         Johann Olearius, 1611-1681


 

HINO 122

 

Jakob Hintze, 1678

Efésios 6.10-17

 

 

122. Para a luta nos guarnece, / ó Senhor, com teu poder!

O teu povo fortalece, / não o deixes perecer!

E se nos rodear a morte / Que teu Verbo nos conforte!

Dá-nos fé, firmeza, amor; / dá-nos tua paz, Senhor!

 

         Anônimo, Polônia


 

HINO 123

 

 

123.1. /: O nosso encontro vai ser abençoado,

porque Jesus vai derramar o seu poder. :/

         /: Derrama, Senhor, derrama Senhor,

         derrama sobre nós o teu poder! :/

 

123.2. /: Nós hoje vamos sair daqui alegres,

porque Jesus vai derramar o seu poder. :/

         /: Derrama, Senhor… :/

 

                            “Cantarei ao Senhor”


 

HINO 124

 

Joachim Neander, 1680

Isaías 6.1-8

 

 

124.1. Deus está presente,

todos o adoremos,

com respeito nos prostremos!

Deus está conosco,

tudo em nós se cale,

Deus a nossas almas fale!

Quem o ouvir ou sentir,

baixe os olhos, crente!

Vinde ao Pai clemente!

 

124.2. Deus está presente,

querubins prostrados

são-lhe servos consagrados.

Santo, santo, santo —

vêm cantando em hino

todo o exército divino.

Ó Senhor, com fervor,

nós também cantamos,

gratos te exaltamos.

 

124.3. Pai benigno e santo,

possa eu exaltar-te

e em Espírito adorar-te!

Possa eu, com os anjos,

ver-te, Onipotente,

e adorar-te, reverente!

Que eu, Senhor, com amor

e com humildade

faça o que te agrade!

 

124.4. Toma em mim morada,

que eu, santificado,

seja templo a ti sagrado.

Vem iluminar-me

que, com alegria,

sempre te honre, em noite e dia.

E, Senhor, onde for,

veja a ti presente,

Deus onipotente!

 

         Gerhard Tersteegen, 1697-1769


 

HINO 125

 

John Bacchus Dykes, 1861

Isaías 6.1-8

 

 

125.1. Santo, santo, santo! Deus onipotente!

Cantam de manhã nossas vozes com ardor.

Santo, santo, santo! Bom e verdadeiro!

És Deus triúno, excelso Criador!

 

125.2. Santo, santo, santo! Todos os remidos

juntos com os anjos proclamam teu louvor.

Antes de formar-se o firmamento e a terra,

eras, e sempre és, e hás de ser, Senhor.

 

125.3. Santo, santo, santo! Nós os pecadores,

não podemos ver tua glória sem tremor.

Tu somente és santo; só tu és perfeito,

Deus soberano, imenso em teu amor!

 

125.4. Santo, santo, santo! Deus onipotente!

Tuas obras louvam teu nome com fervor.

Santo, santo, santo! Justo e compassivo!

És Deus tri-uno, excelso Criador!

 

         Reginald Heber, 1826

            Trad. Gomes da Rocha


 

HINO 126

 

Johann Schop, 1642 — Suécia

Números 6.24

 

 

126. Abençoa, Pai Celeste, / o teu povo em graça e amor!

Com o teu vigor reveste / nossos corações, Senhor!

Tua face volta a nós / dá que ouçamos tua voz!

Deus triúno, a ti louvamos, / tua glória proclamamos.


 

HINO 127

 

Karl G. Glaser, 1821

 

 

127.1. Teu santo livro, excelso Deus,

em fracas mãos tomamos;

educação dos altos céus,

humildes, imploramos.

 

127.2. Vem, no fulgor de tua luz,

vencer nossa ignorância!

Pois ver a glória de Jesus

pedimos com instância!

 

127.3. Acode às nossas orações,

Espírito divino!

Abre aos escuros corações

o teu celeste ensino!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907

 

 

[Efésios 4.11-15]


 

HINO 128

 

1690

 

 

128.1. A ti, Senhor, meu Deus, exalto,

de todo o mundo onipotente Deus!

Em hinos teu louvor ressalto:

concede teu vigor aos cantos meus!

Quero cantar em nome de Jesus,

conforme agrada a ti, eterna Luz.

 

128.2. Ao Filho eleva-me nesta hora;

que o Filho teu, ó Pai, me eleve a ti!

Senhor, meu coração te implora:

Governa toda a minha vida aqui!

Que eu enalteça o teu sagrado amor,

cantando jubiloso e com fervor!

 

128.3. Derrama em mim tua bondade,

então meus hinos hão de te agradar.

Ressoarão em santidade,

em verdadeira fé hei de adorar.

Meu coração se eleva para os céus,

cantando salmos com os anjos teus.

 

128.4. O Espírito por nós implora,

intercedendo em súplicas por nós.

Eu posso compreender agora

que, mesmo em sofrimento e dor atroz,

eu sou teu filho, herdeiro de Jesus,

tu és meu Pai — meu Pai, na excelsa luz.

 

128.5. Eu sou ditoso, orando, crente:

O próprio Filho é meu intercessor.

Por ele fazes certamente

o que na fé te peço, meu Senhor.

Teu santo nome adoro sem cessar,

que eternamente possa te exaltar!

 

         Bartholomäus Crasselius, 1667-1724

 

 

[Filipenses 4.8-9]


 

HINO 129

 

Heinrich Albert, 1642

Salmo 71.5-8

 

 

129.1. Deus eterno, poderoso,

tudo está sujeito a ti.

Tu me guiaste, ó Pai bondoso,

desde o dia em que nasci.

Quero, ó Deus, a ti louvar,

tua graça proclamar!

 

129.2. Amo o tempo dedicado

à palavra, à comunhão:

Pela graça confortado,

venço a minha solidão.

Tu, Senhor, me vens mostrar

como a vida eterna achar.

 

129.3. Rendo-te sinceras graças

por me dares tal manhã.

Rogo, humilde, que me faças

renunciar à vida vã!

Vida plena dá, Senhor,

dedicada a teu louvor!

 

129.4. Somos tua propriedade;

dize tu “Amém”, Senhor!

Em Espírito e verdade

cantaremos teu amor,

tua graça paternal,

em teu Reino celestial.

 

         Kaspar Neumann, 1648-1715

 

 

[Salmo 118.24]


 

HINO 130

 

 

130.1. Senhor, tu nos chamaste, portanto estou aqui;

porque nos convidaste, sou grato a ti;

         porque nos convidaste, sou grato a ti.

 

130.2. Tu dás-nos a palavra e teu exemplo bom.

Também nos abre o ouvido e o coração!

         Também nos abre o ouvido e o coração!

 

130.3. Senhor, nós te pedimos: vem nos iluminar

e sempre em teus caminhos nos faze andar!

         e sempre em teus caminhos nos faze andar!

 

130.4. Confiamos na promessa que tu fizeste a nós:

que não nos deixarias andar a sós.

         que não nos deixarias andar a sós.

 

130.5. Levamos tua bênção conosco para o lar.

Queremos que a palavra nos venha transformar.

         Queremos que a palavra nos venha transformar.

 

130.6. O amor nos revelaste, salvando-nos na cruz.

Conosco fica sempre, Senhor Jesus!

         Conosco fica sempre, Senhor Jesus!

 

                            Texto e mel.: Kurt Rommel

                                   Trad. A. F. Hätinger


 

HINO 131

 

Johann Rudolf Ahle, 1664

Salmo 121.8

 

 

131.1. Abençoa tu, Senhor, a saída, a nossa entrada,

nosso pão, todo o labor, o descanso na jornada;

abençoa-nos na morte, / seja o céu a nossa sorte!

 

         Hartmann Schenk, 1634-1681


 

HINO 132

 

John Hughes, 1873-1923

2 Timóteo 3.14-16

 

 

132.1. Fonte da celeste vida,

vem, descobre o teu poder!

Vivifica os sem alento,

faze os mortos reviver.

Vida eterna, vida eterna

vem a todos conceder,

vem a todos conceder!

 

132.2. Vem abrir teu santo livro,

resplandece, ó luz dos céus!

Afugenta todo o engano

e dos erros livra os teus!

Alumia, alumia

nossas almas, grande Deus,

nossas almas, grande Deus!

 

132.3. Na leitura desta Bíblia

dá-nos gozo no Senhor,

tendo, pelo teu ensino,

comunhão em santo amor.

Exultemos, exultemos,

entoando o teu louvor,

entoando o teu louvor!

 

132.4. Pelo estudo da palavra

aprendamos de Jesus!

Oh! Concede os belos frutos

que tua instrução produz!

E gozemos, e gozemos

alegria e vida e luz,

alegria e vida e luz!

 

         Sarah Poulton Kalley, 1825-1907

 

 

[João 5.24b]


 

HINO 133

 

Lowell Mason, 1792-1872

2 Coríntios 13.13

 

 

133.1. A graça de nosso Senhor, / o amor de Deus

e a comunhão do Santo Espírito / conosco sejam.

Amém, amém.

 

 

[João 15.1-5]

 

 

Batismo e Confirmação

 

 

 

HINO 134

 

J. R. Ahle, 1664/W. K. Briegel, 1687

Mateus 28. 18-20

Marcos 16.16; Marcos 10.13-16

 

 

134.1. Nós estamos, Cristo, aqui

a cumprir o teu ensino,

e trazemos para ti

este filho pequenino.

Foi esta ordem que nos deste;

salvação lhe prometeste.

 

134.2. Queiras aceitar, Senhor,

esta criança pequenina.

Vem, revela teu amor,

tua compaixão divina.

Que ela seja inteiramente

tua, agora e eternamente.

 

134.3. Teu cordeiro, ó Bom Pastor,

seja em sua vida inteira!

Seja um membro teu, Senhor,

ramo, unido a ti, videira!

Cresça em fé e em esperança,

alcançando a tua herança!

 

134.4. Entregamos-te, Senhor,

esta criança bem-amada.

Dá que viva em teu amor,

pela graça iluminada.

Por teu sangue redimida,

venha obter a eterna vida!

 

         Benjamin Schmolck, 1672-1737


 

HINO 135

 

Johannes Kuhlo

 

 

135.1. Com gratidão e alegria / nós chegamos a ti, Senhor.

Ovelha tenra e preciosa / confiamos ao Bom Pastor.

 

135.2. Tu convidaste os pequenos, / tu lhes impuseste a mão;

o Reino lhes prometeste / da paz e da salvação.

 

135.3. Assim, Senhor, batizamos / a criança em nome de Deus,

rogando que tu a conduzas, / por graça, ao Reino dos Céus.

 

135.4. Rogamos que a abençoes / e que nos assistas, Senhor

a viver o teu evangelho, / a testemunhar teu amor!

 

         Lindolfo Wingärtner

 

 

[Filipenses 3.12]


 

HINO 136

 

C. de Sermisy, 1529

1 Tessalonicenses 5.24

Apocalipse 8.10

 

 

136.1. O testamento do Senhor

dirija tua vida.

Norteada em seu eterno amor,

a Deus será rendida.

Deus, no batismo,

prometeu amar-te eternamente;

a ti, seu filho, se rendeu,

quer ser teu Pai clemente.

 

136.2. Sê fiel a Deus, a teu Senhor,

já desde a mocidade;

nenhum prazer, nenhuma dor

te afaste da verdade.

O que ele disse, cumprirá;

crê nisso, confiado.

Em Deus o teu refúgio está —

amparo inabalado.

 

136.3. Sê fiel em toda situação

e em teu Senhor confia.

Se te guiar a sua mão,

segura é tua via.

Se a sua graça te amparar,

estás bem protegido;

nada te pode amedrontar,

se a Deus estás rendido.

 

136.4. Sê fiel a Deus, em confessar

sua palavra amada;

jamais te deixes apartar

de Deus, nesta jornada.

O mundo passa e seu prazer;

aqui tudo é instável;

seu Verbo há de permanecer

constante, inabalável.

 

         Michael Franck, 1609-1667


 

HINO 137

 

J. B. König, 1738

1 João 3.2

Romanos 6.4

 

 

137.1. Fui em teu nome batizado, / ó Trino Deus, fiel Senhor,

agora sou teu filho amado, / pertenço a ti, meu Salvador.

Imerso estou em meu Jesus, / no Espírito de graça e luz.

 

137.2. Teu filho e herdeiro me fizeste, / eterno Pai, por teu amor;

a bênção tu me concedeste / de tua morte, ó Redentor;

em minha angústia, meu temor, / presente estás, Consolador!

 

137.3. Eu prometi fidelidade, / respeito, obediência e amor;

ousei ser tua propriedade, / ser teu somente, meu Senhor;

e para sempre, a Satanás / rejeito e suas obras más.

 

137.4. Por ti, Senhor, será mantida / esta aliança, sei-o bem;

mas se por mim não for cumprida / não a desfaças tu também.

Quando em pecado eu incidir, / vem tu, Senhor, me corrigir!

 

137.5. Entrego-te, ó Pai clemente, / minha alma, corpo e coração;

renova tu a minha mente / e guia-me com tua mão;

que eu faça sempre por amor / o que me ordenas, meu Senhor!

 

137.6. Que eu sempre cumpra o prometido, / ó Trino Deus, fiel Senhor,

por ti me seja concedido / nesta aliança o teu vigor.

Que eu viva e morra em ti, meu Deus, / que cante o teu louvor nos céus!

 

         Johann Jakob Rambach, 1693-1735


 

HINO 138

 

 

138.1. Trazemos esta criança

a tua casa, Senhor,

deitando-a, em confiança,

nos braços do Bom Pastor.

 

138.2. Pois todo o nosso cuidado

será inútil e vão,

se por teu divino agrado

não a guiares à salvação.

 

138.3. No nome teu batizada,

aceita por seu Senhor:

Que tenha a vida agraciada

por fé, esperança e amor.

 

138.4. E que nós possamos amá-la,

humildes, em gratidão,

por nosso exemplo guiá-la,

testemunhas da salvação.

 

         Texto e mel.: Lindolfo Weingärtner


 

HINO 139

 

Micaela Berger

Mateus 28.18-20

 

 

139.1. Em nome do Pai batizamos,

confessando que Deus nos criou

para sermos seus filhos benditos,

que desde o princípio amou.

Não queremos ser de nós mesmos,

somos propriedade de Deus —

criados à sua imagem,

herdeiros do Reino dos Céus.

 

139.2. Batizamos em nome do Filho,

que das trevas nos resgatou,

que, ao morrer por nós no Calvário,

nossa salvação consumou.

Não queremos ser de nós mesmos,

somos propriedade de Deus —

por Cristo Jesus resgatados

herdeiros do Reino dos Céus.

 

139.3. Em nome do Espírito Santo

batizamos a grei do Senhor.

Seu divino poder nos congrega

em fé, esperança e amor.

Não queremos ser de nós mesmos,

somos propriedade de Deus —

pelo Espírito Santo agraciados,

herdeiros do Reino dos Céus.

 

         Lindolfo Weingärtner

 

 

[Romanos 6.1-3]


 

HINO 140

 

F. H. C. Meyer, 1741

2 Coríntios 13.13

 

 

140.1. Ó vem, meu Criador, vem tu me iluminar,

e guia os passos meus até eu expirar.

Entrego-te contente meu corpo e minha mente;

a minha força e viço dedico a teu serviço.

Tu queres, Deus, que eu seja teu: assiste-me, Pai meu!

 

140.2. Jesus, vem me lavar co’o santo sangue teu,

só ele há de apagar todo o pecado meu.

Se eu desviar meus passos, acolhe-me em teus braços,

que de ira e de pecado eu seja libertado!

Sem ti não posso me salvar; Senhor, vem me lavar!

 

140.3. Se o mundo me tentar, ó vem, Consolador;

só tu me podes dar firmeza, fé, vigor.

A amar Jesus me ensina por tua luz divina,

que a ele eu só me renda e siga a sua senda;

de todo o bem és Criador; ó vem, Consolador!

 

140.4. Ó santo e trino Deus, grava em meu coração

os santos traços teus, por tua comunhão.

Que eu seja teu santuário em meu viver diário;

a graça glorifica em mim com bênção rica.

Benditos são os filhos teus — ó santo e trino Deus!

 

         Johann Jakob Rambach, 1693-1735

 

 

[Romanos 6.4-8]

 

 

A Ceia do Senhor

 

 

 

HINO 141

 

 

141.1. Em gratidão nós chegamos a ti,

à tua mesa, cantando louvor.

Tu nos convidas, por Cristo Jesus,

a comungarmos em paz e amor.

 

141.2. Não é sozinho que venho ao altar,

mas abraçado com muitos irmãos.

Juntos chegamos, sem ter o que dar,

buscando, ansiosos, ó Deus, teu perdão.

 

141.3. Nós confessamos a culpa, Senhor,

que se acumula, que pesa em nós.

Nós te pagamos o amor com desdém,

capitulamos sem ouvir tua voz.

 

141.4. Cristo morreu e por nós se entregou,

nosso temor, nossa culpa venceu!

Por tua graça, ó dá-nos perdão:

Teu Filho justo por nós padeceu.

 

141.5. Dá-nos, por Cristo, coragem e fé,

dá que vivamos deste teu perdão;

que, sendo aceitos por Cristo Jesus,

d’aqui saiamos em busca do irmão.

 

141.6. Em gratidão nós partimos d’aqui,

desta tua mesa, cantando louvor:

Tu nos permites que mais uma vez

sigamos para viver teu amor.

 

         Texto e mel.: Nelson Kirst, 1977

 

 

[João 6.53-54]


 

HINO 142

 

Johann Crüger, 1653

Lucas 14.15-24

 

 

142.1. Ó vinde, convidados,

amados do Senhor!

Sereis agraciados

por vosso Salvador.

Quem rege terra e céu,

à Ceia vos convida,

por graça desmedida

o seu amor vos deu.

 

142.2. Ó vinde, pecadores,

Deus quer vos perdoar.

Livrai-vos dos temores —

que a vida heis de encontrar.

Na Ceia do Senhor

por graça é concedido

perdão imerecido

a todo o pecador.

 

142.3. Vinde, almas contristadas,

jogadas na aflição;

em Cristo confortadas,

tereis a salvação.

Deixai pecado e mal;

tomai com alegria

o que Deus vos envia:

segredo divinal.

 

142.4. Por isso, ó anuncia

a graça do Senhor,

com júbilo e alegria

ao mundo pecador.

No santo sangue seu,

no corpo seu, sagrado,

o Cristo nos tem dado

bendita paz no céu.

 

         Ernst Moritz Arndt, 1769-1860


 

HINO 143

 

Johann Crüger, 1649

Marcos 14.22-26

Lucas 14.16-17

 

 

143.1. Orna-te, minh’alma amada,

deixa as trevas, apressada;

vem à santa luz radiosa,

fulge nela, esplendorosa.

O Senhor da graça e vida

vem a ti e te convida;

o que todo o céu governa

busca em ti morada eterna.

 

143.2. Coração esperançoso,

busca o Salvador bondoso.

Com seu Verbo, que conforta,

ele bate à tua porta.

Vai abrir-lhe sem demora,

lança-te a seus pés e implora:

Fica, ó Salvador, comigo,

eu anseio estar contigo.

 

143.3. Cristo, sol em minha via,

meu prazer, minha alegria;

Cristo, fonte de bondade,

luz da vida e da verdade:

Eu me inclino reverente —

que eu receba dignamente

este teu manjar celeste

que por teu amor nos deste.

 

143.4. Teu amor fiel, profundo,

trouxe-te, Senhor ao mundo.

Por teu povo a vida deste,

morte atroz na cruz sofreste.

O teu sangue derramado

resgatou-nos do pecado;

tua graça desmedida

dê alento à nossa vida.

 

143.5. Vero pão, Jesus benigno,

não permitas que eu indigno,

ou descrente, ou com vileza,

me aproxime à santa mesa.

Faze que reconheçamos

teu amor e que sejamos,

entre os bem-aventurados,

teus benditos convidados!

 

         Johann Franck, 1618-1677


 

HINO 144

 

Frank Graf

 

 

144.1. Na casa de Deus há paz,

há festivas canções de louvor.

Ó vem, sem olhar para trás,

vem à mesa do Salvador!

 

144.2. Entrando no templo de Deus

pela porta, que é Cristo, o Senhor,

sentirás o poder dos céus

a cingir-te com graça e vigor.

 

144.3. Escravo de medo e paixão

será quem ao mundo servir.

Só vence esta servidão

quem a Cristo Jesus seguir.

 

144.4. Na mesa da comunhão

ao faminto Deus há de saciar.

Através do vinho e do pão,

Cristo mesmo se quer entregar.

 

144.5. Liberto de culpa e temor

viverá quem a graça aceitar:

O sangue de Cristo, o Senhor,

tem poder de remir e sarar.

 

144.6. No povo de Cristo Jesus

há lugar para amar e servir.

Ao brilho de sua luz,

confiante haverás de agir.

 

144.7. Com júbilo celebrai

ao vosso benigno Senhor!

Com gratidão exultai,

abrigados em seu amor!

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 145

 

Frank Graf

 

 

145.1. Em noite tenebrosa,

Jesus, partiste o pão.

Minh’alma, jubilosa,

recebe o galardão.

