Sempre foi assim!

Autor: P. Robson Luís Neu

Muitas pessoas, ao serem questionadas por suas atitudes, respondem com a célebre frase: “sempre foi assim!” Entender as culturas e as tradições que nos cercam nos faz também crescer enquanto povo cristão. Digo “culturas” porque não temos apenas um povo em nosso meio. Apenas Hitler entendia que havia uma só cultura. Somos povos diferentes e, ao mesmo tempo, unidos por laços diversos. E é justamente essa diversidade que forma o mundo criado por Deus. Por isso, precisamos estar atentos a mudanças, em especial, nos comportamentos das pessoas frente à realidade. Vejamos uma pequena história de vida e sabedoria.

Certa vez, um caçador recebeu uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçaria os animais, fazendo-os dançar. Desse modo, o caçador teria facilitada a sua ação. Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caçada e convidou dois outros amigos caçadores.

Logo no primeiro dia, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta mágica e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Coitado! Foi fuzilado à queima-roupa. Horas depois, a caravana foi atacada por um leopardo. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se: de agressivo ficou manso e começou a dançar uma valsa. Os caçadores não hesitaram: mataram-no com vários tiros.

Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente um leão faminto. A flauta soou, mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos e, em seguida, atacou o outro caçador. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. Naquele momento, um macaco, de cima de uma árvore, dava risada e, num dado momento, gritou bem alto: “Caçador, não adianta tocar, o leão é surdo!” Não demorou muito para o caçador tocador também ser devorado pelo leão surdo.

Querido amigo, não devemos confiar cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem falhar. Precisamos estar atentos às mudanças e não esperar pelas dificuldades para só então agir. Ah… um lembrete: cuidado com o leão surdo!

Pense nisto e reflita com o seu coração!

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