Teu corpo trespassado,

teu sangue derramado,

justiça e salvação.

 

145.2. O fruto abençoado

do teu morrer, Senhor,

extingue o meu pecado,

apaga o meu temor.

Feliz, esperançoso,

alegre e jubiloso

eu canto o teu louvor.

 

145.3. Ao teu chamado sigo,

benigno Salvador.

De coração bendigo

o teu divino amor.

Estende a mão bendita,

envolve a alma aflita

em tua paz, Senhor.

 

145.4. À tua mesa venho,

procuro o teu perdão.

Sou pobre, nada tenho,

ó dá-me o santo pão!

O cálice abençoado

conforte o resgatado

em santa comunhão.

 

145.5. Bendize, ó alma, e canta,

bendize o teu Senhor!

Em alegria santa

proclama o seu louvor!

Prossegue na jornada,

serena e confortada,

rendida a seu amor!

 

         Lindolfo Weingärtner, 1963


 

HINO 146

 

Hans Günther Naumann

Lucas 15

 

 

146.1. Tu queres ver unido

teu povo a ti, Senhor,

o povo redimido

por teu bendito amor.

Nenhuma ovelha perderás

que atende o teu chamado,

que busca a tua paz.

 

146.2. Na terra te encarnaste,

trouxeste [az e amor;

teu povo resgataste

de morte, angústia e dor.

Tu dizes: Toma, tudo é teu,

a dádiva divina,

o corpo e o sangue meu!

 

146.3. Já que nos convidaste,

chegamos sem temor,

pois tudo preparaste

aos teus fiéis, Senhor.

Ao distribuir o santo pão,

nos dás a própria vida,

a eterna salvação.

 

146.4. Os pobres que buscaste,

em fieldade e amor,

que do temor salvaste,

adoram-te, Senhor,

pois anulaste a transgressão,

trouxeste paz celeste

e graça ao coração.

 

146.5. Tu trazes, Cristo amado —

mistério sem igual —

o Reino abençoado

da graça celestial,

mostrando o Pai, a receber

o filho extraviado,

os braços a estender.

 

146.6. A ti eternamente

queremos pertencer;

a ti, Senhor potente,

servir e obedecer.

Senhor fiel, tu ficarás

com tua grei, remida:

Serás a sua paz!

 

         F. M. Franzén, 1772-1847 (Tr. W.)

 

 

Culpa, Arrependimento

e Perdão

 

 

 

HINO 147

 

Martin Luther, 1524

Salmo 130

 

 

147.1. Das profundezas clamo a ti:

Senhor, meu Deus, ó escuta!

Ó vê a culpa em que caí,

meu fraquejar na luta!

Pois, se julgares, meu Senhor,

os atos do homem pecador,

quem ante ti subsiste?

 

147.2. Perante ti não têm valor

virtudes e cuidados;

somente tua graça e amor

absolvem dos pecados.

Ninguém se pode enaltecer;

a ti devemos só temer,

vivendo em tua graça.

 

147.3. Por isso não confiarei

em minha dignidade;

somente em ti me apoiarei,

em tua fieldade.

No Verbo dás-me teu vigor,

consolo e amparo em toda a dor.

Tu és minha esperança.

 

147.4. Quer dure até o anoitecer,

quer surja um novo dia,

em meu Senhor e em seu poder

meu coração confia.

Assim procede, ó Israel:

Aguarda a Deus e sê fiel —

do Espírito és nascido.

 

147.5. Se mil pecados em nós há,

em Deus há mais piedade.

Por sua mão nos guiará

em luta e tempestade.

Só ele é nosso Bom Pastor

que salvará por seu amor

seu povo dos pecados.

 

         Martin Luther, 1524


 

HINO 148

 

Johann Ulich, 1674

Lucas 15.3-7

 

 

148.1. Cristo acolhe o pecador:

Anunciai-o a toda a gente

que em caminho enganador

se desvia cegamente.

Eis aqui o Redentor:

Cristo acolhe o pecador!

 

148.2. Quando a ovelha se perder,

seu pastor busca a perdida;

nunca irá nos esquecer,

dá-nos proteção, guarida.

Guarda-nos o Bom Pastor:

Cristo acolhe o pecador.

 

148.3. Cristo acolhe o pecador;

eu também fui acolhido.

Prometeu-me o Salvador

que entrarei no céu, remido.

Deixo a vida sem temor:

Cristo acolhe o pecador!

 

         Erdmann Neumeister, 1671-1756


 

HINO 149

 

1539

Romanos 11.6

 

 

149.1. Liberta-nos, fiel Senhor,

de culpa angústia e amargor,

embora a nossa transgressão

jamais mereça teu perdão;

mas tua graça divinal

há de vencer pecado e mal.

 

149.2. Dos servos teus tem compaixão;

concede-nos graça e perdão;

direito não podemos ter,

pois deveríamos sofrer

da tua lei todo o rigor,

se nos julgasses, ó Senhor.

 

149.3. Recorda-te do Filho teu,

o qual por nós na cruz morreu;

seu santo sangue derramou

e assim a todos resgatou.

Bondoso, vem-nos amparar,

com tua graça abençoar.

 

149.4. Orienta-nos com tua mão

e dá-nos tua proteção.

Teu Verbo queiras promover

e nossa fé fortalecer.

Ó guarda-nos de Satanás;

na morte dá-nos tua paz.

 

         Martin Moller, 1547-1606


 

HINO 150

 

Pablo Sora

 

 

150.1. Se sofrimento te causei, Senhor,

se a meu exemplo o fraco tropeçou,

se em teus caminhos eu não quis andar —

perdão, Senhor!

 

150.2. Se vão e fútil foi o meu falar,

se a meu irmão não demonstrei amor,

se ao sofredor não estendi a mão —

perdão, Senhor!

 

150.3. Se indiferente foi o meu viver,

tranqüilo e calmo, sem lutar por ti,

devendo estar bem firme no labor —

perdão, Senhor!

 

150.4. Escuta, ó Deus, a minha oração

e vem livrar-me de incertezas mil;

transforma a minha vida, entregue a ti —

amém, Senhor!

 

         C. M. Battersby, 1913 (?), adapt. Umberto Cantoni, 1966


 

HINO 151

 

1539

Ezequiel 18.23

 

 

151.1. Não quero, diz-nos o Senhor,

a morte do homem pecador,

mas que se abstenha de pecar,

que deixe o mal de praticar,

e eternamente, em meu fulgor,

comigo viva, sem temor.

 

151.2. Eis o que disse o nosso Deus.

Recorda-o nos caminhos teus:

Consolo, graça e salvação

encontras nessa promissão.

Deus empenhou o nome seu:

Bendito o que se arrependeu.

 

151.3. Jesus, ajuda, eu peço aqui

que ainda hoje eu venha a ti

e me arrependa sem tardar,

não deixe o tempo se esgotar.

Confio em ti, Senhor Jesus:

Tu me erguerás à tua luz.

 

         Johann Heermann, 1585-1647

 

 

[Salmo 130.3-4]


 

HINO 152

 

1587

Lucas 15.17-20

Wolfgang Dachstein, 1525

 

 

152.1. Senhor Jesus, meu Redentor,

ó manancial da graça,

vê como é grande a minha dor,

vê como o medo ameaça:

Imensa é minha transgressão,

inquieto e fraco o coração;

são tantos meus pecados!

 

152.2. Pelo teu nome, meu Senhor,

perdoa-me o pecado

e livra-me, por teu amor,

do jugo tão pesado.

Assim eu possa em paz viver,

qual filho a ti obedecer,

em honra do teu nome.

 

152.3. Concede-me, Jesus, Senhor,

confiança e novo alento;

e sara-me, meu Redentor,

pelo teu sofrimento.

E quando um dia a ti prouver,

em paz me deixa adormecer

e leva-me ao teu Reino!

 

         Bartholomäus Ringwaldt, 1530-1599

 

 

Fé e Justificação

 

 

 

HINO 153

 

Johann Balthasar König, 1738

1 Timóteo 2.3-6

 

 

153.1. Achei um firme ancoradouro, / que dá sossego ao coração.

Eis o meu único tesouro: / Em Cristo eu tenho a salvação.

Este tesouro há de ficar, / mesmo que o mundo desabar.

 

153.2. É compaixão, é piedade, / maior que a nossa compreensão:

Deus nos perdoa a iniqüidade / e nos concede a salvação.

Os braços abre o Salvador, / quer receber o pecador.

 

153.3. Deus não quer ver-nos condenados; / empenha-se por nos salvar.

Mandou seu Filho aos desviados / para o caminho lhes mostrar.

Por isso bate com fervor / ao coração do pecador.

 

153.4. A sua morte e sofrimento / apagam nossa transgressão,

livrando a alma do tormento, / concedem vida e salvação.

Pois clama o sangue do Senhor: / Meu Pai, perdoa ao pecador!

 

         Johann Andreas Rothe, 1688-1758


 

HINO 154

 

Gênesis 12

 

 

154.1. Quem conhece o velho Abraão, / que Deus guiou com a sua mão;

com camelos e burrinhos / muitas milhas caminhou,

com sua perseverante fé / a terra prometida achou.

 

154.2. Sabem o que Deus Senhor lhe disse? / “Sai da terra de teu Pai,

amarei a quem te ama, / ouvirei a quem me chama.

Se teu nome hoje pequeno é, / grande será por tua fé.”

 

         Letra e música: Jan Witt


 

HINO 155

 

Século 15

Tito 3.3-7

Filipenses 2.5-11

 

 

155.1. Cristãos, alegres jubilai,

felizes exultando;

com fé e com fervor cantai,

a Deus glorificando.

O que por nós fez o Senhor,

por seu divino excelso amor,

custou-lhe a própria vida.

 

155.2. Fui prisioneiro de Satã,

a noite me envolvia.

A minha vida, triste e vã,

nas trevas se esvaía.

Abismo horrível me tragou,

o mal de mim se apoderou;

perdi-me no pecado.

 

155.3. As obras nunca poderão

livrar-me do pecado.

O livre arbítrio tenta em vão

guiar o condenado.

Horrível medo me assaltou,

ao desespero me levou,

lançando-me ao inferno.

 

155.4. O eterno Deus se apiedou

de mim, o infortunado.

De sua graça se lembrou,

voltou-se ao condenado.

O seu paterno coração

deu, para minha salvação,

o que há de mais precioso.

 

155.5. Ao Filho disse o Pai no céu:

O tempo está chegado;

à terra desce, ó Filho meu,

e salva o condenado!

Liberta-o de pecado e dor,

morrendo, sê-lhe o Redentor:

Que tenha nova vida!

 

155.6. Obedeceu de coração

o Filho ao Pai amado.

Tornou-se em tudo meu irmão,

e, pobre e desprezado,

ele ocultou o seu poder

e um simples homem veio a ser:

Lutou por minha causa.

 

155.7. E disse em sua compaixão:

A minha mão segura.

Alcançarás a salvação,

eu venço a luta dura.

Pois eu sou teu e tu és meu;

onde eu estou, terás o céu.

Nada há de separar-nos.

 

155.8. Derramarei o sangue meu,

serei à cruz pregado,

somente em benefício teu;

aceita-o, confiado!

Em inocência hei de sofrer,

que possas vida eterna obter

e bem-aventurança.

 

155.9. Ao Pai no céu eu voltarei,

porém, não te abandono:

O Espírito te enviarei

do meu celeste trono.

Em todo o sofrimento e dor

ampara-te o Consolador,

guiando-te à verdade.

 

155.10. Tudo o que fiz e que ensinei

também o faze e ensina!

Farei crescer a minha grei

por minha luz divina.

A luz dos homens é falaz,

enganadora é sua paz.

Confia em mim somente!

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[Romanos 5.1-2]


 

HINO 156

 

Século 15

Romanos 3.28

Mateus 6.9-13

 

 

156.1. Chegou a nós a salvação / por graça e por bondade;

as obras não nos salvarão / de nossa iniqüidade.

A fé contempla só Jesus, / o qual por nós morreu na cruz.

O Mediador é ele.

 

156.2. O que na lei Deus ordenou / cumprir ninguém podia;

por isso à terra ele enviou / seu Filho que haveria

de suportar a morte e a dor, / em prol do mundo pecador,

remindo os homens todos.

 

156.3. Rendamos, pois, graça e louvor / a nosso Pai amado,

pois Cristo, nosso Salvador, / tem nos reconciliado:

Santificado seja, ó Deus, / eternamente, em terra e céus,

o seu bendito nome!

 

156.4. Teu Reino venha, o teu querer / em terra e céu se faça.

O pão nos queiras conceder, / perdoa o mal por graça;

e faze-nos perdoar o irmão, / afasta toda a tentação;

de todo o mal nos livra!

 

         Paul Speratus, 1484-1551

 

 

[Romanos 5.1-2]


 

HINO 157

 

George Neumark, 1641

Efésios 2.4-7

 

 

157.1. Por sua paternal bondade

de mim Deus se comiserou;

não mereci tal piedade,

por graça foi que me aceitou.

Servindo a Deus em gratidão,

exalto a sua compaixão.

 

157.2. Só ira eu tinha merecido,

e eu estou na graça do Senhor;

por sua morte fui remido,

fui libertado do temor.

Deus revelou seu coração:

um mar de graça e compaixão.

 

157.3. A ti, Senhor, meu Deus, confesso

e digo a quem me perguntar:

É compaixão, que não mereço

que tu, Senhor, me vieste dar.

Inclino-me com gratidão

e exalto a tua compaixão.

 

157.4. Não deixo seja a mim tirado

o que me deu tal compaixão;

na graça tenho confiado,

a graça peço em oração.

É meu amparo no sofrer,

minha esperança ao falecer.

 

157.5. Comigo deixa, ó Deus clemente,

de tua compaixão a luz;

contigo eu viva eternamente

mediante a morte de Jesus.

Com júbilo sublime então

exaltarei a compaixão.

 

         Philipp Friedrich Hiller, 1699-1769

 

 

[Salmo 124]


 

HINO 158

 

Frank Graf

Credo cantado

 

 

158.1. Da terra a plenitude, dos astros o esplendor,

espaços insondáveis, abismos de fulgor,

milagres que nos cercam, amor que nos mantém,

a nossa própria vida de ti, ó Pai, provém.

 

158.2. A graça e a verdade do teu paterno amor

no mundo se encarnaram em Cristo, o Salvador.

Em teu bendito Filho nos deste a redenção,

nos deste vida plena de paz e de perdão.

 

158.3. Teu povo em toda a terra estás a congregar:

O Espírito da Vida não deixa de chamar,

iluminando os crentes, cingindo-os com vigor.

Revela a tua glória também a nós, Senhor!

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 159

 

Marcos 9.23-24

 

 

159.1. Creia sempre, sempre cessar,

siga em fé sem vacilar;

creia em Cristo até o fim;

ele chama: Creia em mim!

         Quero crer, meu Salvador,

         mesmo em aflição e dor;

         crer, até que a tua luz

         vença as trevas, meu Jesus!

 

159.2. Sua eterna promissão

dá constância ao coração.

Creia em Cristo até o fim;

ele chama: Creia em mim!

 

159.3. Vale a pena prosseguir.

Glorioso é seu porvir;

creia em Cristo até o fim;

ele chama: Creia em mim!

 

159.4. Bem que a luta seja atroz,

ouça sempre a sua voz;

creia em Cristo até o fim;

Ele chama: Creia em mim!

 

         “Glaube einfach jeden Tag” (Tr. W.)


 

HINO 160

 

Século 16

Romanos 8.31-39

 

 

160.1. Se Deus está comigo,

eu tudo hei de enfrentar;

se, orando, imploro abrigo,

tudo há de recuar.

Se as suas mãos me guiam,

se tenho o seu amor,

que mal me causariam

inferno, morte ou dor?

 

160.2. Alegre e com firmeza

proclamo-o sem temor:

Refúgio e fortaleza

é Deus, o meu Senhor.

Em todos os momentos

me guarda a sua mão,

abranda os sofrimentos,

assiste na aflição.

 

160.3. A base em que me fundo,

é Cristo e o sangue seu;

ele é aqui no mundo

o bem eterno meu.

Em mim e minha vida

não há nenhum valor;

por Cristo é concedida

a luz ao pecador.

 

160.4. Já nada me condena,

nem faz desesperar;

de inferno e dura pena

Jesus me há de salvar.

Sentença deste mundo

a mim não causa dor;

do mal, por mais profundo,

liberta-me o Senhor.

 

160.5. Minh’alma, jubilosa,

não pode triste estar;

vê sua luz radiosa

e canta sem cessar.

O Sol resplandecente

é Cristo, o meu Senhor;

cantar alegremente

me faz o seu fulgor.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 161

 

W. B. B.

 

 

161.1. Em nada ponho a minha fé

senão na graça de Jesus,

no sacrifício remidor,

no sangue do meu Redentor.

         A minha fé e o meu amor

         estão firmados no Senhor,

         estão firmados no Senhor.

 

161.2. Se não lhe posso a face ver,

na sua graça vou viver.

Em cada transe a suportar,

sempre hei de nele confiar.

 

161.3. Quando o clarim ao fim soar,

irei com ele me encontrar

e gozarei da redenção

com todos que no céu estão.

 

         F. G. S.

 

 

Santificação,

Discipulado e Serviço

 

 

 

HINO 162

 

1676

João 8.12

 

 

162.1. Renova-me, ó eterna luz! / A tua face, meu Jesus,

me aclare com o seu fulgor / e me encha com seu resplendor.

 

162.2. Eu peço queiras apagar / o mal em mim e me amparar,

e conceder-me o teu poder — / que eu possa a tentação vencer.

 

162.3. Dá-me o Espírito, Senhor — / que eu te obedeça, por amor,

e nada queira, ó santo Deus, / que é contra os mandamentos teus.

 

162.4. Dirige os pensamentos meus / somente a ti, Senhor, meu Deus;

até que eu veja a tua luz, / liberto e salvo por Jesus.

 

         Johann Friedrich Ruopp, 1672-1708

 

 

[Isaías 40.31a]


 

HINO 163

 

 

1676

Salmo 51.10

 

 

163.1. Deus, dá-me um puro coração! / impede entrada à transgressão!

Detém-na, que não possa entrar / e no meu coração morar.

 

163.2. Eu abro a porta, Cristo, a ti, / ó entra e fica sempre aqui,

e expulsa deste templo teu, / Senhor, todo o pecado meu.

 

163.3. Aclare-me com sua luz / o teu Espírito, Jesus;

que venha na alma penetrar, / com sua graça me guiar.

 

163.4. Deus, agracia o coração / com santidade e retidão;

sabedoria, fé, vigor / concede-me por teu amor!

 

163.5. Teu nome eu quero propagar, / em teu caminho sempre andar.

Que eu compreenda o teu amor / e entregue a vida a ti, Senhor!

 

         Heinrich Georg Neuss, 1654-1716

 

 

[Salmo 51.10-12]


 

HINO 164

 

 

164.1. Vinde, meninos, vinde a Jesus!

Ele ganhou-vos bênçãos na cruz.

Os pequeninos ele conduz, / vinde ao Salvador!

         Que alegria, sem pecado ou mal,

         reunir-nos todos, afinal,

         na santa pátria celestial, / com nosso Salvador!

 

164.2. Vá sem demora, hoje convém

ir caminhando à glória do além!

Jesus vos chama, quer vosso bem, / vinde ao Salvador!

 

164.3. Ama os meninos, Jesus o diz;

quer receber-vos no bom país;

quer conceder-vos vida feliz: / Vinde ao Salvador!

 

164.4. Eis a chamada: “Ó vinde a mim!

Outro não há que vos ame assim!

Meu é o amor que nunca tem fim!” / Vinde ao Salvador!

 

         F. Root

 

 

[Marcos 10.13-16]


 

HINO 165

 

João 3.14-15

Mateus 5.14-16

 

 

165.1. Há sinais de paz e de graça / neste mundo que ainda é de Deus.

Em meio aos poderes das trevas / manifestam-se as forças dos céus.

 

165.2. A terra, a mover-se no espaço, / o sol, a brilhar com fulgor,

o arco, estendido nas nuvens — / são sinais de que Deus é Senhor.

 

165.3. O sinal mais claro e luzente / foi erguido por Cristo Jesus:

Por amor ao mundo perdido / deu a própria vida na cruz.

 

165.4. Cidade construída no monte / oculta não pode ficar.

A luz por Cristo acendida / deverá luzir e brilhar.

 

165.5. Palavra que diz liberdade, / anúncio de paz e perdão,

abraço que aceita e sustenta — / são luzes na escuridão.

 

165.6 Pois ninguém, maldizendo as trevas, / vencerá o reino infernal.

Só a luz que por Deus foi acesa / há de triunfar sobre o mal.

 

165.7. Ó povo de Cristo na terra: / Não escondas a luz do Senhor!

Em todo o teu ser transpareça / o bendito sinal do amor!

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 166

 

Romanos 12.3-8

 

 

166.1. Dá-nos olhos claros que vêem o irmão;

dá, Senhor, ouvidos que dão atenção!

 

166.2. Mãos que aprenderam dores a aliviar,

pés que não hesitam na hora de ajudar!

 

166.3. Corações que sabem repartir a dor,

partilhar prazeres, propagar louvor!

 

166.4. Lábios que, contentes, abrem-se a cantar,

convidando todos para se alegrar!

 

166.5. Pelos dons que deste: Graças, ó Senhor!

Pois os recebemos por teu grande amor.

 

166.6. Nada nos pertence; tudo Deus quer dar:

Quer por nós, em Cristo, o mundo abençoar.

 

         Texto e mel.: Da Nova Zelândia


 

HINO 167

 

 

167.1. Eis-nos, aqui nós estamos, / reunidos em ti, ó Senhor!

Eis-nos, a ti dedicamos / nossas vidas com grande fervor!

         Vem, ó jovem cristandade, / juventude do Senhor!

         /: Cristo dá-nos, por sua vontade, / nossas vidas, por seu grande amor! :/

 

167.2. Onde, no mundo das trevas, / o pecado nos quer subjugar,

tu, Deus benigno, nos levas / a podermos em ti triunfar.

 

167.3. Eis-nos, Senhor da bondade: / Em ti sempre queremos ficar!

Eis-nos, em fidelidade, / tuas obras a proclamar!

 

167.4. O nosso Deus nos conforte / pela graça do seu grande amor!

Todos, até nossa morte, / só vivamos em ti, Salvador!

 

         Heinz Soboll, 1956

 

 

[Mateus 16.24-28]


 

HINO 168

 

Martin G. Schneider

 

 

168.1. Entre Jericó e Jerusalém, olha a via da compaixão:

É mui íngreme e incômoda, esta via da compaixão.

Um bando de vis ladrões atacou alguém na estrada;

deixou-o maltratado, deixou-o ferido e só.

         Seu grito ouvi, lá na via da compaixão!

         Seu grito ouvi, lá na via da compaixão!

 

168.2. Vede o sacerdote a caminhar, lá na via da compaixão.

E vede, depois, um levita passar, lá na via da compaixão.

Eis que eles não ajudaram, não sentiram pena do pobre.

O povo do templo esperava, e o templo ficava distante.

Tempo não há, lá na via da compaixão.

 

168.3. O socorro agora bem perto está, lá na via da compaixão;

pois já veio alguém que se apiedou, lá na via da compaixão.

Embora os outros rissem, porque era samaritano,

a ele não importava; em misericórdia agiu.

Presente ele está, lá na via da compaixão.

 

168.4. Entre início e fim desta vida há uma via da compaixão.

É preciso ter mãos que ajudem já, nesta via da compaixão.

Ou queres também passar, deixando teu próximo só?

Por que não vês a miséria? Por que não te pões a ajudar?

Prontos estai — lá, na via da compaixão!

 

         Martin G. Schneider

 

 

[Mateus 25.34b-36]


 

HINO 169

 

 

169.1. As minhas mãos a ti estendo,

pois vi que é falho o meu poder.

No vale escuro a ti me prendo —

só tu me poderás valer.

 

169.2. Os olhos teus, Senhor, me guiem —

sem ti, meus pés hão de falhar.

De dia e noite me vigiem,

até que o alvo eu alcançar!

 

169.3. Em medo e angústia eu viveria,

se não confiasse em ti, Senhor,

se não tivesse a ti por guia,

por Mestre, Irmão e Salvador.

 

169.4. A ti a minha vida eu rendo,

sem nada para mim reter.

As minhas mãos a ti estendo.

Faze de mim que te aprouver!

 

         Autor anônimo (Tr. W.)


 

HINO 170

 

 

170.1. Nem só palavra é o amor: É palavra unida à ação.

Jesus veio ao mundo, amor encarnado,

amor encarnado por todos nós.

 

170.2. Nem só palavra é a paz: / É palavra unida à ação.

Jesus deu a vida, o sangue da aliança,

o signo da paz para um mundo infeliz.

 

170.3. Nem só palavra é esperar: / É palavra unida à ação.

Jesus ressurgiu — ó sinal de esperança,

sinal de esperança por todos nós.

 

         Eckart Bücken (Tr. W.)

 

 

[Tiago 1.22]


 

HINO 171

 

Joachim Neander, 1680

Lucas 10.38-42

 

 

171.1. Uma coisa só importa,

uma só, Deus e Senhor!

Tudo o mais não nos conforta,

mas abate e é sem valor.

É fútil e vão e de ti nos desvia

e impede que achemos real alegria.

Porém, se o tesouro real eu achar,

em júbilo eterno haverei de exultar.

 

171.2. Ó minh’alma, se o procuras,

deixa tudo que é mortal.

Crente, ergue-te às alturas,

junto a Deus, Pai celestial.

Só onde reinar celestial harmonia,

é que encontrarás a suprema alegria.

em Cristo terás o mais belo quinhão,

o dom mais valioso: eternal salvação.

 

171.3. A maior sabedoria

se resume em ti, Jesus.

Dá que em dor e em alegria

me conforte a tua cruz!

e faze-me, humilde, viver em simpleza,

concede-me graça e vigor na fraqueza!

Se em ti, meu Jesus, minha fé eu puser,

então adquiri verdadeiro saber.

 

171.4. És por isso tu somente

o supremo bem, Senhor.

Vem e apaga em minha mente

tudo que há de enganador.

Vê se ando em caminho falaz ou errado

e guia-me, Cristo, ao teu Reino abençoado.

No mundo eu despreze prazeres e dor,

mas ganhe Jesus, meu eterno Senhor!

 

         Johann Heinrich Schröder, 1667-1699

 

 

[Lucas 10.40-42]


 

HINO 172

 

Tito 3.4-5

 

 

172.1. Se te servimos, bom Senhor,

não é por recompensa.

Pereceríamos na dor

sem tua graça imensa.

 

172.2. Ninguém justiça alegará;

por si será perdido.

Por tua graça viverá

o pecador remido.

 

172.3. Tu nos aceitas entre os teus,

e assim já recebemos

o que por força própria, ó Deus,

jamais obter podemos.

 

172.4. Tua aliança, por Jesus,

renovas todo dia.

A nossa força é tua cruz,

que nossos passos guia.

 

         Rudolf Alexander Schröder, 1878-1962

 

 

[Efésios 6.6-7]


 

HINO 173

 

Século 17

Mateus 26.41

 

 

173.1. Hoje põe-te em prontidão,

vela, roga, implora.

Contra o mal e a tentação

arma-te nesta hora!

Pois Satã, com afã,

quer prender o crente

com poder ingente.

 

173.2. Sempre alerta, a vigiar,

foge do pecado

que procura te afastar

do Senhor amado.

Pois o mal / infernal

tenta o piedoso,

quando descuidoso.

 

173.3. Sem vigiares, teu Senhor

nunca te ilumina,

nem verás o seu fulgor,

sua luz divina.

Pois o amor / do Senhor

quer-te vigilante

e na fé constante.

 

173.4. Vela! Com astúcia quer

Satanás prender-te;

sem vigiares, com prazer,

logo há de vencer-te.

Eis que Deus / prova os seus,

faz que os descuidados

vivam preparados.

 

173.5. E por isso, sem cessar,

vela, roga, implora,

pois o juízo há de chegar,

certo, sem demora.

Deus virá, julgará

mortos e viventes,

crentes e descrentes.

 

         Johann Burchard Freystein, 1671-1718


 

HINO 174

 

Friedrich Silcher, 1842

Salmo 23

 

 

174.1. Por tua mão me guia, meu Salvador,

agora e eternamente, por teu amor!

Não quero andar no escuro sem tua luz:

Eu quero andar contigo, Senhor Jesus!

 

174.2. Em tua paz abriga meu coração;

conforta-o na tristeza, na solidão!

Entrego a minha vida a ti, Senhor.

Tu és minha esperança, meu Redentor!

 

174.3. Se bem que eu nada sinta do teu poder —

que a luz da tua face não possa ver:

Eu sei que tu me guias, meu Bom Pastor,

ao teu eterno Reino de graça e amor.

 

         Julie von Hausmann, 1826-1901


 

HINO 175

 

1544

Romanos 3.21-28

 

 

175.1. Justiça e sangue de Jesus / são meu adorno, minha luz.

Nada hei de apresentar a Deus. / Seu sangue encobre os males meus.

 

175.2. Se pela graça do Senhor / eu conseguisse, em santo amor,

seguir os passos de Jesus, / vivendo, fiel, em sua luz —

 

175.3. não poderia me gloriar, / justiça própria a alegar.

Diria, humilde: Ó Redentor, / aceita um pobre pecador!

 

175.4. Enquanto a vida me durar, / meu testemunho quero dar:

Bendigo a graça do Senhor, / exalto o sangue redentor.

 

175.5. O teu amor quero adorar, / a tua morte proclamar:

Por toda a minha transgressão / fizeste plena expiação.

 

175.6. Ó glorioso e eterno Rei, / pastor fiel de tua grei,

do mundo vem te apiedar / e o povo teu abençoar!

 

         Nikolaus Ludwig v. Zinzendorf, 1700-1770


 

HINO 176

 

Lars Ake Lundberg, 1968

 

 

176.1. Deus, teu amor é qual paisagem bela,

qual campo aberto, lar e proteção.

Livres vivemos, livres habitamos,

livres para aceitar ou rejeitar.

         Deus, teu amor é qual paisagem bela,

         qual campo aberto, lar e proteção.

 

176.2. Libertos para o encontro de nós mesmos,

libertos para em comunhão viver:

Necessitamos desta liberdade

para sonhar, para amadurecer.

 

176.3. Mas mesmo assim há muros entre os homens,

que só por grades vão se entreolhar.

Nossa prisão é o Eu escravizado —

feita das pedras de nosso temor.

 

176.4. Só tu, Senhor, nos dás a liberdade,

só tu, Juiz, nos podes absolver.

Lá onde o teu amor alcança os homens

dás liberdade a raças e nações.

 

         Anders Prostensson

            Tr. Cláudio Molz

 

 

[Salmo 96.1-9]


 

HINO 177

 

Bartholomäues Gesius, 1605

João 10.4,27,28

Mateus 16.24-25

 

 

177.1. “Segui-me”, diz Cristo, o Senhor, / “discípulos, segui-me!

Negai o mundo sedutor, / eu sou o Mestre, ouvi-me!

A vossa própria cruz levai, / as minhas obras imitai!”

 

177.2. “Eu sou a luz, o meu fulgor / as trevas alumia.

Eu sou o vosso Bom Pastor, / que os seus à vida guia.

A senda quero vos mostrar, / em que deveis peregrinar!”

 

177.3. “Humilde sou de coração, / benigno e amoroso.

Os que me seguem, acharão / em Deus o Pai bondoso.

Vontade e pensamentos meus: / Tudo entreguei ao Pai nos céus.”

 

177.4. “Eu mostro o que vos não convém; / fugi, pois, do perigo.

Eu quero vos livrar também / da astúcia do inimigo.

Sou rocha e amparo aos filhos meus; / comigo os levo para os céus.”

 

177.5. “Se não puderes resistir / no mal e no tormento,

com meu poder hei de assistir / a quem pedir-me alento.

Indigno o servo que fraquear / e o seu Senhor abandonar.”

 

177.6. “Se alguém a vida quer salvar, / sem mim está perdido.

quem a si mesmo renegar, / por mim será remido.

Quem não tomar a sua cruz / indigno é de viver na luz!”

 

         Johann Scheffler, 1624-1677

 

 

[Marcos 8.34b-9.1]


 

HINO 178

 

 

178.1. Andando com Cristo,

andando todo o dia, / andando co’a alegria.

Andando com Cristo,

andando com meu Salvador.

 

178.2. Andando na sombra, / andando no brilho,

andando todo o dia, / andando co’a  alegria.

Andando na sombra, / andando no brilho,

andando com meu Salvador.


 

HINO 179

 

Genebra, 1562

Hebreus 13.12-15

 

 

179.1. Eu sou um peregrinador

e busco o Reino do Senhor.

Voltado para a eternidade,

avisto o resplendor dos céus;

quero adorar o santo Deus,

feliz, com toda a cristandade.

Eu sou um peregrinador

e busco o Reino do Senhor.

 

179.2. Os dias fogem sem parar,

e minha vida, a se esgotar,

já mostra que meu tempo passa.

Rapidamente o fim virá.

Senhor Jesus, prepara já

minh’alma e dá-me a tua graça!

Que eu, rejeitando a tentação,

só tenha em mira a redenção!

 

179.3. Às vezes, só escuridão,

e tempestade, e confusão

nos dificultam a jornada.

Inúmeros tormentos há,

o coração mui fraco está,

minh’alma está abandonada.

Mas se me volto a ti, meu Deus,

rebrilha a tua luz nos céus.

 

179.4. Jesus, ó guarda de Israel,

que foste um peregrino fiel:

Em carne e sangue a nós vieste.

Ó mostra, a cada passo meu,

a direção ao Reino teu.

Anseio o galardão celeste.

A vida foge, ó vem, Senhor,

recebe o peregrinador!

 

         Friedrich Adolf Lampe, 1683-1629


 

HINO 180

 

Genebra,1542

Hebreus 3.14-15

 

 

180.1. Deus faz pregar seu Evangelho agora:

Por que não sigo o apelo sem demora?

O tempo passa, as sombras crescerão.

Ó Deus, hei de ficar na escuridão?

 

180.2. Deus faz pregar mensagem jubilosa.

Rejeitarei a sua mão bondosa?

Por que desprezarei o que ele diz?

Direi: Deus convidou, mas eu não quis?

 

180.3. Deus faz pregar perdão e liberdade.

Por que não tomo já, com humildade,

o jugo leve de meu Salvador?

Sempre hei de ser escravo do temor?

 

180.4. Deus faz pregar sua inaudita oferta:

“Eis minha casa, eis a porta aberta!

Meu filho, vem, convido-te a entrar!”

Por quanto tempo, ó Deus, hás de chamar?

 

180.5. Meu coração, agora a Deus te rende!

Rejeita o falso brilho que te prende!

Ó solta tudo, rompe os teus grilhões!

Aceita a vida, deixa as ilusões!

 

180.6. Aqui estou, meu Deus, já não me nego.

Com toda a minha vida a ti me entrego.

só tu serás meu Deus e meu Senhor.

Venceu a tua graça, ó Salvador!

 

180.7. E já que só por graça me aceitaste,

jamais permitas que de ti me afaste!

Ó fala, Deus! Com fé te quero ouvir;

somente a ti, Senhor, hei de seguir!

 

         Gerhard Tersteegen, 1735 (Tr. W.)


 

HINO 181

 

181.1. Viver com Jesus é cantar,

viver com Jesus é sorrir,

é sentir o calor de chegar, / mesmo quando se tem de partir;

é sentir o calor de chegar, / mesmo quando se tem de partir.

 

181.2. Mas também é jamais se esquecer

de que há muitos que vivem na dor,

que mostrar nosso Cristo é viver, / que viver é mostrar seu amor;

que mostrar nosso Cristo é viver, / que viver é mostrar seu amor.

 

         Letra e música: “Wolô”


 

HINO 182

 

1513

Efésios 6.10-17

 

 

182.1. Despertai, pois Deus vos chama!

Seu santo fogo vos inflama;

erguei a espada do Senhor!

A palavra poderosa,

a boa nova jubilosa —

aos corações dá santo ardor.

Da fé o escudo alçai!

Os dardos aparai / do inimigo!

Cristo, o Senhor, / é vencedor.

Cantai hosana ao Redentor.

 

182.2. Quando mil paixões vos tentam

e adversidades sempre aumentam,

firmai-vos no poder de Deus!

Quem tiver Jesus por guia,

verá que Cristo, todo o dia,

dá graça e paz aos filhos seus.

Se a força vos deixar,

erguei o vosso olhar / às alturas!

Deus tem poder / de socorrer

e ao povo seu fortalecer.

 

182.3. Pelejai, a vida é breve!

O fardo de Jesus é leve.

tomai a cruz do Salvador!

Quando a morte for vencida,

e quando triunfar a vida,

ressurgireis em esplendor.

Rendei louvor a Deus!

Reconciliou os seus / pela graça!

Crede em Jesus, / pois vos conduz

à santa herança em sua luz.

 

182.4. Cristo, os filhos teus conforta!

Com o teu Verbo nos exorta;

teu sangue dê-nos fé e ardor!

Cria em nós a nova vida

que seja só a ti rendida,

e nunca esfrie em nós o amor.

Espírito da paz,

Jamais nos deixarás / sem consolo.

Jesus Senhor, / em morte e dor

ampara-nos por teu amor!

 

         Wilhelm Erasmus Arends, 1677-1721

 

 

[Efésios 6.10-11]


 

HINO 183

 

1526

 

 

183.1. Senhor Jesus, eu clamo a ti,

atende o meu pedido;

a tua graça dá-me aqui,

senão estou perdido.

A verdadeira fé, Senhor,

me seja concedida,

nesta vida;

que em alegria e dor

encontre em ti guarida.

 

183.2. Concede que de coração

a todos eu perdoe.

A tua graça dê perdão

a mim e me abençoe.

Que o Verbo teu me nutra bem

e seja o meu sustento,

d’alma o alento,

e proteção também,

em tentação, tormento.

 

183.3. Senhor, estou a fraquejar,

vem tu revigorar-me.

Em tua graça hei de confiar.

Senhor, vem amparar-me.

Quando eu cair em tentação,

concede, sem detença,

que eu a vença,

e obtenha salvação!

Eu sei que hás de fazê-lo.

 

         Johann Agrícola, 1494-1566

 

 

[Salmo 51.1-9]


 

HINO 184

 

William Howard Doane, 1871

Mateus 21.28

 

 

184.1. Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus,

nosso Mestre seguir no caminho dos céus;

e no seu bom conselho o vigor renovar,

diligentes fazendo o que Cristo ordenar.

         No labor, com fervor,

         a servir a Jesus,

         com firmeza e fé / e com oração

         até que volte o bom Senhor.

 

184.2. Vamos nós trabalhar e os famintos fartar;

para a fonte os sedentos depressa levar!

Só na cruz do Senhor nossa glória será,

pois Jesus salvação por seu sangue nos dá!

 

184.3. Vamos nós trabalhar, aos perdidos dizer

que de Deus hoje mesmo o perdão podem ter.

Quem buscar ao Senhor redimido será,

pois Jesus salvação para sempre nos dá!

 

184.4. Vamos nós trabalhar, ajudados por Deus,

que a coroa da glória nos dá, lá nos céus.

A mansão dos fiéis sempiterna será,

pois Jesus salvação graciosa nos dá!

 

         Fanny Crosby, 1820-1915

            Trad. Manuel A. de Menezes

 

 

[2 Coríntios 9.6-10]


 

HINO 185

 

1539

Mateus 6.9-13

 

 

185.1. Deus Pai, no Reino celestial,

a todos mandas, por igual,

sermos irmãos e te invocar:

A ti queremos nós orar.

Não fale só a boca, em vão;

dá que ore o nosso coração!

 

185.2. Santificado o nome teu

seja entre nós, como é no céu.

No Verbo teu nos faze crer

e nele em retidão viver.

Doutrina falsa, ó Deus, detém,

os desviados guia ao bem!

 

185.3. Teu Reino venha a nós, Senhor.

O Espírito Consolador

assista sempre a todos nós.

Derrota o inimigo atroz!

Fiéis nos faze em ti viver,

vem tua igreja proteger!

 

185.4. Tua vontade paternal

no céu, na terra, por igual,

se faça em alegria ou dor,

que obedeçamos em amor.

Senhor, tu queiras impedir

os que a procuram transgredir.

 

185.5. Dá-nos o cotidiano pão

e o que nos é de precisão.

Pedimos-te também, Senhor,

que afastes ódio e desamor

e nos concedas, se te apraz,

união, concórdia, graça e paz.

 

185.6. Perdoa as dívidas, Senhor;

perdoa ofensas e rancor!

Queremos ao faltoso irmão

também perdoar de coração!

Dispõe-nos todos a servir;

concórdia e amor nos queira unir.

 

185.7. E não nos deixes incidir

em tentação; que resistir

possamos sempre à provação,

por teu poder e proteção.

Liberta-nos, Senhor, do mal,

e ampara-nos na dor final.

 

185.8. Amém, isto é, que seja assim!

Que nossa fé não tenha fim!

E não nos deixes duvidar

do que acabamos de rogar.

Assim, com fé, Deus e Senhor,

Amém dizemos com fervor.

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[Mateus 6.5-8]


 

HINO 186

 

Século 15

 

 

186.1. Ó Cristo, sol da graça,

do mundo a vera luz,

teu santo brilho faça

que eu busque em tua cruz

conforto e alegria

que as trevas me alumia,

meu Salvador Jesus.

 

186.2. Perdoa o meu pecado,

renova o coração!

Dá graça ao condenado

e vence a escuridão!

A tua paz conforte

minha alma até a morte,

em santa comunhão!

 

186.3. A mente purifica,

expulsa o tentador!

Por graça justifica

o pobre pecador!

Concede-me a vitória;

que exalte a tua glória,

amado Salvador!

 

186.4. O teu amor profundo

me faze conhecer.

Que neste pobre mundo

jamais venha a perder

 a fé em tua graça!

Enquanto tudo passa,

persiste o teu poder.

 

186.5. O teu amor eterno

me ajude a combater

as tentações do inferno,

do mundo o vil prazer.

Que o velho Adão pereça

e, renovado, eu cresça

p’ra sempre em ti viver!

 

186.6. Por teu amor inflama

minh’alma em santo ardor!

Acende nela a chama

do fraternal amor!

E toda a minha vida —

que seja a ti rendida,

bendito Redentor!

 

186.7. Assim, ó Pai amado,

ó santo Deus do amor,

não deixes que o pecado

me arraste ao mal, Senhor!

A vida entrego, crente,

a ti, ó Pai clemente,

benigno Criador.

 

         Ludwig Andreas Gotter, 1661-1735

 

 

[Efésios 5.3-14]


 

HINO 187

 

Johann Löhner, 1691

Efésios 1.18-23

Filipenses 2.5-11

 

 

187.1. Jesus Cristo reina em glória,

teve esplêndida vitória.

Tudo o Pai lhe submeteu.

Toda a língua,

pois, confesse:

Cristo é rei, e não perece

quem se inclina ao trono seu.

 

187.2. Potestades, principados

já o adoram, dominados

por seu braço e seu poder.

Hostes celestiais sujeitas,

almas desta terra eleitas

seu reinado almejam ver.

 

187.3. Teu poder, ó Pai celeste,

só ao Filho amado deste,

não há outro seu igual.

O seu trono permanece,

sua vida não perece,

o seu Reino é perenal!

 

187.4. Nele só, ó dom amado,

salvação há do pecado,

por seu sangue redentor.

Salvação foi consumada,

vida eterna revelada

pelo seu excelso amor.

 

187.5. Pecadores, vinde a ele!

Vós, enfermos, ponde nele

vosso fardo, vossa dor.

Sara o sangue derramado

as feridas do pecado.

Vida dá o Redentor.

 

187.6. Quando a cruz pesar na vida,

sofrimento, dor e lida

assaltarem o cristão,

não conseguirão magoá-lo,

nem de Cristo separá-lo;

Deus o guarda em sua mão.

 

187.7. Eis, das profundezas chamo,

seu amor, feliz, proclamo,

nesta peregrinação.

Jesus Cristo reina em glória,

teve esplêndida vitória:

Dai louvor com gratidão!

 

         Philipp Friedrich Hiller, 1699-1769

 

 

[Filipenses 2.5-11]


 

HINO 188

 

Johann Schop, 1641

João 12.24-26

 

 

188.1. A Jesus fiéis sigamos,

imitando o exemplo seu;

em sincero amor sirvamos

com os dons que Deus nos deu.

Sempre ao céu jornadeando,

já na terra celestiais,

puros e na fé leais,

e no amor a fé mostrando.

Sê comigo, fiel Jesus;

eu te sigo em tua luz.

 

188.2. Com Jesus sofrer queremos

neste mundo angústia e dor.

Por seus passos nos guiemos,

fiéis a nosso Salvador;

alegria após tormentos

pela graça há de nos dar;

Deus nos há de consolar,

aliviando os sofrimentos.

Quero aqui sofrer, Senhor,

para entrar em teu fulgor.

 

188.3. Com Jesus morrer queremos:

Sua morte é redenção.

Pelo seu amor teremos

vida eterna e salvação.

As vaidades renunciemos

deste mundo enganador,

para que, por seu amor,

em seu Reino eterno entremos.

Cristo, quero em ti morrer,

para sempre em ti viver!

 

188.4. Com Jesus viver queremos.

Já que o Cristo, em resplendor,

ressurgiu, nós viveremos.

Tu, Jesus, és o Senhor!

Só por ti nós temos vida,

luz somente em teu fulgor;

reconhece em nós, Senhor,

teus irmãos, dá-nos guarida.

Só por ti, Senhor Jesus,

temos vida em plena luz.

 

         Sigismund von Birken, 1626-1681


 

HINO 189

 

M. Teschner, 1615

 

 

189. Eu quero pertencer-te,

ó meu fiel Senhor!

Jamais hei de perder-te,

mantém-me em teu amor!

Não deixes vacilar-me

em dor e tentação!

A ti possa entregar-me

com fé e gratidão!

 

         Nikolaus Selnecker, 1530-1582

 

 

Missão e Evangelização

 

 

 

HINO 190

 

Mateus 28.18-20

Mateus 10.1-15

 

 

190.1. Real poder me foi dado,

poder no céu e na terra:

Ide anunciai o evangelho

aos povo que a noite encerra!

 

190.2. Segui os trilhos dos homens,

pregai a boa mensagem;

andai de leve e alegres,

sem muita carga e bagagem!

 

190.3. Levai a paz de meu Reino

a toda casa e aldeia;

buscai por ruas e atalhos,

chamai os pobres à Ceia!

 

190.4. E cada casa em que entrardes,

por mim será transformada:

Se receber o evangelho,

com paz será agraciada.

 

190.5. Se rejeitar vossa oferta,

não supliqueis por migalhas:

A paz, levai-a convosco,

tirai o pó das sandálias!

 

190.6. Colheita grande e preciosa

Deus quer levar aos celeiros:

Rogai ao Senhor da seara

por bons e fiéis ceifeiros!

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 191

 

 

191.1. Não temas, pois que eu te remi,

não temas, pois que eu te remi,

não temas, pois que eu te remi,

agora tu és meu.

 

191.2. /: Quem ao Senhor com fé chegar, :/

aceitação terá. (João 6.37)

 

191.3. /: Se meu Senhor me resgatou, :/

não há condenação. (Romanos 8.1)

 

191.4. /: O seu amor não mudará, :/

descanso nele há. (Mateus 11.28)

 

191.5. /: Se por meu Deus amado sou, :/

feliz minha alma está. (João 16.27)

 

191.6. /:  Os que esperam no Senhor, :/

se erguem com vigor. (Isaías 40.31)

 

191.7. /: E quem vencer alegre-se, :/

terá no céu a paz. (Apocalipse 21.7)

 

191.8. /: Jamais Jesus me deixará, :/

tão grande é teu amor! (Salmo 103.1-5)


 

HINO 192

 

William B. Bradbury, 1849

 

 

192.1. Tal qual estou, sem demorar, / a ti me venho consagrar.

Ó não me queiras rejeitar: / Jesus bendito, eu venho a ti!

 

192.2. Tal qual estou, Senhor Jesus, / refúgio quero aos pés da cruz;

pois, atraído em tua luz, / Jesus bendito, eu venho a ti!

 

192.3. Tal qual estou me vês, Senhor: / um pobre e triste pecador.

Ó vem mostrar-me o teu favor! / Jesus bendito, eu venho a ti!

 

192.4. Tal qual estou me aceitarás. / Terei contigo, enfim, a paz.

A tua mão me estenderás: / Jesus bendito, eu venho a ti!

 

192.5. Tal qual estou, descansarei / em ti, Jesus, meu Deus, meu Rei!

E, além das trevas, cantarei: / Jesus bendito, eu venho a ti!

 

         Charlotte Elliot, 1836

            Trad. M. da Silveira Porto Filho, 1960


 

HINO 193

 

Johan Stobäus, 1613

Efésios 2.4-6

Atos 4.12

 

 

193.1. Quem procurar a salvação,

entregue a vida a Cristo.

Pois só tem paz o coração

que tem certeza disto:

Verdade é o que diz Jesus;

ele é da vida a vera luz,

o Salvador bendito.

 

193.2. Quem procurar a salvação,

não busque auxílio humano.

Jamais do pecador a mão

pode anular o dano.

Quem torna justo o pecador,

é o Servo fiel, Jesus, Senhor,

que deu por nós a vida.

 

193.3. Deixando tu, procurai

deste Senhor a graça.

E de alma ardente, em fé, rogai

que Cristo satisfaça

vosso faminto coração!

Feliz e santa é a comunhão

do pecador remido.

 

193.4. Coroa minha, sol, penhor,

Jesus, és tu somente.

Vaidade e falso resplendor

de ti não me afugente.

Sê meu eterno galardão!

Tua palavra seja o pão

que sempre me alimente!

 

193.5. Se for pesada a minha cruz,

e amarga a minha sorte,

de tua face a santa luz

meu coração conforte.

E após findarem luta e dor,

que acorde em tua paz, Senhor,

herdando a glória eterna.

 

         Georg Weissel, 1590-1635


 

HINO 194

 

Geo C. Stebbins

Isaías 64.8

 

 

194.1. Como tu queres, Senhor, sou teu.

Tu és o oleiro, barro sou eu.

Quebra e transforma até que enfim

tua vontade se cumpra em mim.


 

HINO 195

 

Frank Graf

 

 

195.1. Meu irmão, tu precisas falar com Jesus

nesta tua solidão.

Ele faz o convite, ele espera por ti,

não o buscarás em vão.

 

195.2. Ele estende a mão aos que vivem sem paz,

pois compreende a sua dor.

Aos cansados e aflitos convida a chegar,

seja qual seu fardo for. — (Mateus 11.28-30)

 

195.3. Nicodemos de noite Jesus procurou,

com a mente a duvidar.

A palavra do novo nascer pela fé

trouxe luz ao seu pensar. — (João 3.1-15)

 

195.4. Madalena não pôde ao Mestre falar,

de vergonha e dor chorou.

Compreendendo a linguagem do coração,

o Senhor lhe perdoou. — (Lucas 7.36-50)

 

195.5. Os discípulos todos, qual Pedro e André,

homens falhos, qual tu e eu,

recebidos foram por Cristo Jesus,

atendendo o chamado seu. — (Lucas 5.1-11)

 

195.6. Só Pilatos e Judas se foram vazios,

e sem luz seguiu Caifás.

Rejeitando a palavra do Filho de Deus,

rejeitaram graça e paz. — (Mateus 26,27)

 

195.7. Meu irmão, tu precisas falar com Jesus,

tu precisas de comunhão.

Convivendo com Cristo e o povo seu,

vencerás a solidão. — (Atos 2.42)

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 196

 

Frank Graf

Romanos 10.13-15

Ezequiel 4.17-21

 

 

196.1. Se não houver quem profetize, / quem fale aos homens com poder:

Senhor, o que será da terra, / se teu juízo a surpreender!

 

196.2. Se não houver quem diga ao mundo / que só em ti há salvação,

por falsos deuses enganado, / perecerá na escuridão.

 

196.3. Cidade que, sem atalaia, / a espada não verá chegar,

acordará desprevenida, / o seu destino a lamentar.

 

196.4. Ó Deus, nos faze mensageiros / da boa nova de Jesus!

No mundo inquieto e conturbado / ergamos o sinal da cruz!

 

196.5. Sinal de alerta e de esperança, / sinal de juízo e de perdão:

Ao mundo inteiro o anunciemos / que em Cristo há paz e salvação.

 

         Lindolfo Weingärtner


 

HINO 197

 

K. Lafferty

Mateus 6.33

Mateus 4.4

 

 

197.1. Buscai primeiro o reino de Deus / e sua justiça,

e todas estas coisas vos serão acrescentadas. / Aleluia, aleluia.

         Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia.

 

197.2. Não só de pão o homen viverá, / mas de toda palavra

que procede da boca de Deus. / Aleluia, aleluia.

         Aleluia, aleluia…

 

                            De “Cantarei ao Senhor”


 

HINO 198

 

Melodia popular

 

 

198.1. Oh, bem cego eu andei e perdido vaguei,

longe, longe do meu Salvador!

Mas da glória desceu e seu sangue verteu

por salvar a um tão pobre pecador.

         Foi na cruz, foi na cruz que, a tremer, percebi

         meu pecado castigado em Jesus.

         Foi ali, pela fé, onde os olhos abri

         e hoje, salvo, me alegro em sua luz.

 

198.2. Bem ouvia falar dessa graça sem par

que nos deu um Salvador em Jesus.

Mas eu surdo me fiz, converter-me não quis

ao Senhor, que por mim morreu na cruz.

 

198.3. Mas um dia senti meu pecado e tremi,

vendo as penas da justiça e da lei.

Apressado fugi, em Jesus me escondi

e refúgio seguro nele achei.

 

198.4. Quão feliz é, então, este meu coração,

a gozar aquele tão santo amor,

que levou meu Jesus a sofrer lá na cruz,

por salvar a um tão pobre pecador!

 

         Henry Maxwell Wright, 1890


 

HINO 199

 

Ivete Müller

Amós 5.4,14

 

 

199. Buscai-me e vivei,

buscai o bem, e não o mal,

para viver em meu amor:

assim diz o Senhor.

 

Buscai-me e vivei,

buscai o bem, e não o mal,

para viver em meu amor:

assim diz o Senhor.

 

 

Amor a Jesus

 

 

 

HINO 200

 

Revival Tune Book, 1864

 

 

200.1. Cantai e folgai!

O Messias chegou!

Dissiparam-se as trevas,

a aurora raiou.

         Dai louvores, celebrai-o:

         Foi morto na cruz.

         Dai louvores, publicai-o:

         Já vive Jesus!

 

200.2. Cantai e folgai!

Pelos ímpios sofreu.

Satisfez a justiça,

seu sangue verteu.

 

200.3. Cantai e folgai!

Temos livre perdão,

pois Jesus nos oferta

real salvação.

 

200.4. Cantai e folgai!

Hoje à destra de Deus,

intercede por nós

nas alturas dos céus.

 

200.5. Cantai e folgai!

O Senhor voltará.

Cristo, o Rei glorioso,

nas nuvens virá.

 

         Horatius Bonar, 1808-1889

            Trad. S. P. Kalley


 

HINO 201

 

W. Fisk Sherwin, 1826-1888

João 6.35

 

 

201.1. Enquanto, ó Salvador, teu livro ler,

meus olhos vem abrir, por quero ver,

da mera letra além, o que, Senhor,

nos revelaste em teu imenso amor.

 

201.2. À beira-mar, Jesus, partiste o pão,

satisfazendo ali a multidão;

da vida o pão és tu: vem, pois, assim,

nutrir-me até entrar  no céu, enfim!

 

         M. A. Lathbury, 1841-1913

            Tr. H. M. Wright


 

HINO 202

 

1784

Salmo 23

 

 

202.1. Sou cordeiro de Jesus,

vivo bem na sua luz.

Meu pastor é tão bondoso,

tem um campo delicioso,

ele me ama com fervor,

meu querido e bom pastor!

 

202.2. Seu bordão é sua cruz

que me salva e me conduz

para um prado desejável

que é no mundo incomparável;

quando mui sedento estou,

para sua fonte vou.

 

202.3. Quão feliz espero ser,

um cordeiro que ele quer;

quando um dia for finar-me,

ele ao céu há de levar-me

no seu braço, com amor.

Quão bondoso é meu Senhor!

 

         Luise von Hayn, 1724-1782


 

HINO 203

 

1693

João 3.16

 

 

203.1. Santo Amor, que me criaste

semelhante a ti, Senhor,

que, benigno, me salvaste

da terrível queda e dor;

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

203.2. Santo Amor, tu me escolheste,

antes mesmo de eu nascer.

Tu por mim do céu desceste

e me vieste socorrer.

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

203.3. Santo Amor, à cruz pregado,

resgataste o pecador,

agraciando o condenado

com teu celestial fulgor:

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

203.4. Santo Amor, luz poderosa,

tua graça celestial

se difunde, fulgurosa,

expulsando todo o mal:

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

203.5. Santo Amor, fui conquistado,

salvo pelo teu poder.

Pela graça dominado,

quero só em ti viver.

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

203.6. Santo Amor, em glória eterna

hás de me ressuscitar!

Paz e graça sempiterna

aos remidos hás de dar:

Santo Amor, com gratidão

eu te entrego o coração.

 

         Johann Scheffler, 1624-1677

 

 

[João 3.16]


 

HINO 204

 

1735

João 15.40-7

 

 

204.1. Sempre quero estar contigo, / sempre a ti, Jesus, servir;

não me afasto, em ti me abrigo, / teu caminho hei de seguir.

És da minha vida a vida, / da minh’alma és o vigor.

Eu sou vide a ti unida; / a videira és tu, Senhor.

 

204.2. Onde há vida mais ditosa / do que junto a ti, Senhor,

que me dás, com mão bondosa, / bênção mil, por teu favor?

E por quem sou confortado, / meu Jesus, se não por ti?

Pois somente a ti foi dado / o poder no céu e aqui.

 

204.3. Onde se acha tal bondade / com a que Jesus mostrou,

que da morte e da maldade / por seu sangue me livrou?

Como eu não me entregaria / ao que a vida deu por mim?

Como não me empenharia / em segui-lo até o fim?

 

204.4. Sim, Jesus, em ti somente / fico em alegria e dor;

já na terra e eternamente / eu me entrego a ti, Senhor.

Crente, aguardo o teu chamado, / sempre pronto a obedecer;

para a morte é preparado / o que em ti permanecer.

 

         Philipp Spitta, 1801-1859

 

 

[João 15.1-7]


 

HINO 205

 

Johann Balthasar König

João 21.15-17

 

 

205.1. Meu Salvador, eu quero amar-te;

amar-te quero adorno meu.

Com meu labor quero adorar-te,

louvando o santo nome teu.

Eu quero amar-te, excelsa luz,

até meu fim, Jesus.

 

205.2. Sempre hei de amar-te, minha vida

como o melhor amigo meu.

A ti minha alma está rendida,

guiada pelo brilho teu.

Hei de viver em tua luz,

meu Salvador Jesus.

 

205.3. Ó, quanto eu sinto, Cristo amado,

que tanto tempo já perdi.

Do teu rebanho separado,

a vida não achei sem ti.

Ó quanto sinto, eterno Rei,

que tarde só te amei!

 

205.4. Andava errante como um cego.

Não te buscando — te encontrei.

Minha alma estava sem sossego;

da luz da vida me afastei.

Porém agora o consegui,

pois tudo achei em ti.

 

205.5. Senhor, embora seja indigno,

a tua luz me iluminou.

Eu te agradeço, Deus benigno,

pois teu amor me libertou.

Eu te agradeço até meu fim,

porque me amaste assim

 

205.6. Ó, me acompanha em meu caminho,

que eu nunca possa me perder.

Conduze-me com teu carinho;

vem tua paz me conceder.

Na vida guie-me, Senhor,

teu celestial fulgor.

 

205.7. Eu te amo, ó meu Jesus bondoso,

eu te amo, Cristo, ó Salvador;

eu te amo, meu prazer, meu gozo,

também em sofrimento e dor.

Por todo o sempre, ó minha luz,

eu te amarei, Jesus!

 

         Johann Scheffler, 1624-1677

 

 

[1 João 4.10-11]


 

HINO 206

 

Charles Crozat Converse, 1868

 

 

206.1. Quão bondoso amigo é Cristo!

Revelou-nos seu amor

e nos manda que levemos

a seus pés a nossa dor.

Falta ao coração dorido

gozo, paz, consolação?

É porque não confiamos

tudo a ele em oração.

 

206.2. Andas triste e carregado

de pesares e temor?

A Jesus, refúgio eterno,

vai, com fé, teu mal expor!

Teus amigos te desprezam?

Conta-lhe isso em oração,

e, por seu amor tão terno,

paz terás no coração.

 

206.3. Cristo é verdadeiro amigo!

Disso prova nos mostrou,

quando, para ver remido

o culpado, se encarnou.

Derramou precioso sangue,

para as manchas nos lavar;

gozo em vida e no futuro

já podemos alcançar!

 

         Joseph M. Scriven, 1855

 

 

[João 10.11-15,27-30]


 

HINO 207

 

 

207.1. Sem Jesus tudo está perdido, / sem Jesus nada mais sentido tem.

Sem Jesus tudo está escuro,

sem Jesus nada há que nos sustém.

         Mas tu vives e chamas, / não nos deixas na aflição.

         Cristo, teu amor revelas

         e nos dás consolação.

 

207.2. Sem Jesus nada mudaria, / sem Jesus nossa culpa ficará.

Sem Jesus não temos futuro.

Sem Jesus — como Deus te aceitará?

 

207.3. Com Jesus tudo tem sentido,

com Jesus há consolo em toda a dor.

De Jesus damos testemunho, / pois nos salva hoje o Redentor.

 

         Estr. final:

         Sim, tu vives e reinas, / não nos deixas na aflição.

         Cristo, teu amor revelas / e nos dás a salvação!

 

                            Texto e mel.: G. Schnitter

 

 

[Mateus 17.14-20]


 

HINO 208

 

Johann Crüger, 1653

Filipenses 4.4; João 15.11

 

 

208.1. Ó minh’alegria,

Salvador e guia,

meu Senhor Jesus!

Teu amor revela!

A minh’alma anela

tua santa luz.

Ó Cordeiro puro e bom,

eis que à tua mão me apego,

só a ti me entrego.

 

208.2. Ruja a tempestade,

cresça a iniqüidade,

Cristo há de vencer.

Reinem ódio e guerra,

estremeça a terra,

nada hei de temer.

Mesmo em infernal terror,

ao sentir-me fraco e pobre,

sua mão me encobre.

 

208.3. Da serpente o engano

e da morte o dano

perdem seu terror.

Não me entrego ao pranto;

jubiloso eu canto

glórias ao Senhor.

O poder de meu Jesus,

sua mão serena e forte

faz calar a morte.

 

208.4. Vá-se prata e ouro!

Pois o meu tesouro

só és tu, Jesus.

Vá-se a honraria!

A minha alegria

é a tua luz.

Desta vida a ânsia e dor

de Jesus jamais me afaste,

nem ao mal me arraste.

 

208.5. Noite do pecado,

trevas do passado,

já não me agradais.

Vozes lisonjeiras,

almas altaneiras,

já não me tentais.

Meu Senhor e Salvador

dos grilhões me tem livrado:

Meu Senhor amado.

 

208.6. Sombras, retirai-vos!

Trevas, afastai-vos!

Eis que nasce o sol

Aos que a Deus se entregam

e a si mesmos negam,

raia o arrebol

Mesmo em aflição e dor,

tu, Jesus, serás meu guia:

A minha alegria.

 

         Johann Franck, 1618-1677


 

HINO 209

 

Folclore alemão, 1820

João 3.16

 

 

209.1. Deus sempre me ama, co’amor me chama,

e assim me inflama do mesmo amor.

         Por isso cantarei o amor divino;

         será meu hino o amor do rei.

 

209.2. Cativo estive e graça obtive

do amor que vive e faz viver.

 

209.3. Enviou seu Filho, prestou-me auxílio,

mostrou-me o trilho que ao céu conduz.

 

209.4. Jesus buscou-me, Jesus salvou-me,

ele aceitou-me com terno amor.

 

         A. Rische, 1819-1906


 

HINO 210

 

A. Drese, 1698

 

 

210.1. Guia-nos, Jesus,

pela tua luz!

Que fiéis a ti sigamos

e que em vero amor sirvamos!

Leva-nos, Senhor,

para o teu fulgor!

 

210.2. Dá na provação

força ao coração!

Que teu fardo carreguemos

e jamais desesperemos!

Mesmo o amargor

leve a ti, Senhor!

 

210.3. Dá-nos tu, Senhor,

graça e paz na dor!

Que em paciência a suportemos

e os aflitos consolemos!

Faze-nos vigiar,

ao teu Reino olhar!

 

210.4. Tu, Senhor, nos dás

vida e plena paz.

Mesmo em árdua e rude via

nos serás pastor e guia.

Faze-nos vencer

pelo teu poder!

 

         Nikolaus Ludwig von Zinzendorf, 1700-1760


 

HINO 211

 

1842

 

 

211.1. Rei soberano sobre o céu e a terra,

vero homem, vero Deus!

A ti eu quero amar, somente a ti honrar,

na vida aqui, nos transes meus.

 

211.2. Matos formosos, prados viçosos

são nosso encanto no verão.

Mais belo é meu Senhor, mais puro o seu amor

que alegra o nosso coração.

 

211.3. O sol dourado, o luar prateado

tem luz pura, celestial.

Mais brilha o meu Jesus, mais pura é sua luz,

a sua graça divinal.

 

211.4. Toda a beleza do céu, da terra

se resume em ti, Jesus!

O mais profundo amor tenho por ti, Senhor,

supremo bem, suprema luz!

 

         Münster, 1677

            Tr. E. Dietschi

 

 

Confiança em Deus

 

 

 

HINO 212

 

Louis Bourgeois, 1547

Mateus 11.28-30

 

 

212.1. Se na maior angústia e cruz / nós não podemos ver a luz,

se não há quem estenda a mão / e dê conforto ao coração,

 

212.2. então chegamos, Deus, Senhor, / a ti, com toda a nossa dor.

De profundeza e escuridão / em ti buscamos redenção.

 

212.3. Pois a palavra de Jesus, / o sangue que verteu na cruz,

concede indulto, remissão / e sempiterna salvação.

 

212.4. Buscamos, pois, refúgio em ti, / na dor que nos aflige aqui.

Em abandono, em aflição, / ampara-nos com tua mão.

 

212.5. Nosso pecado pesa em nós. / Ó Cristo, não nos deixes sós!

Liberta-nos de todo o mal, / por tua graça perenal!

 

212.6. Que assim possamos, com fervor, / graças render a ti, Senhor,

findando a peregrinação / em obediência e submissão.

 

         Paul Eber, 1511-1569


 

HINO 213

 

Salmo 90

 

 

213. Senhor, tu tens sido

o nosso refúgio

de geração em geração.

Antes que os montes nascessem

e se formassem a terra e o mundo,

/: de eternidade a eternidade,

tu és Deus. :/

 

         “Cantarei ao Senhor”

 

 

[Salmo 90.17]


 

HINO 214

 

Georg Neumark, 1641

1 Pedro 5.6-7

 

 

214.1. Quem só em Deus, o Pai, confia / e nele espera sempre fiel,

quem contra o mal com Deus porfia, / resiste à dor, à mais cruel.

Quem sua vida a Deus confiou, / em rocha firme edificou.

 

214.2. Que valem todos os cuidados / e todas as lamentações?

Que dia e noite, inconformados, / choremos nossas aflições?

Se a lamentarmos, nossa dor / somente ficará maior.

 

214.3. Sê conformado, sê paciente / e alegra-te no teu Senhor,

pois sua graça onisciente / conhece bem a tua dor.

Vê muito bem o nosso Deus / tudo o que falta aos filhos seus.

 

214.4. Não penses nunca, na amargura, / que te esqueceu o Pai nos céus,

Nem que o que vive na ventura, / se encontre já nos braços seus.

Muito o porvir há de mudar / e a cada qual seu fim mostrar.

 

214.5. Deus pode, sem dificuldade, / um rico em pobre transformar;

e com igual facilidade / a um pobre grandes posses dar.

O Onipotente tem poder / de os homens humilhar e erguer.

 

214.6. Orando, segue a tua via, / fiel, cumprindo o teu dever;

na bênção celestial confia, / que renovada a possas ter.

Jamais Deus há de abandonar / quem nele crer e confiar.

 

         Georg Neumark, 1621-1681


 

HINO 215

 

Leipzig, 1573

 

 

215.1. Em ti eu esperei, Senhor; / dá que no mundo zombador

fiel eu permaneça. / Senhor e Deus: Nos transes meus

que eu nunca desfaleça!

 

215.2. Vem confortar-me o coração. / Por tua comiseração,

Senhor, vem ter comigo. / Segura-me por tua mão

e dá-me paz e abrigo!

 

215.3. Minha alma a ti quero entregar; / em tua graça me abrigar,

no fim da minha vida! / Meu Redentor, em ânsia e dor

concede-me guarida!

 

215.4. Ao Trino Deus cantai louvor, / por sua graça, seu amor!

Seu nome seja honrado! / O seu poder nos faz vencer

por Cristo, o Filho amado.

 

         Adam Reussner, 1496-1575

 

 

[Salmo 37.5]


 

HINO 216

 

Negro Spiritual

 

 

216.1. Se as águas do mar da vida quiserem te afogar,

segura na mão de Deus e vai!

Se as tristezas desta lida quiserem te sufocar,

segura na mão de Deus e vai!

         Segura na mão de Deus,         segura na mão de Deus,

         pois ela, ela, ela te sustentará.

         Não temas, segue adiante, e não olhes para trás,

         segura na mão de Deus e vai!

 

216.2. Se a jornada é pesada e te cansas da caminhada,

segura na mão de Deus e vai!

Orando, jejuando, confiando e confessando:

Segura na mão de Deus e vai!

 

216.3. O Espírito do Senhor sempre te revestirá;

segura na mão de Deus e vai!

Jesus Cristo prometeu que jamais te deixará:

Segura na mão de Deus e vai!

 

         De “Cantarei ao Senhor”

 

 

[Salmo 66.1-7]


 

HINO 217

 

Bartholomäeus Gesius, 1603

Salmo 37.3-6

 

 

217.1. Confia o teu caminho

a teu fiel Senhor!

Teu coração mesquinho,

com todo o seu temor:

Ao Deus onipotente

entrega-o sem tardar;

teu Criador clemente

não te há de rejeitar!

 

217.2. Em teu Senhor espera,

se queres seu favor;

sua obra considera,

e a tua tem valor!

Angústias desoladas

jamais te salvarão;

alcanças bens sagrados

somente em oração.

 

217.3. E mesmo que o demônio

nos venha a resistir

e com poder medonho

nos queira destruir,

o teu aceno basta

a fim de o subjugar,

e todo o mal afasta

o teu divino olhar.

 

217.4. Deus quer que não pereças

em sofrimento e mal;

fará que lhe agradeças

no Reino celestial.

Ele há de dar-te a glória,

o eterno resplendor;

e cantarás vitória

por seu divino amor!

 

217.5. Amém! Por ti espero,

meu Pai e meu Senhor!

No mal não desespero,

pois tenho o teu amor.

E quando, enfim, na morte

meu trilho terminar,

a ti a minha sorte,

Senhor, hei de entregar!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 218

 

1740

Mateus 8.23-27

 

 

218.1. Deus fará que a tua vida / tome um rumo salutar.

com Jesus não é perdida / qualquer nave em alto mar.

 

218.2. O que em medo e em ânsia pensa / que Jesus dormindo está,

só se entrega a mágoa imensa, / pois sem fé se afundará.

 

218.3. Ó descrente e insensato! / Deus jamais há de dormir.

Reconhece, humilde e grato: / Cristo pode redimir.

 

218.4. Ó, não temas, crê somente, / mesmo em perdição total.

Teu Senhor está presente, / livra-te de todo o mal.

 

218.5. Vacilando em pensamentos, / vem firmar-te em seu poder.

Deixa as mágoas e os tormentos. / Cristo sempre há de vencer.

 

218.6. Segue a fé e a obediência / do teu Salvador Jesus.

Vai, carrega com paciência / o teu fardo, tua cruz.

 

218.7. O que cede, envergonhado, / renegando o seu Senhor,

há de errar, desesperado, / só por trevas e terror.

 

218.8. Mas quem, crente e em humildade, / toma o jugo de Jesus,

na bendita eternidade / viverá em sua luz.

 

         Johann Daniel Herrnschmidt, 1675-1723


 

HINO 219

 

César Malan, 1827

Salmo 33.18-22

 

 

219.1. Ó minh’alma espera em teu Senhor!

Tudo lhe encomenda: é teu Salvador!

Em noite atroz não te deixa a sós!

Segue-lhe confiante, ouve a sua voz!

Nas tempestades, na dor cruel,

há de estar contigo o Deus fiel!

 

219.2. Ó minha alma, espera em teu Senhor!

Tudo lhe encomenda: é teu Salvador!

Se tudo ruir e ânsia te invadir:

Nunca o Deus da graça deixará de agir!

Ó Pai eterno, Deus redentor:

Salva-nos, teus filhos, fiel Senhor!

 

         Friedrich Räder, 1815-1872


 

HINO 220

 

Heinrich Schuetz, 1661

Salmo 119

 

 

220.1. Bendito aquele que anda

em santidade e amor,

que em vera fé demanda

a Deus, seu Redentor,

o que de todo o coração

no Verbo seu confia

e em sua promissão.

 

220.2. As minhas mãos levanto

em gratidão, ó Deus,

a tua glória eu canto;

adoro os juízos teus.

Ó não permitas, bom Senhor,

que eu perca a tua graça —

que negue o teu amor!

 

220.3. De coração me prendo

à tua promissão.

A minha vida eu rendo

a ti, em gratidão.

Se tu me guiares, fiel Senhor,

prossigo o meu caminho,

tranqüilo e sem temor.

 

220.4. Teu Verbo permanece;

o mundo há de passar!

Ninguém jamais perece

que em ti, ó Deus, confiar!

A tua poderosa mão

me guie em segurança

por trevas e aflição!

 

         Cornelius Becker, 1602 (Tr. W.)


 

HINO 221

 

Charles Porday

 

 

221.1. Senhor, porque me guarda a tua mão —

confio em ti.

Porque bem sei que teu querer é bom —

confio em ti.

Tu dás coragem, vences o temor;

louvor a ti, por teu imenso amor!

 

221.2. Senhor, porque tu és meu Salvador —

confio em ti.

Porque por mim passaste tanta dor —

confio em ti.

Da morte me livraste pela cruz;

ó faze-me humilde, meu Jesus!

 

221.3. Porque ao Pai por mim suplicarás —

confio em ti.

Porque com teu poder comigo estás —

confio em ti.

Sendo tentado, olho para ti.

Tu és, Senhor, refúgio meu aqui.

 

221.4. Se bem que meu caminho eu ignorar,

confio em ti.

Porque teus planos vais concretizar,

confio em ti.

Por me guiares, não preciso ver,

nem mesmo sempre tudo entender!

 

         Diaconisas de Aidlingen (Tr. R. B.)


 

HINO 222

 

Johann Georg Ebeling, 1666

Romanos 8.31-39

 

 

222.1. Quem no mundo há de magoar-me? / Cristo é meu, eu sou seu,

quem o há de roubar-me? / Meu Senhor venceu o inferno.

Pela cruz, meu Jesus / deu-me o céu eterno.

 

222.2. Nada eu trouxe para a vida. / Só no amor do Senhor

encontrei guarida. / Alma, vida, corpo e mente:

Nada é meu, quem m’os deu / foi meu Deus clemente.

 

222.3. Tu me dás toda alegria, / meu Senhor, Bom Pastor,

quem ao céu me guia. / Eu sou teu: por mim morreste.

Redentor, por amor / salvação me deste.

 

222.4. Eu sou teu, Senhor clemente, / minha luz és, Jesus!

Peço-te insistente: / Dá que eu seja ao céu erguido

onde, ó Rei, viverei / sempre a ti unido.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 223

 

Século 16

Salmo 73.23-26

 

 

223.1. De Deus não me desvio,

pois ele me aceitou.

No seu poder confio

que sempre me aparou.

Ele me estende a mão.

Velando noite e dia,

com seu amor me guia:

É luz na escuridão.

 

223.2. Se o mundo os seus favores

em ódio converter,

em desespero e dores

Deus há de socorrer.

Liberta-me o Senhor,

clemente e apiedado,

de trevas e pecado,

de morte, inferno e dor.

 

223.3. Em tempo tormentoso

confio no Senhor;

meu Salvador bondoso

transforma toda a dor.

Suceda o que ele quer.

Meu corpo, vida e mente

entrego-lhe contente,

sem nada já temer.

 

223.4. Tudo o que Deus me envia

somente é para o bem:

prazeres, alegria

e provações também.

Tão grande é seu amor

que Deus, comiserado,

à terra tem mandado

seu Filho, o Redentor.

 

         Ludwig Helmbold, 1532-1598


 

HINO 224

 

Melchior Vulpius, 1609

1 Pedro 1.13

 

 

224.1. Conosco seja a graça

de nosso Salvador.

Sem ela a vida passa

em trevas e temor.

 

224.2. A via é árdua e rude;

quem poderá valer?

O teu vigor te ilude;

por graça hás de vencer.

 

224.3. Na graça confiando,

não te arrependerás.

Em noite escura andando,

a luz de Deus verás.

 

224.4. Os nossos pais confiaram

em Cristo e seu amor:

Na graça se abrigaram

em toda a sua dor.

 

224.5. Irmão, também confia

na graça de Jesus.

Da carga te alivia

o que sofreu na cruz.

 

224.6. Ninguém te prejudica,

se amares o Senhor;

pois ele justifica

por graça o pecador.

 

224.7. O sangue do Cordeiro

garante a redenção.

No alento derradeiro

há graça e há perdão.

 

224.8. A nossa vida passa

em trevas e temor.

Somente a tua graça

nos faz vencer, Senhor.

 

         Philipp Friedrich Hiller, 1699-1776


 

HINO 225

 

Mateus 26.36-46

 

 

225.1. Jesus provou Getsêmani em grande solidão.

Quiseram os discípulos ficar em prontidão.

Depois de orar achou-os já dormindo pelo chão.

Jesus provou Getsêmani em grande solidão.

 

225.2. Com Judas foram-no achar em grande solidão.

Quiseram os discípulos frustrar sua prisão.

Um só tentou livrar Jesus até de armada mão.

Tão fácil foi prender Jesus, em grande solidão.

 

225.3. Frente ao juiz e acusador em grande solidão.

Queria Pedro assistir e dar-lhe proteção.

Conheces tu este Jesus? Negou dizendo: Não.

Lutou Jesus com todo o mal em grande solidão.

 

225.4. Provou Jesus em Gólgota nenhuma solidão:

Clamou a Deus em seu penar, clamou em oração.

Ficou com Deus que o amparou em toda provação.

Senhor, na vida e no morrer, ó dá-nos tua mão.

 

         Jaqueline Jurgens


 

HINO 226

 

Wittenberg, 1524

Também pela melodia no. 223

 

 

226.1. Irei por onde Deus quiser.

Meu Pai será meu guia.

Pois ele, haja o que houver,

a senda me alumia.

Sereno eu sigo o meu Senhor,

em alegria, em pranto e dor,

qual filho ao pai amado.

 

226.2. Irei por onde Deus mandar.

Tranqüilo lhe obedeço.

Se bem que a carne se negar,

só um Senhor conheço.

Aceito o que meu Deus quiser;

sem ele nada quero obter,

agora e eternamente.

 

226.3. Irei por onde Deus guiar;

as suas mãos seguro.

Contente e grato quero estar,

o bem e o mal aturo.

E mesmo que não veja a luz,

não solto a mão que me conduz.

Meu Deus não me abandona.

 

226.4. Irei por onde Deus quiser.

Não temo o hostil deserto.

O seu semblante anelo ver,

que agora está coberto.

Deus é fiel, seu plano é bom;

ó irrequieto coração:

Em Deus terás sossego.

 

226.5. Farei o que Deus resolver

em seu amor paterno,

ainda que sem compreender

o seu desígnio eterno.

Meu Deus fará o que convém,

servindo tudo para o bem

dos filhos seus que o amam.

 

         Lambertus Gedicke, 1711


 

HINO 227

 

C. Lahusen

 

 

227.1. Veja a terra, é de Deus,

veja o espaço, veja os céus,

tudo vem de sua mão,

sua é toda a criação.

 

227.2. Só de Deus eu quero ser,

só por seu amor viver,

em seus braços descansar,

minha vida lhe entregar.

 

227.3. Deus me guarda, sem cessar,

dia e noite a vigiar.

Mesmo que eu não o entender,

cumpre o que me convier.

 

227.4. Dia e noite dá-me o pão,

dá socorro na aflição.

Seu perdão e seu amor

seguem-me por onde for.

 

227.5. Deus amado, o teu poder —

não o posso conceber.

O que posso, é confiar,

em teus braços me abrigar.

 

227.6. Se eu viver, comigo estás,

se morrer, faleço em paz.

Seja em vida ou morte, eu sei:

Pai, contigo habitarei.

 

         Arno Poetzsch, 1900-1956 (Tr. W.)


 

HINO 228

 

1505

Salmo 125.1-2

 

 

228.1. Em todo o meu trabalho

da luz de Deus me valho

que aclara o trilho meu.

Só Deus será meu guia,

meu sol, minh’alegria.

confiante eu sigo o Verbo seu.

 

228.2. De dia e noite, a lida

sem Deus está perdida,

o meu cuidado é vão.

Conforme a ele agrada,

dirija a minha estrada

o seu paterno coração.

 

228.3. Somente me acontece

o que ele estabelece,

a fim de me salvar.

Aceito em humildade

sua ordem e vontade,

e quero o que ele me ordenar.

 

228.4. Em seu amor confio,

e assim não me desvio

para o pecado e o mal.

Se às suas ordens sigo,

ele estará comigo,

com seu amparo paternal.

 

228.5. Ao Salvador me apego;

em vida e morte entrego

o meu destino a Deus.

Seja hoje ou no futuro:

Com ele estou seguro;

Deus sabe o fim dos dias meus.

 

228.6. Entrego-te contente

minha alma, corpo e mente,

ó Pai e Criador;

pois mesmo em árdua via

o teu amor me guia

ao Reino teu, ó Salvador.

 

         Paul Fleming, 1609-1640


 

HINO 229

 

Salmo 125

 

 

229. /: Os que confiam no Senhor

são como o monte de Sião. :/

Firmes para sempre permanecem,

firmes para sempre no Senhor.

Firmes para sempre no Evangelho,

firmes para sempre no amor:

Os que confiam no Senhor,

os que confiam no Senhor!

 

/: Os que esperam no Senhor,

suas forças hão de renovar. :/

Sobem como águias para os montes,

correm mesmo sem se fatigar,

engajados pelo evangelho,

querem suas vidas ofertar:

Os que esperam no Senhor,

os que esperam no Senhor!

 

         Oziel Campos de Oliveira

 

 

[Salmo 125]


 

HINO 230

 

Johann Crüger, 1653

 

 

230.1. Só em Deus confia.

Ele te auxilia,

alma, em tua dor.

Coração, jubila,

pois ele aniquila

trevas e temor.

Quero estar com meu Jesus.

Vou à terra prometida,

herdarei a Vida.

 

230.2. Nada mais pretendo.

A Jesus me prendo,

quero estar com Deus.

Nada mais me importa;

Cristo só conforta;

sigo os passos seus.

Ambição, glória e prazer

que ao descrente vão tentando,

já não os demando.

 

230.3. Grato aqui me inclino

ante o amor divino.

Sinto abrigo e paz.

Vida que redime,

salvação sublime

minha fé me traz.

Se me entrego a meu Senhor,

se encomendo a Deus minh’alma,

meu temor se acalma.

 

230.4. A minh’alma entrega

tudo que carrega

só a ti, Jesus.

Forte em esperança,

corajosa avança,

sem temer a cruz,

aguardando o galardão,

a coroa da vitória,

sempiterna glória.

 

230.5. Digo “amém” e canto

o desígnio santo

do meu bom Senhor.

Há refúgio em Cristo.

Pela fé avisto

celestial fulgor.

Finda a luta, finda a dor,

a minh’alma em Deus descansa:

Eis minha esperança!

 

         Johann Kaspar Schade, 1666-1698


 

HINO 231

 

1529

João 10.27-30

 

 

231.1. Nas mãos de meu fiel Senhor

confiante hei de abrigar-me.

Nem terrenal prazer nem dor

de Deus hão de afastar-me.

Se o mundo inteiro desabar,

quem no Senhor só confiar

terá seguro amparo.

 

231.2. Ele é rochedo e protetor,

é Salvador e guia.

Por graça aceita o pecador

que em seu amor confia.

Já que ele fez tal promissão,

assim o crê meu coração,

seguro e em alegria.

 

231.3. Sua palavra é o penhor

por ele assegurado:

Jamais das mãos de meu Senhor

serei arrebatado.

Não falta à sua promissão;

com alegria e gratidão,

meu Deus seja exaltado!

 

         Philipp Spitta, 1801-1859


 

HINO 232

 

Salmo 23.6

 

 

232.1. Bondade e misericórdia / certamente me seguirão.

Bondade e misericórdia / certamente me seguirão

todos os dias da minha vida,

todos os dias da minha vida;

habitarei na casa do Senhor / para todo o sempre. Aleluia!

Bondade e misericórdia / certamente me seguirão.

 

 

[Salmo 23.1-2]

 

 

Graças, Louvor

e Adoração

 

 

 

HINO 233

 

Peter Sohr, 1668

1 Samuel 7.12

 

 

233.1. Até aqui me trouxe Deus; / guiou-me com bondade.

Ele amparou os passos meus / com graça e fieldade.

Até aqui me protegeu, / perdão e paz me concedeu,

conforto e alegria.

 

233.2. Louvor te rendo e gratidão / por tudo que fizeste;

por toda a graça e proteção / que sempre, ó Pai, me deste.

Quero exaltar, meu Salvador, / o teu poder, o teu amor

com que me agraciaste.

 

233.3. Ajuda no porvir, Senhor, / com teu poder me guia;

revela o teu eterno amor / em dor e em alegria.

Confessarei até morrer: / Por Cristo, ó Deus, me hás de valer!

Somente em ti confio!

 

         Ämilie Juliane Schwarburg-Rudolfstadt, 1637-1706


 

HINO 234

 

Karl Schulz, 1860

Salmo 101.6

 

 

234.1. Graças rendei a Deus, o Senhor!

Ele é bondoso,

sua misericórdia não tem fim.

sua bondade é sempiterna.


 

HINO 235

 

Isaías 9.6

 

 

235.1. Seu nome é Maravilhoso, / seu nome é Maravilhoso,

seu nome é Maravilhoso, / Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

 

235.2. Seu nome é Conselheiro, / seu nome é Conselheiro,

seu nome é Conselheiro, / Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

 

235.3. Seu nome é Deus Forte, / seu nome é Deus Forte,

seu nome é Deus forte, / Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

 

235.4. Seu nome é Maravilhoso, / seu nome é Conselheiro,

seu nome é Deus Forte, / Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

 

 

[Salmo 145.1-6]


 

HINO 236

 

1818

 

 

236.1. Sabes quantas estrelinhas

lá no firmamento estão?

Sabes quantas nuvenzinhas

pelo vasto mundo vão?

Deus a todas tem contado,

uma só não lhe há faltado,

nem de tantas uma só,

nem de tantas uma só.

 

236.2. Sabes quantas moscas dançam

pelo luminoso ar?

Quantos peixes não se cansam,

divertindo-se no mar?

Deus a todos está chamando,

doce vida a eles dando,

de alegria e de prazer,

de alegria e de prazer.

 

236.3. Sabes quantas criancinhas,

ao raiar do arrebol,

se levantam contentinhas,

madrugando com o sol?

deus a todas está olhando

e a todas abençoando.

Vê e ama a ti também,

vê e ama a ti também.

 

         Wilhelm Hey, 1789-1854


 

HINO 237

 

J. A. Hultmann

 

 

237.1. Graças dou por esta vida, pelo bem que revelou.

Graças dou pelo futuro e por tudo que passou.

Pelas bênçãos derramadas, pela dor, pela aflição,

pelas graças reveladas, graças dou pelo perdão.

 

237.2. Graças pelo azul celeste e por nuvens que há também,

pelas rosas no caminho e os espinhos que elas têm;

pela escuridão da noite, pela estrela que brilhou,

pela prece respondida e a esperança que falhou.

 

237.3. Pela cruz e sofrimento e pela ressurreição,

pelo amor que sem medida, pela paz no coração;

pela lágrima vertida e o consolo que sem par,

pelo dom da eterna vida sempre graças hei de dar.

 

         Alice Denyszczuk


 

HINO 238

 

Salmo 100

 

 

238.1. Ó terras, todas celebrai!

Com júbilo ao Senhor cantai!

Apresentai-vos com louvor,

servi-lhe em alegria e amor!

 

238.2. Lembrai-vos: O Senhor é Deus!

Seu nome adoram terra e céus.

Não és teu próprio criador,

pois tudo deves ao Senhor.

 

238.3. Seu povo somos, sua grei.

Deus, por seu Verbo, sua Lei,

nos pastoreia sem cessar;

jamais nos há de abandonar.

 

238.4. Por suas portas, vinde, entrai;

ações de graça lhe ofertai!

Entrai com salmos de louvor

no templo santo do Senhor!

 

238.5. De geração em geração

perdura sua compaixão.

Seu santo nome bendizei;

a vida em graças lhe rendei!

 

         Tr. W.

 

 

[Salmo 84.10-12]


 

HINO 239

 

 

239.1. /: Damos graças ao Senhor, damos graças,

graças pelo seu amor. :/

De manhã cedo os passarinhos

estão cantando, louvando o Criador,

e tu, amigo, por que não cantas,

louvando a Cristo Jesus, o Salvador?

 

         De “Cantarei ao Senhor”


 

HINO 240

 

Genebra, 1543

Filipenses 1.6

 

 

240.1. Louvor cantai de coração / ao Deus benigno e santo,

que por paterna compaixão, / pôs fim ao nosso pranto.

Ao Deus que em ânsias e temor, / nos confortou com seu amor:

A nosso Deus dai glória!

 

240.2. As obras que Deus iniciou, / por Deus serão findadas:

Primícias suas nos criou, / ao Reino destinadas.

Não deixará de consumar / a promissão de nos salvar.

A nosso Deus dai glória!

 

240.3. Clamei a Deus em minha dor: / Senhor, ó auxilia!

E em meio às trevas, meu Senhor / mostrou-me um novo dia.

Agora eu quero só viver, / sua bondade a agradecer.

A nosso Deus dai glória!

 

240.4. Jamais Deus há de retirar / do mundo a sua graça.

A promissão há de durar, / enquanto tudo passa.

Nada há de separar a Deus / dos bem-amados filhos seus!

A nosso Deus dai glória!

 

240.5. Em gratidão, ó Deus, Senhor, / te entrego a minha vida:

Que seja um hino de louvor, / que seja a ti rendida!

O coração põe-se a cantar, / o corpo e a mente a jubilar:

A nosso Deus dai glória!

 

240.6. Vós, que por Cristo vos chamais, / a nosso Deus dai glória!

Vós, que seu nome confessais, / a nosso Deus dai glória!

Os falsos deuses rejeitai, / ao vero Deus vos apegai!

A nosso Deus dai glória!

 

         Johann Jakob Schütz, 1673 (Tr. W.)

 

 

[Filipenses 1.3-11]


 

HINO 241

 

1532

Salmo 28.6-9

 

 

241.1. Com gratidão ao nosso Deus

dai glórias e louvor.

O povo santo em terra e céus

exalte-o com fervor.

 

241.2. Vinde, alegrai-vos e cantai

ao nosso Criador;

os seus milagres exaltai,

o seu paterno amor!

 

241.3. Louvai a Deus que nos guiou

em dor e provação;

desde nascermos, nos guardou

a sua proteção.

 

241.4. Bondoso, dá-nos seu perdão,

absolve-nos do mal.

Apaga a nossa transgressão

com graça paternal.

 

241.5. Alegre e grato coração

nos queiras sempre dar;

tristeza, angústia e aflição

lança ao profundo mar!

 

241.6. Concede tua santa paz

e bênção à nação;

pois, quando, ó Pai, conosco estás,

vivemos em união.

 

241.7. E, quando pára o coração,

aceita-nos, ó Deus.

Dá-nos a eterna salvação

no resplendor dos céus!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676

 

 

[Salmo 28.8]


 

HINO 242

 

Johann Crüger, 1647

 

 

242.1. Dai graças ao Senhor,

louvai seu nome santo.

A Deus, o criador,

erguei o vosso canto,

porque jamais cessou

de nos abençoar,

e nunca abandonou

seus filhos no pesar.

 

242.2. O eterno e santo Deus,

de Espírito clemente,

conceda aos filhos seus

um coração contente.

Que em graça, paz e amor

nos queira conservar,

e em luta, angústia e dor

nos venha confortar.

 

242.3. Louvor e adoração

ao Trino Deus rendamos!

De nosso coração

um templo seu façamos!

Eterno é seu poder,

potente é sua mão.

Ele é e há de ser

o nosso galardão.

 

         Martin Rinckart, 1586-1649

 

 

[Salmo 107.1]


 

HINO 243

 

Viena, 1774

 

 

243.1. Ó Senhor dos altos céus, / tua força enaltecemos;

com a terra e os anjos teus / graças e louvor rendemos.

Pai eterno, Deus da paz, / para sempre reinarás.

 

243.2 Compadece-te de nós, / bênção sobre nós derrama!

Faze ouvir-nos tua voz / que com terno amor nos chama!

Esperamos só em ti, / não nos deixes sós aqui!

 

243.3. Todos, todos dão louvor; / toda a multidão dos anjos

serve a ti, a ti, Senhor, / rejubilam os arcanjos!

A teu nome, que é sem par, / sempre havemos de louvar.

 

         Ignaz Franz, 1719-1790 (Te Deum laudamus)

 

 

[Êxodo 15.2a]


 

HINO 244

 

Johann Schop, 1641

Romanos 11.33-36

 

 

244.1. Cantarei ao Pai amado,

louvarei meu Redentor.

Pelo amor que me tem dado

enalteço-o com fervor.

Deus jamais deixou de amar-me;

seu paterno coração

se moveu em compaixão:

Seu intento foi salvar-me.

Terra e céu hão de passar —

sempre Deus nos há de amar!

 

244.2. Compassiva e poderosa,

me cobriu a sua mão,

quando em ânsia pesarosa,

vi-me entregue à perdição.

Antes já que eu fosse criado

e que viesse a existir,

resolveu de conduzir

minha vida a seu agrado.

Terra e céu hão de passar —

sempre Deus nos há de amar!

 

244.3. O seu Filho bem amado

entregou em meu favor,

resgatando o condenado

do juízo aterrador.

Ó abismo inescrutável

de divina compaixão:

Ó milagre do perdão,

glorioso e insondável!

Terra e céu hão de passar —

sempre Deus nos há de amar!

 

244.4. Seu Espírito potente

Deus nos dá no Verbo seu

para que seu povo alente

com vigor, com paz no céu;

para que nossa alma inunde

com a fulgurante luz

da palavra de Jesus

e que a graça em nós abunde.

Terra e céu hão de passar —

sempre Deus nos há de amar!

 

244.5 Como um pai ao próprio filho

nunca fecha o coração,

mesmo que ande em falso trilho

e se entregue à perdição:

Bem assim, meu Pai Celeste

minhas faltas perdoou,

em seus braços me abrigou

e com graça me reveste.

Terra e céu hão de passar —

sempre Deus nos há de amar!

 

244.6. Teu amor infindo e santo

ultrapassa o juízo meu!

Eis por que as mãos levanto,

Deus, a ti, qual filho teu:

Tua graça queiras dar-me,

confortando o coração

em bendita comunhão;

dia e noite queiras guiar-me!

Entre os salvos, no fulgor,

cantarei o teu amor!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1667 ( Tr. W.)


 

HINO 245

 

Hans Georg Naegeli, 1815

 

 

245.1. Louvor cantai, vós juvenis cantores,

ao Criador, que quer nossos louvores!

Louvor cantai, louvor cantai!

 

245.2. Ao Salvador se eleve o nosso hino!

O canto alcance o coração divino!

Louvor cantai, louvor cantai!

 

245.3. Com gratidão, felizes exultamos.

Cantando, ao trono seu nos elevamos

para adorar, para adorar.

 

245.4. É pouco só, ó Deus, que oferecemos;

mas tu, Senhor, bem sabes que rendemos

a vida a ti, a vida a ti.

 

245.5. O tempo vem — que, em coro glorioso,

te louvaremos, ó nosso Pai bondoso,

no Reino teu, no Reino teu!

 

         Georg Gessner, 1765-1843

 

 

[1 Pedro 5.5-7]


 

HINO 246

 

Stralsund, 1665

 

 

246.1. Alma, bendize o Senhor poderoso da glória;

guarda as mil bênçãos e graças em tua memória!

Vinde, acordai! / Harpa e saltério, cantai

hinos de graça e vitória!

 

246.2. Alma, bendize o Senhor, que, supremo, governa;

que em asas fortes te leva, qual águia eterna;

que te guardou / como a ti mesmo agradou,

com mão bondosa, paterna.

 

246.3. Alma, bendize o Senhor, que te deu existência;

vida e saúde conserva, por sua clemência.

De quanta dor / ele, teu Pai e Senhor,

livra-te em mal e carência!

 

246.4. Alma, bendize o Senhor, do qual tens recebido

graças e bênçãos do céu, por amor desmedido.

Deves lembrar / o que o Senhor pode dar

e o que te foi concedido.

 

246.5. Alma, bendize o Senhor pelo amor infinito!

Por todo o povo fiel ele seja bendito!

É tua luz. / Mesmo nas trevas da cruz

graça concede ao aflito.

 

         Joachim Neander, 1650-1680


 

HINO 247

 

Nikolaus Selnecker, 1587

 

 

247.1. Glória e louvor cantemos!

Em júbilo exaltemos

o nosso Deus bondoso

benigno e piedoso!

 

247.2. Com fé lhe agradeçamos,

a vida lhe rendamos,

pois tudo que nós temos

ao santo Deus devemos.

 

247.3 Ao corpo dá sustento,

à alma, novo alento,

ainda que o pecado

a tenha perturbado.

 

247.4. Seu Verbo e sacramentos

protegem nos tormentos;

indicam-nos a via,

confortam na agonia.

 

247.5. Um médico dá vida

à geração perdida:

O Cristo, à cruz pregado,

nos livra do pecado.

 

         Ludwig Helmbold, 1532-1598

 

 

[Tiago 1.17-18]


 

HINO 248

 

Hebreus 13.8

 

 

248.1. Ontem, hoje e para sempre / Cristo é meu Senhor.

Tudo muda, Cristo nunca: / Glória ao Salvador!

Glória ao Salvador, glória ao Salvador!

Tudo muda, Cristo nunca: / Glória ao Salvador!


 

HINO 249

 

 

249.1. Graças, Senhor, eu rendo muitas / graças por este novo dia.

Graças, Senhor a ti eu devo toda a alegria.

 

249.2. Graças por todos os amigos, / graças, Senhor, pelo meu lar,

graças que até ao inimigo eu posso perdoar.

 

249.3. Graças por todo o meu trabalho, / graças pela felicidade,

graças por minha vida toda e por tua verdade.

 

249.4. Graças pela palavra, muitas / graças por tua voz, Senhor,

graças por nunca nos negares teu divino amor.

 

249.5. Graças que tu não tens limites, / graças, ó Deus, que eu posso crer,

graças! Eu te agradeço por poder agradecer.

 

         Letra e música: Martin G. Schneider, * 1930

 

 

[Colossenses 3.16-17]


 

HINO 250

 

M. A. von Loewenstern, 1644

 

 

250.1. Louvai cantando / a compaixão de Deus,

hinos entoando, / vós, que sois filhos seus!

Deus com amor vos tem chamado. / Por sua graça seja exaltado,

por sua graça seja exaltado.

 

250.2. Deus rege o mundo; / potente é sua mão.

Temor profundo / permeia a criação.

Os anjos seu louvor entoam; / hinos de glória nos céus ressoam,

hinos de glória nos céus ressoam.

 

250.3. Vinde, descrentes, / deixai de vos magoar;

vinde contentes: / Deus quer vos aceitar!

Seu evangelho nos foi dado: / Cristo liberta-nos do pecado,

Cristo liberta-nos do pecado.

 

250.4. Deus alimenta / todos por seu favor

e nos sustenta / com paternal amor.

A nossa culpa nos perdoa / e nos protege, nos abençoa,

e nos protege, nos abençoa.

 

250.5. Glória cantemos / a Deus, em gratidão!

Vinde, exaltemos / a sua compaixão!

A nossa vida lhe rendamos; / com alegria ao Senhor sirvamos,

com alegria ao Senhor sirvamos!

 

         Matthäus Apelles von Löwenstern, 1594-1648


 

HINO 251

 

 

251.1. Eu canto quando bem quiser, / ninguém vai proibir.

Que venha mesmo o que vier, / com canto vou servir!

Eu canto, eu canto, / eu canto o teu louvor.

Eu canto, eu canto a ti, Senhor!

 

251.2. Mil alegrias deste a mim, / em tua criação.

O universo, que sem fim, / surgiu por tua mão.

Eu canto, eu canto, / eu canto o teu louvor.

Eu canto, eu canto a ti, Senhor!

 

251.3. Criaste a mim e a todos nós, / em teu paterno amor.

Louvamos-te com gratidão, / Senhor e Salvador.

Eu canto, eu canto, / eu canto o teu louvor.

Eu canto, eu canto a ti, Senhor!

 

         Adaptado por Frank Graf


 

HINO 252

 

Século 15

Salmo 103

 

 

252.1. A Deus rendei louvores

e ao nome seu, exaltação;

que aumenta os seus favores,

jamais o esqueças, coração!

Perdoa o teu pecado

e cura a tua dor.

Por Deus és procurado

com paternal amor;

por ele és confortado

com bênçãos, com vigor.

No Reino seu, sagrado,

dos seus é protetor.

 

252.2. Deus nos tem revelado

a glória e o juízo seu;

também nos tem mostrado

que do homem se compadeceu.

Sua ira Deus olvida;

não pune o pecador;

a graça é concedida

aos que lhe têm amor.

O excelso Deus clemente

de nós afasta o mal;

concede ao penitente

a bênção paternal.

 

252.3. Tal qual se compadece

um pai dos filhos, com amor,

também Deus não esquece

os pobres que lhe têm temor.

Conhece a humanidade

e sabe: somos pó;

qual flor que, na verdade,

floresce um dia só;

soprando um pouco o vento,

fenece e morre; assim

vivemos um momento,

e perto está o fim.

 

252.4. firme em eternidade

o amor Deus se manterá

com a comunidade

que em seu temor, fiel, está.

Deus o Senhor governa

no Reino celestial.

A sua graça eterna

nos guardará do mal.

Ao Deus onipotente

os anjos dêem louvor;

também minha alma aumente

a glória do Senhor!

 

         Johann Gramann, 1487-1541

 

 

[Salmo 103.1-5]


 

HINO 253

 

 

253.1. Glorificado seja teu nome,

glorificado seja teu nome!

Aleluia, aleluia,

aleluia! Glória a Jesus!

 

         Bernhard Sydow


 

HINO 254

 

Melodia sueca

Salmo 8

 

 

254.1. Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,

contemplo a tua imensa criação,

a terra e o mar e o céu todo estrelado

me vêm falar da tua perfeição:

         Então minh’alma canta a ti, Senhor:

         “Grandioso és tu, grandioso és tu.”

         Então minh’alma canta a ti, Senhor:

         “Grandioso és tu, grandioso és tu!”

 

254.2. E quando penso quanto Deus me ama —

que em meu lugar na cruz Jesus sofreu,

a gratidão meu coração inflama,

pois foi por mim que ele padeceu.

 

254.3. Tua palavra veio revelar-me

o eterno alvo que devo alcançar.

Com tantas bênçãos vens presentear-me:

Eternamente hei de te louvar!

 

         Carl Boberg, 1896

            Trad. Manoel da Silveira Porto Filho


 

HINO 255

 

Franz Schubert, 1797-1828

 

 

255.1. Santo, santo, santo — santo é o Senhor!

Santo, santo, santo, digno de louvor.

Deus, que é sem início, sempre existiu,

é eterno e reina. Todo o mundo é seu.

 

255.2. Terra e céu proclamam seu eterno amor:

Santo, santo, santo, santo é o Senhor.

 

 

[Apocalipse 4.11]


 

HINO 256

 

Reynoldo e Marlise Frenzel, 1971

 

 

256.1. Louvado sejas Pai e Deus, por todo o teu amor,

por tuas bênçãos e proteção, louvado sejas, Pai!

Louvado sejas, Pai e Deus!

Louvado sejas Pai e Deus, por todo o teu amor,

por tuas bênçãos e proteção, louvado sejas, Pai!

 

256.2. Louvado sejas, Pai e Deus, por todo o teu poder!

Por tua graça e teu perdão, louvado sejas, Pai!

Louvado sejas, Pai e Deus!

Louvado sejas, Pai e Deus, por todo o teu poder,

por tua graça e teu perdão, louvado sejas, Pai!


 

HINO 257

 

Johann Georg Ebeling, 1666

Salmo 146

 

 

257.1. Minh’alma entoa um hino

de exaltação a Deus

que, em seu poder divino,

governa terra e céus.

Humilde eu enalteço

o meu fiel Senhor;

seu nome eu engrandeço,

cantando o seu louvor.

 

257.2. Bendito o que se guia

por Deus, seu Salvador!

Quem nele só confia,

em comunhão e amor:

Adquire o bem precioso,

tesouro singular;

seu coração, radioso,

jamais se há de turbar.

 

257.3. De mil maneiras pode

da morte nos salvar.

sustenta-nos, acode,

se fome se alastrar.

Com pouco, dá fartura

e traz satisfação,

tirando da amargura

quem sofre na prisão.

 

257.4. Os cegos ilumina

com fé e resplendor.

A sua paz divina

expulsa o amargor.

Enfermos e abatidos,

em medo e solidão,

verão, agradecidos,

que Deus é justo e bom.

 

257.5. Sou por demais pequeno

para entoar louvor;

Deus é o Rei supremo,

eu uma murcha flor.

Porque sou pertencente

ao povo do Senhor,

é justo que eu aumente

no mundo o Seu louvor.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 258

 

Melchior Vulpius, 1609

Salmo 96

 

 

258.1. Louvai a Deus de coração!

Louvai seu nome santo!

Povos da terra, em gratidão

rendei-lhe o vosso canto!

A todos vós Deus libertou,

da perdição vos resgatou

por se dileto Filho.

 

258.2. Misericórdia e compaixão

Deus fez pregar aos povos.

Os que salvou da escuridão

lhe entoam hinos novos.

Deus é fiel. O seu amor

há de brilhar, em resplendor,

por toda a eternidade.

 

         Joachim Sartorius, 1591 (Tr. W.)


 

HINO 259

 

Genebra, 1551

 

 

259. Bendito seja o Deus do amor!

Os povos cantem seu louvor!

Celestes hostes, jubilai:

Pai, Filho e Espírito adorai!

 

         Thomasken, 1637-1711


 

HINO 260

 

Folclore brasileiro

Salmo 98

 

 

260.1. Cantai ao Senhor um cântico novo, (3x)

cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

 

260.2. Porque ele fez, ele faz maravilhas, (3x)

cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

 

260.3. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome, (3x)

cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

 

260.4. É ele quem dá o Espírito Santo, (3x)

cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

 

260.5. Jesus é o Senhor! Amém, aleluia! (3x)

Cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

 

 

[Salmo 98.1-3]


 

HINO 261

 

Johann Balthasar König, 1738

 

 

261.1. Ó que mil línguas eu tivesse / e bocas mil para cantar;

que Deus alento e dom me desse, / não cessaria de exaltar

em hinos o seu grande amor / e o que me fez o bom Senhor!

 

261.2. Ó, que esta minha voz soasse / até o sol com seu fulgor;

e que meu sangue jubilasse, / enquanto sinto seu ardor;

que fosse o alento gratidão / e cada pulso uma canção!

 

261.3. Quem bênçãos sobre mim derrama? / Só tu, Senhor, benigno Deus!

És tu, meu Pai, que tanto me ama, / guardando-me nos transes meus!

Suportas minha transgressão; / paciente, dás-me teu perdão.

 

261.4. Senti em toda a minha vida / quão milagroso é teu guiar.

Sim, mesmo sendo adversa a lida, / sempre me guias, sem errar;

pois na maior tribulação, / Senhor, me dás consolação.

 

261.5. Como não hei de, jubiloso, / cantar o teu divino amor?

Por que no mundo tenebroso / eu temeria morte e dor?

Se vier o céu a desabar, / nem mesmo então triste hei de estar.

 

261.6. Quero exaltar tua bondade, / enquanto a língua se mover,

louvando a tua caridade, / enquanto o coração bater;

sim, quando a boca se calar, / hei de exaltar-te, a suspirar.

 

261.7. Aceita com benignidade / meu hino humilde, ó Pai e Deus;

concede-me por piedade / que, junto com os anjos teus,

no céu eu possa a ti cantar / mil aleluias sem cessar.

 

         Johann Mentzer, 1658-1734

 

 

[Salmo 111]


 

HINO 262

 

Giovanni Gastoldi, 1591

 

 

262.1. Ó alegria, / vem, alumia

treva e mal com tua luz! / Mesmo que aflitos,

somos benditos, / só por sermos teus, Jesus!

A nossa vida / foi redimida:

Se a ti olhamos, / a salvo estamos

da própria morte. / Aleluia!

Em ti confiamos; / refúgio achamos

em tua graça / que nos enlaça

agora e sempre. / Aleluia!

 

262.2. Contigo estamos, / não receamos

mundo, inferno, morte ou mal. / Tu os venceste,

na cruz morreste: / Teu amor é perenal.

Assim te honramos; / glorificamos

teu nome santo / com nosso canto,

em alegria. / Aleluia!

vida gloriosa / e jubilosa,

ó Deus clemente, / onipotente,

em ti teremos. / Aleluia!

 

         Johann Lindermann, 1598 (Tr. W.)

 

 

[Romanos 8.31-39]


 

HINO 263

 

Melodia brasileira

Salmo 34

 

 

263.1. Bendirei ao Senhor em todo o tempo

e em meus lábios seu louvor sempre estará.

A minh’alma no Senhor se gloriará,

ouvirão os mansos e se alegrarão.

Engrandecei o Senhor comigo

e exaltemos à uma o seu nome!

Busquei o Senhor que me escutou

e de todos os temores me livrou.

 

 

[Salmo 34.1-10]


 

HINO 264

 

Filipenses 2.9-11

 

 

264. Nome sobre todo o nome é o nome do meu Cristo.

Diante de tão grande nome / todos se prostrarão.

Todas as forças da escuridão, / todas as forças do mundo vil,

todos os céus e as hostes de Deus: / todos se prostrarão.

Nossos olhos te contemplam, / nosso coração te adora,

nossa língua já proclama: / Jesus Cristo é o Senhor!

 

         M. A. Baughen

 

 

[Salmo 8.1-9]

 

 

Manhã

 

 

 

HINO 265

 

Melchior Vulpius, 1609

 

 

265.1. Nasceu o sol a fulgurar, / alegre é nosso despertar;

a Deus louvamos, que afastou / o mal de nós e nos guardou.

 

265.2. Durante o dia, ó bom Senhor, / nos acompanhe o teu amor!

Teus anjos queiram nos guiar, / em teus caminhos nos guardar!

 

265.3. Ó enche o nosso coração / com alegria e gratidão!

que em todo o nosso proceder / possamos pela fé vencer!

 

265.4. Feliz sucesso dá, Senhor, / a cada qual em seu labor!

Que nosso agir e planejar / a ti, ó Deus, venha exaltar!

 

         Nikolaus Hermann, 1480-1561


 

HINO 266

 

Século 19

 

 

266.1. O dia nasce, jubiloso,

o sol desponta com fulgor.

Graças te dou, ó Deus bondoso,

minh’alma canta o teu louvor.

Senhor, a noite me angustiou —

agora o dia triunfou —

agora o dia triunfou.

 

266.2. Com teu poder tu expulsaste

da longa noite a escuridão.

Dos seus temores libertaste

este mesquinho coração:

o coração que em seu torpor

não creu em tua luz, Senhor —

não creu em tua luz, Senhor.

 

266.3. Ó não permitas, Pai amado,

que para as trevas volte o olhar!

Só pela tua luz guiado,

o meu caminho quero andar.

Segue a meu lado, meu irmão!

A luz venceu a escuridão —

a luz venceu a escuridão!

 

         Lindolfo Weingärtner, 1974


 

HINO 267

 

1580

 

 

267.1. Ao acordar-me, Deus, Senhor, / alegre te agradeço.

Escuta, ó Deus, o meu louvor / que grato te ofereço.

 

267.2. Dormi tranqüilo, sem temor, / foi doce meu repouso;

quem é que foi meu protetor, / meu guarda poderoso?

 

267.3. Quem me abrigou na escuridão, / salvando do perigo?

Quem fortalece o coração, / quem sempre é meu amigo?

 

267.4. És tu, bondoso Criador! / A ti entrego a vida

que tu me deste em teu amor: / Que seja a ti rendida!

 

267.5. Louvado seja o teu poder! / É tua caridade

que novamente eu possa ver / do dia a claridade.

 

267.6. Ó vem, Senhor, me abençoar; / ampara-me na lida!

que sempre possa te agradar / em toda a minha vida!

 

267.7. A ti me entrego, meu Senhor; / minha alma em ti confia.

Ó guia-me, por teu amor, / meu Deus, em noite e dia!

 

267.8. Que eu possa ser um servo bom, / piedoso e obediente,

que em fieldade e gratidão / te sirva, alegre e crente!

 

         Christian Fürchtegott Gellert, 1715-1769

 

 

[Salmo 19.1-6,14]


 

HINO 268

 

1598

 

 

268.1. Ao despertar o dia,

eu venho a ti, Senhor,

louvando em alegria

o teu paterno amor.

Ó santo e eterno Deus,

que por teu Filho amado

a graça nos tens dado,

aceita aos hinos meus!

 

268.2. Guardaste a minha vida

na noite que passou.

O sono, após a lida,

minha alma confortou.

Nem aflição, nem dor,

desgraça ou acidente

tocou-me corpo e mente:

Proclamo-o com louvor!

 

268.3. Na lida deste dia,

em luta e tentação,

Senhor, meus passos guia,

conforta o coração:

Se em repentina dor

e em ânsias estremece,

então o fortalece

com teu poder, Senhor!

 

268.4. Entrego a teus cuidados

os bem-amados meus:

Que sigam, confiados,

o seu caminho, ó Deus!

que venhas a guiar,

por tuas mãos clementes,

amigos e parentes —

que guardes nosso lar!

 

268.5. Em todos os eventos

entrego a vida a Deus.

Em bons e maus momentos

aceito os juízos seus.

Deus queira conduzir

do dia os afazeres:

Que eu possa os meus deveres

em vera fé cumprir!

 

268.6. Jamais de sua graça

eu quero duvidar.

Enquanto tudo passa,

a graça há de ficar.

confiante ponho a mão

nas obras deste dia:

Servir com alegria —

eis minha profissão!

 

         Georg Niege, 1525-1588 (Tr. W.)

 

 

[Salmo 92.1-8]


 

HINO 269

 

1970

 

 

269.1. Nasce o dia, fulguroso. / eis o mundo, jubiloso,

acordando em luz e cores, / a cantar os teus louvores!

 

269.2. Só o homem, que criaste, / que com bênção cumulaste,

que coroaste de alegria — / ele não te louvaria?

 

269.3. Confiante, ao acordar-me, / a meu Deus quero entregar-me.

Tu, que és luz e sol do dia, / hoje a minha vida guia!

 

269.4. Sei que, enquanto eu descansava, / outro, em dor, agonizava.

Nova vida, ó Deus, me deste: / Sê louvado, Pai Celeste!

 

         Karpinski, 1741-1825 (Tr. W.)


 

HINO 270

 

Eslováquia, 1655

 

 

270.1. Senhor, rendemos gratidão / porque venceste a escuridão.

Protege-nos, ó Criador, / por tua graça, teu amor!

 

270.2. Senhor Jesus, nos queiras dar / o que ao teu povo é salutar,

e assim nos faze proceder / que em nós te possas comprazer!

 

270.3. Espírito, Consolação, / ampara-nos na tentação;

conforta a quem padece aqui, / no fim, eleva-nos a ti!

 

         Jiri Zaboinik, 1608-1672

            Tr. S. Dietschi

 

 

[Salmo 5.1-4,11-12]


 

HINO 271

 

Johann Georg Ebeling, 1666

 

 

271.1. O sol fulgente, resplandecente,

com luz brilhante e confortante

nos revigora, nos dá seu calor.

Bem descansado, feliz e confiado,

eu me levanto, com júbilo canto,

rendendo a Deus gratidão e louvor.

 

271.2. A Deus cantemos e lhe entreguemos

bens e presentes, corpos e mentes

ofereçamos a nosso Senhor.

O que lhe agrada é alma confiada

que, jubilosa, com fé fervorosa,

lhe rende eterno, agradável louvor.

 

271.3. De noite e dia, o Pai nos guia;

bênçãos aumenta, mal afugenta,

do desespero ao louvor nos conduz.

Quando dormimos, conosco o sentimos;

quando acordamos, felizes miramos

de sua graça a benéfica luz.

 

271.4. Todo o tormento e sofrimento,

toda a desgraça da terra passa;

de tudo livra-nos o seu amor.

Plena alegria, perfeita harmonia,

isso me aguarda na eterna morada,

quando eu chegar ao celeste fulgor.

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676

 

 

[Apocalipse 22.12-16]


 

HINO 272

 

Heinrich Albert, 1642

 

 

272.1. Criador onipotente,

ó eterno e trino Deus,

pelo teu poder ingente

tu governas terra e céus.

Toda imensa criação

obedece à tua mão.

 

272.2. Deus, eu rendo-te louvores

pois na noite que passou,

das angústias e das dores

teu amor me libertou,

e Satã com seu poder

não me conseguiu vencer.

 

272.3. Dá que a noite do pecado

se dissipe com a luz;

que eu não seja condenado,

mas que viva em ti, Jesus.

Salva-me da perdição

e concede-me perdão.

 

272.4. Guia-me hoje, ó Deus bondoso,

pelos mandamentos teus.

Enche a alma com teu gozo,

limpa os pensamentos meus.

Tu somente, fiel Senhor,

és o vero Redentor.

 

272.5. Corpo e alma a ti entrego,

mente, espírito, razão.

Deus, à tua mão me apego:

Livra-me da tentação.

Guia-me por teu amor,

meu Senhor e Salvador!

 

         Heinrich Albert, 1604-1651


 

HINO 273

 

Johann Walter, 1537

Romanos 13.11-14

 

 

273.1. O dia nasce com fulgor; / com ele a graça do Senhor

renasce em brilho celestial, / pois seu amor é sempre igual.

 

273.2. Ó bela estrela, a fulgurar, / teu brilho venha a confortar

os que em tristeza e solidão / tateiam pela escuridão!

 

273.3. Expulsa, ó luz, a noite e o mal! / Desponta em brilho divinal!

De vida vergonhosa e má / o teu fulgor nos salvará.

 

273.4. Em plena luz nos faze andar! / Ninguém nos possa separar

de tua graça, ó Deus do amor! / Bendito sejas, Salvador!

 

         Johann Zwick, 1496-1542 (Tr. W.)

 

 

[Romanos 13.11-12]


 

HINO 274

 

Johann Crüger, 1653

 

 

274.1. Louvor rendamos, / nós, que a Deus honramos!

Em alegria ao nome seu cantemos;

graças e glória ao seu altar levemos: / Glória cantemos!

 

274.2. À nossa vida / paternal guarida,

amparo e proteção, ó Pai, nos deste.

Todos da treva à luz voltar fizeste: / Glória cantemos!

 

274.3. Que respiramos, / com saúde estamos,

que nossos lábios, mãos e pés movemos,

à tua bênção nós o agradecemos: / Glória cantemos!

 

274.4. Senhor bondoso, / guarda poderoso,

ampara a nossa vida eternamente,

por tua graça e teu poder clemente: / Glória cantemos!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676


 

HINO 275

 

Frank Graf, 1978

 

 

275.1. O dia nasce em esplendor, / rebrilha o arrebol.

Ó Deus, em trevas e temor / faze apontar teu sol:

Pois Cristo, que verdade e luz, / o mundo iluminou;

a tua graça, por Jesus, / na terra se encarnou.

 

275.2. O todo-poderoso Deus / ao mundo se inclinou:

Não só chamou amigos seus; / a todos convidou!

Seu grande amor Deus quer mostrar, / o seu perdão nos traz.

As lágrimas há de secar / o Príncipe da Paz.

 

275.3. O eterno e onipotente Deus, / o Deus de paz e amor,

benigno, estende os braços seus / ao mundo pecador.

Deus trouxe plena redenção: / Dai glória, a exultar!

Servi a ele em gratidão, / seu nome a adorar!

 

         Eisaburo Kioka, 1929 (Tr. W.)


 

HINO 276

 

Johann Rudolf Ahle, 1625-1673

 

 

276.1. Linda aurora, luz sem par,

resplendor de eternidade,

venha nos iluminar

tua excelsa claridade!

Vence em nós com teu vigor

treva e dor!

 

276.2. Faze sobre nós descer

o fulgor de tua graça,

que possamos reviver

e que a fé em nós renasça:

sem cessar!

 

276.3. Vem, infunde o teu ardor

em nossa obra inanimada!

Só por teu sagrado ardor

nossa vida é renovada.

Faze-nos em ti viver,

ao morrer.

 

276.4. Brilha-nos à vida além,

graça e luz transfigurada;

no caminho nos mantém

para a celestial morada,

para a tua excelsa luz,

ó Jesus!

 

         Christian Knorr von Rosenroth, 1636-1689

            Tr. S. Dietschi

 

 

[Apocalipse 22.5]


 

HINO 277

 

Nikolaus Selnecker, 1587

 

 

277.1. Minh’alma, acorda e canta! / Em júbilo levanta

a voz ao Deus bondoso, / eterno e poderoso!

 

277.2. Recebe, ó Deus, propenso, / de minha prece o incenso,

a oferta, ó Pai bondoso, / do canto jubiloso!

 

277.3. Tua obra em mim termina! / Em fé viver me ensina!

A tua mão me alente, / na escuridão me oriente!

 

277.4. Dirige os meus intentos! / Em todos os eventos

do dia que se passa / me guie a tua graça!

 

277.5. A bênção me concede, / desgraça e mal impede,

teu braço me sustente, / teu Verbo me alimente!

 

         Paul Gerhardt, 1607-1676 (Tr. W.)

 

 

Noite

 

 

 

HINO 278

 

1573

 

 

278.1. Supremo adorno és tu, Jesus, / sublime jóia, excelsa luz —

tu és, Senhor, meu guia. / E sempre, ó Deus,

nos transes meus, / minh’alma em ti confia.

 

278.2. Jesus, eterno é teu amor, / e para sempre és meu Senhor;

em gratidão o digo. / Em morte e dor,

angústia e horror, / tu és o meu abrigo.

 

278.3. Verdade eterna é o Verbo teu; / mantém o que me prometeu,

em minha vida e morte. / Agora és meu,

Senhor, sou teu, / ó meu amparo forte!

 

278.4. Senhor, o dia declinou. / Em tuas mãos seguro estou;

a noite vem caindo. / Só tu, Jesus,

és minha luz, / em teu amor infindo.

 

         Leipzig, 1597


 

HINO 279

 

Melchior Vulpius, 1609

 

 

279.1. Declina o sol com seu fulgor, / a noite irrompe com vigor.

Pedimos: Vem, Senhor Jesus, / nas trevas sê a nossa luz!

 

279.2. Graças te damos, ó Senhor: / O teu paterno, infindo amor

durante o dia nos guiou, / de mal e dano nos guardou.

 

279.3. Nós imploramos teu perdão / por toda a falta e transgressão.

Não queiras, Deus, nos condenar; / em paz nos faze repousar!

 

279.4. E contra o inimigo atroz / envia os anjos teus a nós!

De fogo, angústia, mal, terror, / protege-nos, Pai e Senhor!

 

         Nikolaus Herman, 1480-1561

 

 

[Salmo 74.16]


 

HINO 280

 

Martin Luther, 1533

 

 

280.1. O dia, a luz és tu Senhor.

Ninguém se oculta a teu fulgor;

rebrilho eterno, a tua luz

com segurança nos conduz.

 

280.2. De nós afasta, com amor,

durante a noite, toda a dor,

toda a tristeza e aflição,

Deus, Pai da comiseração!

 

280.3. Dá-nos tranqüilidade e paz,

protege-nos de Satanás!

Um sono reconfortador

concede a todos nós, Senhor!

 

280.4. Supremo rei e defensor,

em todo o tempo, em toda a dor

proteja e guie a tua luz

os que remiste pela cruz.

 

280.5. É fraco neste mundo vão

o nosso corpo; a tentação

nos faze, ó Redentor, vencer,

por teu amor, por teu poder!

 

280.6. Honras ao Pai, glória e louvor!

E ao Filho seu, ao Redentor;

ao Santo Espírito também,

por toda a eternidade, amém!

 

         Cf. hino latino do Séc. VI


 

HINO 281

 

Friedrich S. Rothenberg

Salmo 121

 

 

281.1. Veio a noite, e escuridão desce sobre nós,

Pai, teus olhos velarão. Não estamos sós.

 

281.2. tu vigias sem cessar: Em teu santo amor

sempre posso me abrigar, mesmo em ânsia e dor.

 

281.3. Ó Jesus, meu galardão, venho te rogar:

Sob a tua proteção possa eu repousar!

 

281.4. Se meu Deus velar por mim, nada hei de temer.

Sei – da longa noite ao fim vem o amanhecer.

 

         Rudolf Alexander Schröder, 1878-1962 (Tr. W.)

 

 

[Do Salmo 91]


 

HINO 282

 

William Henry Monk, 1861

Lucas 24.29

 

 

282.1. Ó vem, Senhor, o dia declinou.

As trevas crescem e com medo estou.

Em vão busquei conforto em minha dor;

agora eu clamo a ti: Ó vem, Senhor!

 

282.2. Veloz declina a vida, igual ao sol;

e eu, sem que enxergue a luz de um arrebol,

não me verei liberto de temor.

As trevas crescerão. Ó vem, Senhor!

 

282.3. De ti preciso. Vê que a tentação

me sobressalta; ó vê a escuridão!

Desanimado eu ano e sem vigor.

Por tua luz imploro: Ó vem, Senhor!

 

282.4. Nenhum abismo me há de amedrontar,

se em tua mão puder me segurar.

Da morte o aguilhão, a extrema dor

não mais me afligirão. Ó vem, Senhor!

 

282.5. À tua cruz dirige o meu olhar,

se minha vida vier a declinar!

Do novo dia mostra-me o fulgor!

Comigo estás, eu creio em ti, Senhor.

 

         Henry Francis Lyte, 1793-1847 (Tr. W.)


 

HINO 283

 

Melodia russa

 

 

283.1. O dia passou, louvai a Deus!

Conosco está o Rei dos céus.

 

283.2. A noite vem, não há temor;

paz e perdão vem do Senhor.

 

283.3. E amanhã levantarei,

dando louvor ao nosso Rei.

 

         De “Cantarei ao Senhor”

 

 

[1 João 1.4-7]


 

HINO 284

 

Frank Graf, 1978

 

 

284.1. Ao pôr-se o sol, ó Deus,

repenso os próprios dias:

O dia declinou.

Estou de mãos vazias.

 

284.2. Ao pôr-se o sol, ó Deus,

refúgio em ti procuro.

As tuas mãos, Senhor,

abrigam-me no escuro.

 

284.3. Ao pôr-se o sol, ó Deus,

buscar que é teu vieste.

Retoma o dia, ó Pai,

pois foste tu que o deste.

 

284.4. Ao pôr-se o sol, ó Deus,

a ti me entrego, crente.

Meu dia é teu, Senhor,

agora e eternamente.

 

         Christa Weiss (Tr. W.)

 

 

[Isaías 42.16]

 

 

Matrimônio, Lar

e Profissão

 

 

 

HINO 285

 

Frank Graf

Romanos 15.5-7

 

 

285.1. Sede unidos no Senhor!

Resplandeça a sua face

sempre sobre o vosso enlace,

e refulja o seu amor!

Sede unidos no Senhor!

 

285.2. Sede unidos no Senhor!

Cada dia que se passa,

vosso lar, por sua graça,

seja um manancial de amor!

Sede unidos no Senhor!

 

285.3. Sede unidos no Senhor!

Desde o início à hora extrema

seja este o vosso lema:

Tudo para seu louvor!

Sede unidos no Senhor!

 

         Ernesto Fischer, 1977


 

HINO 286

 

 

286.1. Obrigado, Pai Celeste,

pelas bênçãos que nos deste,

pelo pão de cada dia,

por saúde e alegria,

por tristeza e por prazer,

por trabalho e por lazer.

 

286.2. Por meu lar, meu obrigado,

que em amor tens abençoado.

Graças dou por cada amigo,

pelo irmão que deu-me abrigo,

pelo povo de Jesus,

pela salvação na cruz.

 

286.3. Graças – que no mau momento

és amparo e és sustento.

Minha culpa perdoaste,

do abismo me salvaste.

Quero, pois, a ti servir

e somente a ti seguir.

 

         Alfonso Butzke, 1977


 

HINO 287

 

Século 15

Samo 99.1-4

 

 

287.1. Ó Deus onipotente,

a tua mão clemente

governe nosso lar!

A pátria estremecida,

a Igreja em ti unida

benigno queiras amparar!

 

287.2. Dá mestres abençoados

e ouvintes dedicados,

que cumpram tua lei!

Pastores dá que, crentes,

fiéis e obedientes,

conduzam bem a tua grei.

 

287.3. Justiça e fieldade,

amor e honestidade

governem a nação!

Ao crente verdadeiro

e a todo fiel obreiro

concede tua orientação!

 

287.4. Humildes, suplicamos,

as almas elevamos

à tua santa luz.

Confiamos, Pai amado,

em teu amor sagrado.

Amém, em nome de Jesus.

 

         Benjamin Schmolk, 1672-1737

 

 

[Provérbios 14.34]


 

HINO 288

 

 

288.1. O que Deus uniu,

os homens não o separem!

Onde Deus agiu,

sua obra os homens amparem!

         Pelo dom do amor,

         ó Pai fiel te adoramos.

         Só a ti, Senhor,

         a nossa vida entregamos.

 

288.2. O Senhor não quis

que o homem em seu caminho

venha a ser feliz

se viver a vida sozinho.

 

288.3. Eis que o Criador,

em sua eterna bondade,

repartindo a dor,

redobrou a felicidade.

 

288.4. Seja o vosso lar

um lugar de paz e ternura!

Deus vos queira guiar

por caminhos de graça e ventura!

 

         Lindolfo Weingärtner, 1978


 

HINO 289

 

 

289.1. Na esperança em Jesus Cristo

deixas o teu lar,

para unir-te ao ser amado

que, nesta hora, ao teu lado

Deus quer colocar.

         Para o vosso amor ser forte,

         sua bênção dá o Senhor.

         Eis que até a vossa morte

         ela tem vigor.

 

289.2. O Senhor é paz e abrigo

em toda ocasião:

Seja em meio de alegrias,

seja em tormentosos dias,

ele é proteção.

 

289.3. Assim podereis tranqüilos

novo lar formar,

viver em felicidade,

pela divinal bondade,

para sempre amar.

 

         Osmar Falk, 1977


 

HINO 290

 

1648

Efésios 4.25-32

 

 

290.1. Ó Deus, benigno Deus,

ó fonte de bondade,

de ti vem todo o bem,

de tua piedade:

Concede-me, Senhor,

vigor e corpo são,

pureza d’alma dá

e paz ao coração!

 

290.2. Dá que eu exerça bem

com zelo os meus deveres;

e tudo o que fizer,

conforme, ó Deus, quiseres;

e que eu o faça já,

em tempo, sem tardar!

A meu trabalho dá

que venha a prosperar!

 

290.3. Ajuda-me a falar,

Senhor, o que é decente,

que não venha a espalhar

conversa inconveniente.

Se por obrigação

do cargo meu falar,

meu testemunho então

com fé eu possa dar!

 

290.4. Concede, ó Deus, também

que eu viva cristãmente,

em amizade e paz,

aqui, com toda gente.

E se, por teu favor,

fortuna eu granjear,

que seja honesto só,

Senhor, o que ganhar!

 

         Johann Heermann, 1585-1647


 

HINO 291

 

1531

Filipenses 4.7

 

 

291.1. A paz nos queiras conceder, Senhor,

em nossa vida.

Ninguém nos pode socorrer,

nem pode dar guarida,

só Tu, Senhor, Deus clemente.

 

         Martin Luther, 1483-1546

 

 

[Filipenses 4.6-7]

 

 

Esperança, Morte e

Vida Eterna

 

 

 

HINO 292

 

1623

Salmo 90

 

 

292.1. Quem sabe o termo desta vida? / O tempo foge, a morte vem.

Ah, quão depressa está perdida, / na morte, a vida e todo o bem!

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz.

 

292.2. À tarde murcha pelo corte / a flor que brilha de manhã.

Na terra sempre espreita a morte / a vida, tão robusta e sã.

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz!

 

292.3. Ensina-me a pensar na morte, / a fim de já me preparar;

que eu saiba, e nisso me conforte: / Jesus me veio resgatar.

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz!

 

292.4. Meu Pai, perdoa-me o pecado, / por Cristo, nosso Redentor.

E nisto creio, confiado, / que assim hás de fazer, Senhor.

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz!

 

292.5. E, se hoje ainda eu for chamado, / Jesus será o amparo meu.

Estou alegre e sossegado: / Por mim Jesus a vida deu.

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz!

 

292.6. Assim eu vivo em alegria, / confiando nele sem cessar;

aceito o que o Senhor me envia, / sem vacilar nem duvidar.

Meu Deus, meu Deus, / eu peço por Jesus,

na morte dá-me a tua luz.

 

         Ämilie Juliane von Schwarzburg-Rudolfstadt, 1637-1706

 

 

[Salmo 90.1-6]

 

 

HINO 293

 

Michael Frank, 1652

Salmo 90

 

 

293.1. Quão inglória e transitória

é a nossa vida!

Como a névoa levantada

pelo vento é dispersada,

nossa vida é apagada.

 

293.2. Quão inglória e transitória

é a nossa vida!

Pois qual água, se escoando,

no fluir jamais parando,

nossos dias vão passando.

 

293.3. Quão inglória e transitória

é a nossa vida!

Pois, como as mais belas flores

murcham, perdem suas cores,

vão-se nossos esplendores.

 

293.4. Quão inglória e transitória

é a nossa vida!

Quem na vida é muito honrado,

bem depressa é olvidado;

morto, não mais é lembrado.

 

293.5. Quão inglória e transitória

é a nossa vida!

Mas, quem verdadeiramente

ama a Deus, com alma crente.

viverá eternamente.

 

         Michael Frank, 1609-1667

 

 

HINO 294

 

Leipzig, 1539

1 João 1.7

 

 

294.1. Nas chagas de meu Salvador / repouso em paz e sem temor.

O santo sangue de Jesus / é meu adorno, minha luz.

Nada hei de apresentar a Deus. / Seu sangue encobre os males meus.

 

294.2. Refúgio encontro em seu amor, / um filho amado do Senhor.

Morrendo, nada temerei, / a vida eterna aguardarei.

E ao ressurgir em sua luz, / bendigo o sangue de Jesus.

 

         1555

 

 

[Hebreus 9.14]

 

 

HINO 295

 

1505

Romanos 14.8

 

 

295.1. Findou-se a minha vida.

A dura e árdua lida

e a luta terminou.

De coração me inclino

e entrego o meu destino

nas mãos de Deus que me criou.

 

295.2. Aguardo, confiante,

de espírito anelante,

o meu Senhor Jesus.

Relembro o seu suplício,

seu santo sacrifício,

bendigo a redentora cruz.

 

295.3. Das trevas do pecado

Jesus me tem livrado

por seu sublime amor.

Seu sangue foi o preço

da paz que não mereço,

da redenção do pecador.

 

295.4. Confiante aguardo a morte.

A mão de Cristo é forte,

e eterno o seu poder.

Deixando o mundo incerto,

já vejo o céu aberto.

O meu Senhor me faz vencer.

 

         1555

 

 

HINO 296

 

1505

 

 

296.1. Morrendo os pequeninos,

terão os seus destinos

entregues ao Senhor.

Nas mãos do Pai bondoso,

benigno e amoroso,

descansarão no seu amor.

 

296.2. Pois quando batizados,

já foram dedicados

ao Salvador Jesus;

não há quem mal lhes faça;

por sua santa graça

chamados são à eterna luz.

 

296.3. Meu filho pequenino,

feliz é teu destino;

chamou-te o Salvador!

Repousa em paz, querido,

no céu és recebido

por nosso amado e Bom Pastor.

 

         Johann Andreas Rothe, 1688-1758

 

 

[1 Pedro 1.3-5]

 

 

HINO 297

 

Hans Leo Hassler, 1601

Filipenses 1.23

 

 

297.1. Morrer em ti, ditoso,

desejo, meu Senhor.

No mundo tenebroso

me cercam ânsia e dor.

Meu coração almeja

o mundo abandonar;

no céu estar deseja.

Senhor, vem me amparar!

 

297.2. Sê meu pastor e guia,

Jesus, meu Salvador;

os anjos teus envia,

conduze-me ao fulgor,

à vida que me deste,

remindo o pecador,

quando na cruz morreste,

em aflição e dor.

 

297.3. Jesus, dá-me constância

de sempre em ti ficar.

Em sofrimento e em ânsia

a fé vem me aumentar!

Na glória, jubiloso,

eu quero te exaltar,

e, como o sol radioso,

a ti, Senhor, brilhar!

 

         Christoph Knoll, 1563-1621

 

 

HINO 298

 

Berlim, 1653

 

 

298.1. Jesus Cristo é meu Senhor, / minha paz e meu abrigo,

meu bendito Salvador, / meu pastor, ao qual eu sigo:

Eis que não me assustarão / morte, trevas e aflição.

 

298.2. Vive o Redentor Jesus, / eu também terei a vida;

junto a ele, em sua luz, / eu encontrarei guarida.

Nunca ele há de abandonar / o que nele confiar.

 

298.3. Vinculado a ele estou / pelos laços da esperança;

minha fé se alicerçou / nele, em firme confiança.

Nem a morte e seu poder / dele podem me averter.

 

298.4. Eu verei meu Salvador, / que por mim venceu a morte,

e do céu o resplendor / há de ser a minha sorte.

Hei de em seu amor arder, / junto a ele hei de viver.

 

         1653

 

 

[João 14.19]

 

 

HINO 299

 

1544

 

 

299.1. O corpo vamos sepultar,

e disso nunca duvidar

que imperecível surgirá

no dia em que Deus julgará.

 

299.2. O corpo é terra e terrenal;

à terra volta o que é mortal;

da terra há de ressuscitar,

assim que a voz de Deus chamar.

 

299.3. Em paz deixemo-lo dormir;

a nossa estrada havemos de ir,

olhando a morte sem temor,

sabendo: Cristo é vencedor.

 

299.4. Para isso valha-nos Jesus,

que nos salvou, por sua cruz,

de Satanás, da eterna dor.

A Cristo só glória e louvor!

 

         Michael Weisse, † 1534

 

 

HINO 300

 

Melchior Vulpius, 1609

Filipenses 1.21

 

 

300.1. Jesus é minha vida,

na morte hei de vencer;

nele hei de ter guarida,

em paz posso morrer.

 

300.2. Morrendo, em fé eu sigo

ao meu irmão Jesus.

Que nele eu tenha abrigo,

em sua eterna luz.

 

300.3. Venci meus sofrimentos,

cruz, dor e transes meus.

Por Cristo e seus tormentos,

já tenho paz com Deus.

 

300.4. Ficar em ti desejo

qual vide, meu Senhor;

viver contigo almejo,

no celestial fulgor.

 

         1608

 

 

[Filipenses 1.19-23]

 

 

HINO 301

 

Bartholomäus Gesius, 1605

Hebreus 10.35-36

 

 

301.1. Em meu fiel Senhor

confio em medo e dor;

liberta de tormentos,

tristeza e sofrimentos.

Converte em bem a agrura

a sua mão segura.

 

301.2. Se o mal me atormentar,

não vou desesperar;

confio tão-somente

em meu Senhor clemente.

Jesus me dá guarida,

na morte e já, na vida.

 

301.3. Se a morte me colher,

Jesus é meu viver.

É meu Senhor amado,

refúgio inabalado.

Minha alma e minha mente

entrego-lhe contente.

 

301.4. Meu Redentor, Jesus,

tu padeceste a cruz;

por mim a tens sofrido —

que eu fosse redimido.

Assim, Senhor, nos deste

bendita paz celeste.

 

301.5. Benigno Redentor,

pedimos com fervor:

Sê tu o nosso guia

na vida, todo o dia!

Teu nome enalteçamos;

“amém” com fé digamos!

 

         Lübeck, 1603

 

 

HINO 302

 

Hans Günther Naumann

Apocalipse 21

 

 

302.1. Cidade sem santuário, na qual habita Deus,

cidade santa e eterna, que descerá dos céus:

O povo peregrino anseia tua luz,

anseia a paz bendita do Reino de Jesus.

 

302.2. Cidade, cujas portas jamais se fecharão,

que abriga os redimidos, em santa comunhão:

A grei, que é desunida, aguarda com fervor

que surja um só rebanho e que haja um só pastor.

 

302.3. Cidade do Cordeiro — de glória e de fulgor,

serás por todo o sempre o templo do Senhor:

Os reinos desta terra seu tempo hão de cumprir,

e toda a glória humana no juízo há de ruir.

 

302.4. Cidade sem candeias, sem luminar falaz:

A tua luz é Cristo, e Deus é tua paz.

Que em lutas e tormentos, em tentação e cruz

os olhos sempre ergamos à tua excelsa luz!

 

         Lindolfo Weingärtner

 

 

HINO 303

 

C. Mason

João 14.19

 

 

303.1. Irmã(o), descansa em paz,

ao pé da cruz.

Abrigo bom terás

junto a Jesus.

Ele, que ressurgiu,

clama aos que redimiu:

“Eu vivo e vós também

viveis por mim.”

 

303.2. Glória e luz sem par,

santo fulgor,

palavra a confortar,

em meio à dor,

quando quem falecer

à voz de Cristo crer:

“Eu vivo e vós também

viveis em mim.”

 

303.3. Quem, ao viver aqui

em fé e amor,

Cristo, seguir a ti,

por onde for,

à morte há de enfrentar,

confiante, a exclamar:

“Cristo Jesus, em ti

hei de viver.”

 

         E. Verel-Rappard (Tr. W.)

 

 

HINO 304

 

 

304.1. Ó Cristo, não me deixes só

quando soar minh’hora.

Eu sei que o corpo torna ao pó,

que a morte não demora.

Minh’alma entrego a ti, Senhor;

queiras guardá-la, ó Salvador,

em tuas mãos benignas.

 

304.2. O meu pecado acusará

minha alma, duramente;

a consciência culpará

o coração descrente.

Minha alma quer desanimar,

mas tu a vens revigorar

co’as tuas chagas santas.

 

304.3. Um membro sou do corpo seu:

Esta é minha alegria.

O Bom Pastor jamais perdeu

ovelha que ele guia.

E se morrer, morro em Jesus.

À vida eterna me conduz

meu Salvador amado.

 

304.4. O meu Senhor ressuscitou,

fez triunfar a vida.

Aos inimigos subjugou,

a luta foi renhida.

Eu seguirei a meu Jesus

e viverei em sua luz,

por toda a eternidade.

 

304.5. Findando a peregrinação,

estende as mãos, saudoso:

Eis que o país da promissão

avisto, jubiloso.

Em paz deixai-me adormecer.

Jesus, Senhor, há de acolher

minha alma em sua glória.

 

         Nikolaus Herman, (1480-)1561

 

 

HINO 305

 

1599

Mateus 25.1-13

 

 

305.1. “Acordai!” A sentinela / a vinda do Senhor revela:

“Acorda, povo de Jesus!” / Meia-noite! Veio a hora!

Erguei-vos todos, vinde agora; / ó virgens, acendei a luz!

Alerta, levantai! / As lãmpadas tomai!

Aleluia. / Vinde a correr,

às bodas ter / e o noivo alegres receber!

 

305.2. Ouve a igreja, exultando, / de coração rejubilando,

desperta e se ergue sem tardar. / Seu amigo, esplendoroso,

do céu vem, forte e poderoso, / a luz de Deus torna a brilhar.

Coroa de valor, / ó vem a mim, Senhor,

Cristo, hosana! / Filho de Deus,

co’os crentes teus, / à Ceia sigo-te, nos céus.

 

305.3. Glória, ó Deus, a ti cantamos / e jubilosos entoamos

o teu louvor com gratidão. / A teu trono chegaremos

e com teu povo adoraremos / em santa e eterna comunhão.

Ninguém jamais sentiu, / jamais alguém ouviu /

tal ventura. / Deus e Senhor,

o teu amor / exaltaremos com fervor.

 

         Philipp Nicolai, 1556-1608

 

 

[Mateus 25.1-13]

 

 

HINO 306

 

James Gall, 1808-1895

Romanos 13.11-12

 

 

306.1. A noite termina, a aurora já vem.

O dia de Cristo não pode tardar.

Que dia de glória, de gozo também!

Por sua chegada convém madrugar.

A noite termina, a aurora já vem.

O dia de Cristo não pode tardar.

 

306.2. O mundo inda dorme, não ouve, não vê,

querendo nas trevas da noite ficar.

Na vinda gloriosa não pensa, não crê,

por Cristo não sabe, fiel, esperar.

 

306.3. Momento ditoso, de ouvir sua voz,

e os santos, na glória, seu rosto mirar!

Momento de gozo sem fim para nós,

no dia em que Cristo dos céus regressar!

 

306.4. Momento faustoso nos ares além!

A Noiva querida Jesus vem buscar!

Ó Cristo, glorioso, a nós prestes vem!

Estamos ansiosos por ti a esperar!

 

         Richard Holden, 1898

 

Castelo Forte

Música “Castelo Forte”, com o organista e pastor HANS SPRING.

Domingo, 20 de Abril de 2008. Paróquia do ABCD. Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. IECLB.